2020
- Discente: CAMILLA ASTLEY AMARAL PEDROSO (ME)
Orientador: Bruno Gualano
Projeto: ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES COM ARTERITE DE TAKAYASU JUVENIL: EFEITOS CLÍNICOS E MECANISMOS DE AÇÃO.
Resumo: A Arterite de Takayasu (AT) é uma doença inflamatória crônica que afeta artérias de grande e médio calibres, com predomínio pela artéria aorta e seus ramos e pelas artérias pulmonares, com manifestações clínicas iniciais inespecíficas como hipertensão arterial, cefaleia, mialgia artralgia, febre, e perda de peso. Sua progressão pode levar à formação de aneurismas, rupturas arteriais, diminuição do pulso, isquemias, e elevados níveis de inflamação. O número de casos descritos em crianças e adolescentes tem crescido, sendo a hipertensão arterial um dos sintomas mais comuns, seguida por outras manifestações como insuficiência cardíaca congestiva e claudicação das extremidades. Todas as manifestações clínicas podem ser agravadas pela inatividade física e obesidade. Cria-se um ciclo vicioso, onde os riscos de morbidade e mortalidade aumentam significativamente na população pediátrica, prejudicando a função e capacidade física, a qualidade de vida e a evolução desse paciente na vida adulta. Nesse sentido, o exercício físico tem se demonstrado uma estratégia eficiente em reduzir esses fatores de risco. Entretanto, na AT juvenil, nenhum estudo até o momento, avaliou o efeito do exercício físico na capacidade funcional, na capacidade aeróbia e na força muscular, bem como a segurança da prescrição do exercício nesse grupo de pacientes. Objetivo: Investigar os efeitos de dois programas de exercício físico com duração de 16 semanas, um com exercícios combinados (aeróbio e força muscular) e supervisionado e o outro realizado em casa com orientação prévia de um profissional de Educação Física. Espera-se que os efeitos benéficos dos programas estejam associados à melhora dos fatores de risco cardiovascular, função e capacidade física e composição corporal. Métodos: Serão conduzidos dois estudos prospectivos, longitudinais e quasi-experimentais, nos quais pacientes com Arterite de Takayasu Juvenil (ATJ) realizarão um programa de treinamento supervisionado (Estudo 1) ou em casa (Estudo 2) ao longo de 16 semanas. O estudo será desenvolvido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e no Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia. Os pacientes serão recrutados nos ambulatórios de Reumatologia Pediátrica do Departamento de Pediatria, da Universidade Federal de São Paulo e do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo, e da Unidade de Vasculites do Serviço de Reumatologia HC- FMUSP. A fim de avaliar como um programa de exercício físico atuará sobre a ATJ, serão realizadas as seguintes avaliações pré e pós intervenção: nível de atividade física; avaliação clínica global; antropometria e composição corporal; parâmetros sanguíneos hematológicos e inflamatórios; fatores de risco cardiovascular; capacidade aeróbia; capacidade funcional e fadiga; qualidade de vida; função endotelial e 18 F-FDG PET-RM. - Discente: IANA SOUSA NASCIMENTO (DD)
Orientador: Danieli Castro Oliveira de Andrade
Projeto: PAINEL DE ANTICORPOS ANTIFOSFOLÍPIDES NA SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE E AVALIAÇÃO DE RISCO DE RECORRÊNCIA DE TROMBOSE.
Resumo: O objetivo da pesquisa é incluir na avaliação da síndrome anti-fosfolípide os autoanticorpos antifosfatidilserina/protrombina, antidomínio I da B2-glicoproteína, anticardiolipina IgA e anti B2 glicoproteína I IgA. Ampliando os modos de avaliação dessa síndrome. - Discente: MARCELO TADEU CAIERO (DO)
Orientador: Olavo Pires de Camargo
Projeto: ESTUDO DA EXPRESSÃO DO VEGF NOS TUMORES DE CÉLULAS GIGANTES DO ESQUELETO.
Resumo: O objetivo deste estudo é verificar se há correlação entre os tipos mais agressivos de TGCs (de acordo com a classificação de Campanacci evolução clínica) e a expressão de VEGF; se há expressão diferente de VEGF de acordo com o osso envolvido; se existe relação entre a recidiva e a expressão de VEGF. Desta forma, poderemos identificar precocemente os pacientes com maior risco de recidiva e progressão da doença, além de abrir caminho para uma nova forma de tratamento adjuvante do TGC. Para tanto, serão avaliados as lâminas dos pacientes que foram operados no IOT por tumor de células gigantes nos últimos 15 anos. Através do uso de um marcador será avaliada e expressão do VEGF neste material. Paralelamente a isto, serão analisados os prontuários dos pacientes onde serão coletados os dados de localização do tumor, tipo radiográfico, evolução da doença incidência de metástase pulmonar. - Discente: MURILLO DÓRIO QUEIROZ (DO)
Orientador: Ricardo Fuller
Projeto: AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE PLASMA RICO EM PLAQUETAS NA OSTEOARTRITE DE JOELHOS.
