O programa e corpo docente do programa apresenta significativa inserção nacional e ampla visibilidade. Convém destacar que este é um dos únicos programas do Brasil no âmbito das Ciências do Sistema Musculoesquelético, principalmente no que se refere a área de ortopedia e traumatologia. Do ponto de vista de atividades societárias relacionados ao ensino, temos orientadores membros de comitês importantes com Comissão de Ensino e Treinamento (CET-SBOT) e Comissão de Eduação Continuada da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (CEC-SBOT). A CET-SBOT atua no credenciamento de serviços de residência médica em ortopedia, definição da matriz de ensino nos serviços credenciados  e na criação e definição da prova de título de ortopedia (incluindo a definição de critérios). Assim, por incluir atividade direcionadora de ensino, incluindo estímulo a pesquisa (trabalhos de título de especialista) e de leitura crítica no currículo de ortopedia, entendemos que a presença de membros do nosso programa de pós-graduação se faz importante. Temos nos últimos 5 ciclos (20 anos), orientadores  do programa nesta comissão da SBOT. A CET-SBOT, da mesma forma, teve orientadores do programa nos últimos comitês, sendo que tem como função primordial educação continuada na ortopedia e traumatologia. Consideramos aqui, que esta influência e atividade consiste em extensão interessante do programa que, por conseguinte, gera inserção e visibilidade. Como resultado disto, observamos que médicos ortopedistas por todo Brasil que procuram realizar pós-graduação, frequentemente tem nosso programa como uma das principais opções.  Do ponto de vista de participação de docentes em aulas e bancas, consideramos que esta atividade é muito frequente. Entretanto, tendo em vista haver poucos programas com a área de ortopedia e traumatologia no Brasil, as participações em bancas externas são mais restritas. Nas demais áreas de nosso programa, há uma maior participação neste sentido. Há sim, maior participação em aulas e palestras em diversas instituições pelo Brasil. De toda forma, no nosso programa há alunos de pós-graduação que exercem atividade docente em outras universidades pelo Brasil.

O Programa possui 19 programas e projetos assistenciais que visam ao acolhimento dos pacientes e familiares, bem como à educação e melhoria da qualidade de vida da população, com participação de docentes, discentes e colaboradores externos.

O programa apresenta algumas atividades de impacto social importante diretamente relacionadas a projetos de pesquisa.

  1. Projeto Artrose Recuperando a Qualidade de vida pela Educação, que tem como objetivo avaliar melhoria da qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de artrose expostos a um programa de educação multidisciplinar.
  2. Projeto de desenvolvimento de órtese para problemas articulares que acometem crianças, como por exemplo a doença de Blount do joelho para melhoria nos resultados clínicos e funcionais de crianças com deformidade no joelho, evitando múltiplos procedimentos cirúrgicos o que impacta diretamente no custo-benefício do Sistema Único de Saúde.
  3. Protocolo de captação, processamento e transplante de enxertos osteocondrais homólogos a fresco na articulação do joelho visando melhoria na função locomotora do paciente e no tempo de recuperação. Trata-se de projeto que culminou com a modificação da legislação brasileira, de sorte a permitir a inclusão desta terapêutica no arsenal médico nacional. Destacamos que, no momento, o Banco de Tecidos do IOT HC FMUSP é um dos únicos em funcionamento para uso clínico em cirurgias ortopédicas do país. Os tecidos provenientes desta atividade são enviados para hospitais do brasil inteiro.
  4. Projeto de pé diabético multidisciplinar, conduzido por ambulatório multiprofissional (Vascular, Plástica, Endocrinologia e Microcirurgia), visando à diminuição da taxa de amputação e educação populacional.  O Projeto Multidisciplinar Síndrome do Pé diabético, envolve parceira e colaboração dos Departamentos de Ortopedia, Endocrinologia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Infectologia e Radiologia da FMUSP, além da Enfermagem e Podologia. Nos últimos anos promovemos cursos teórico-práticos para disseminar o conhecimento e treinar especialistas de áreas de interface na doença dentro do Departamento de Ortopedia para endocrinologistas, cirurgiões vasculares e plásticos, infectologistas, radiologistas e ortopedistas do Brasil e América Latina – total de 136 médicos treinados. Os Treinamentos consistiam de 1 dia de aulas teóricas e 1 dia com atividades práticas no ambulatório e centro-cirúrgico. Essa atividade teve o suporte financeiro da iniciativa privada Merck Sharp Dohme, custeando as viagens e hospedagem e remunerando os faculties do Curso. Esse projeto rendeu a publicação de 2 Diretrizes para o tratamento de úlceras neuropáticas – 1 Brasileira e 1 Panamericana – são dessa atividade multidisciplinar. O Projeto produziu ainda um folder para consulta rápida de orientação de antibioticoterapia auxiliando médicos no tratamento desta doença. Essas ações têm como principal objetivo padronizar a prevenção e o atendimento ao paciente diabético com complicações nos pés.
  5. Projeto multicêntrico de padronização do tratamento precoce da cifosectomia em pacientes com mielomeningocele, visando à inclusão social e melhoria da qualidade de vida
  6. Projeto Tratamento das lesões de edema medular ósseo do joelho pela técnica de subcondroplastia, visando ao diagnóstico precoce e à prevenção de cirurgias agressivas. Trata-se de projeto que derivou de tese de doutorado do programa. Permitiu a introdução e difusão de nova técnica cirúrgica ao arsenal terapêutico no tratamento cirúrgico da osteoartrite do joelho. Tendo em vista não ser procedimento padronizado no SUS e incluso no rol da CONITEC, a sua aplicabilidade no âmbito assistencial dos pacientes atendidos no IOTHCFMUSP depende deste projeto que envolve doações para fins assistenciais das empresas de produtos médicos fabricante / distribuidora dos insumos.
  7. Inovação da Endoprótese Modular Membro Inferior, que objetiva estudar a médio e longo prazo o sistema modular de endoprótese desenvolvido na reconstituição dos membros de pacientes submetidos à ressecção ampla de neoplasias ósseas de extremidades metastáticas e primária. Destaca-se que uma das principais endopróteses nacionais foi desenvolvida, há muitos anos,  em parceria com um dos docentes permanentes do programa.
  8. Grupo de Deformidades Congênitas dos Membros Superiores, visando ao diagnóstico precoce e otimizar os resultados clínicos funcionais.
  9. Grupo de Doença de Dupuytren, visando ao diagnóstico precoce e à prevenção de cirurgias agressivas, deformidades graves e à melhora funcional.
  10. Acordo técnico-científico entre o Comitê Paralímpico Brasileiro e o Centro, para organização de eventos paraolímpicos nacionais e desenvolvimento do esporte de alto rendimento para as pessoas com deficiência.
  11. Encontro semestral com familiares de pacientes com miosite, visando ao acolhimento e à educação sobre a doença.
  12. Encontro anual com familiares de pacientes com síndrome anti-fosfolípides, visando ao acolhimento e à educação sobre a doença.
  13. Projeto ROCAR (Rodas de Conversas no Serviço de Reumatologia) da Associação Brasileira Superando Lúpus, um encontro multidisciplinar visando ao acolhimento e à educação sobre a doença.
  14. Encontro anual com familiares de pacientes com esclerodermia, visando ao acolhimento e à educação sobre a doença.
  15. Universidade Aberta para a Terceira Idade, visando à inclusão de idosos na Universidade. Oferecida pela FMUSP, no quadriênio tivemos a participação do docente Luiz Eugênio Garcez Leme.
  16. Canal Ciência Informa, que tem como objetivo a divulgação científica a alunos, profissionais e sociedade geral, e que conta com cerca de 70 mil seguidores em suas redes sociais.
  17. Programa de Capacitação para médicos estrangeiros (PCPME), que tem como o objetivo transferir técnicas e conhecimentos de alta qualidade para países com recursos técnicos-científicos inferiores. Através da FMUSP  com o objetivo de levar as técnicas e conhecimentos de alta qualidade para países com recursos técnicos científicos menores. Carga horária semanal mínima de 40h e máximo de 60 horas.
  18. Projeto relacionado a Escoliose – atividade de impacto social muito importante de caráter multiinstitucional, governamental, que tem como objetivo informar a população, entre outros aspectos.
  19. Projeto “Remo meu Rumo”. Parceria com o Instituto Remo meu Rumo cujo objetivo é de reabilitar crianças e adolescentes com deficiência física que passam por tratamento.  (http://remomeurumo.org.br/) surgiu com a Dra. Patrícia Moreno Grangeiro (egressa do programa, médica assistente do IOT HC FMUSP e com diversos projetos relacionados aos orientadores do programa). O projeto Remo Meu Rumo está vinculado a docentes do programa (Prof. Tarcísio E. P. de Barros Filho, Prof. Gilberto Camanho e Prof. Olavo Pires de Camargo). No momento, há discente realizando projeto de pequisa no programa de pós graduação, além de outros projetos vinculados: – Registro de Pacientes com Paralisia Cerebral no HCFMUSP: o Uso do REDCap como ferramenta de assistência e pesquisa;  Estudo clínico e radiográfico da displasia do quadril nos pacientes com paralisia cerebral. Elaboração e aplicação de escala prognóstica para quadril em risco; Tradução e Adaptação Cultural do Questionário GOAL para o Português do Brasil. Atualmente, além de ocorrer vinculado a pós graduação, este é um dos principais do Centro Integrado de Neuro-ortopedia, um dos novos Centros Interdepartamentais da FMUSP (https://www.fm.usp.br/fmusp/centro-integrado-de-neuro-ortopedia/organizacao-e-coordenacao) O Instituto Remo Meu Rumo (IRMR) surgiu da missão de facilitar a inclusão por meio do esporte para crianças e adolescentes com paralisia cerebral e outros comprometimentos motores, viabilizando a prática adaptada de remo e canoagem, a fim de promover desenvolvimento físico, psíquico e social. Tal demanda foi percebida e fomentada na ala pediátrica do  INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO HCFMUSP e criado com enfoque de propiciar  Qualidade de Vida nos aspectos biopsicossociais que o fenômeno esportivo pode alavancar, promovendo a transição dos processos de reabilitação do ambiente médico-hospitalar para o desenvolvimento das capacidades físicas na RAIA OLIMPICA DA USP, oferecendo infraestrutura de acessibilidade, equipamentos e barcos adaptados às necessidades e limitações motoras deste público atendido. Desta forma, tem como Missão facilitar a inclusão, viabilizando a prática de remo e canoagem adaptados para crianças e adolescentes com deficiência física a fim de promover seu desenvolvimento físico, psíquico e social, sendo a atividade tendo como alicerce desse processo o conhecimento científico agregado. Em números, o Remo Meu Rumo realiza 400 atendimentos ao mês, com 300  alunos atendidos em 7 anos e conta com 130 alunos ativos. Destaca-se que 71% dos alunos apresenta Paralisia Cerebral e 16% más formações congênitas. Quando a capacidade de deambular, 30% demandam uso de andador ou cadeira de rodas e 23 % muletas.