Resumo: A Osteoartrite (OA) é a doença reumatológica de maior prevalência no mundo e o seu tratamento ainda é relativamente limitado. A eficácia do Plasma rico em Plaquetas (PRP) para o tratamento da osteoartrite de joelhos foi demonstrada tanto in vitro como em estudos in vivo. Inúmeros estudos publicados na literatura mostram um bom potencial do PRP no tratamento da osteoartrite. No entanto, os resultados ainda não são consistentes, em virtude de falhas ou lacunas metodológicas tais como falta de controle, controles inadequados, instrumentos de avaliação insuficientes, pareamento de intervenções inadequado, descrição insuficiente do desenho e no modo de obtenção do PRP. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia de injeções de PRP autólogo guiadas por ultrassom para o tratamento de osteoartrite de joelhos. Os pacientes serão randomizados em um grupo de intervenção, no qual o PRP autólogo será injetado sob orientação ultrassonográfica no espaço articular do joelho, e um grupo controle, utilizando-se lidocaína 2% sem vasoconstritor e solução fisiológica como placebo. Todos os pacientes serão avaliados através de escala analógica visual de dor (VAS), índice WOMAC (Western Ontario McMasters Universities Osteoarthritis Index), índice de gravidade de Osteoartrite de KOOS (Knee injury and Osteoarthritis Outcome Score), radiografia convencional, ultrassonografia, além de seguir a padronização de resultados para estudos clínicos em Osteoartrite (OMERACT-OARSI). Todos os pacientes serão submetidos à avaliação durante o seguimento clínico realizado após 1 semana, 6 semanas, 3 meses e 6 meses. - Discente: RODRIGO ALVES BERALDO (ME)
Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto
Projeto: TRATAMENTO DAS LESÕES IRREPARÁVEIS DO MANGUITO ROTADOR: RECONSTRUÇÃO DA CÁPSULA SUPERIOR COM ENXERTO ALÓGENO DE FÁSCIA LATA.
Resumo: Ruptura do manguito rotador é uma das lesões mais frequentes do ombro e o procedimento cirúrgico para tal patologia é amplamente realizado em todo mundo. Entretanto, ainda não existe um procedimento ideal para tratar lesões extensas e irreparáveis do manguito rotador. Mihata et al.28 descreveram um procedimento para a reconstrução da capsula superior (RCS), visando restaurar a estabilidade superior da articulação glenoumeral, e assim, melhorar a elevação do ombro em pacientes com roturas irreparáveis do supraespinal. O objetivo do presente estudo é avaliar a segurança e eficácia da reconstrução lata da capsula superior utilizando aloenxerto de fáscia lata. Métodos:série de casos prospectiva com 15 pacientes com diagnóstico de rotura irreparável do manguito rotador, submetidos à reconstrução da cápsula superior utilizando aloenxerto de fáscia lata. Serão incluídos no estudo pacientes portadores da lesão extensa do manguito rotador que realizaram, ao menos, 6meses de tratamento conservador sem melhora do dos sintomas. Além disso, os pacientes devem apresentar degeneração gordurosa do músculo supraespinal, classificadas como grau 3 ou 4 de goutallier. Não serão incluído pacientes com rotura irreparável do subescapular ou do infraespinhal, além de portadores de artropatia do manguito rotador, avaliada por radiografia, com graus 4 ou 5 na classificação de hamada. será adotado como desfecho primário a escala “American Shoulder and Elbow Surgeons”(ASES) aos 12 meses pós – operatório. Serão considerados desfechos secundários: as escalas ASES,UCLA, Constant e Murley; além do arco de movimento e força muscular aos 6,12 e 24 meses pós – operatório. Também serão avaliados parâmetros radiológicos através de radiografia simples e ressonância nuclear magnética do ombro.
2019
- Discente: ALEXANDRE POVOA BARBOSA (DO)
Orientador: Walcy Paganelli Rosolia Teodoro
Projeto: IMPACTO DO TABAGISMO NA COMPOSIÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR ÓSSEA: MODELO DE FRATURA DE TÍBIA EM CAMUNDONGOS. LINHA 6
Resumo: Apesar de muitos estudos demonstrarem os efeitos deletérios do tabagismo na remodelação óssea e consolidação da fratura, o mecanismo exato que explica o impacto do fumo sobre metabolismo ósseo não é ainda totalmente compreendido. O objetivo deste estudo é verificar os efeitos da exposição ao fumo do cigarro no tecido ósseo em um modelo experimental de fratura da tíbia, enfocando alterações no processo de mineralização, diferenciação/função celular do osso e deposição dos tipos de colágeno. Materiais e métodos: Camundongos C57Bl/6 do sexo masculino foram distribuídos em quatro grupos: c: animais expostos ao ar (n = 29); F: animais expostos ao ar ambiente e submetidos à osteotomia cirúrgica de tíbia direita quinze dias antes da eutanásia (n = 23); CS: animais expostos ao cigarro durante 45 dias (n = 29); FCS: animais expostos à fumaça do cigarro por 45 dias e submetidos a osteotomia da tíbia quinze dias antes da eutanásia (n = 23). Foram realizadas as seguintes avaliações: Matriz Mineral óssea; Matriz óssea Fibrillar; Expressão de citocinas, fatores de crescimento e COL5A1/COL5A2. Resultados: Análise Histomorfométrica da matriz Mineral óssea: TbTh: CS x 23.62 C 30.04 (p = 0,030); MAR: C x 0,33 CS 0.12 (p = 0,0004); BFR/BS: C x 0,035 CS 0.005 (p = 0,004); MIT: CS 85.80 x C 14.52 (p < 0.020); ES/BS: CS 5.15 x 2,74 C (p = 0.011); Oc.S/BS: CS 2,98 x C 1,50 (p = 0.036). Análise Histomorfométrica de Fibrillar matriz óssea: tipo I colágeno demonstrou um aumento no FCS em comparação com CS (p = 0.0197); Colágeno tipo V demonstrado e aumento do CS, FC e FSC comparado a C (p < 0,0001). Citocinas e análise da expressão de fatores de crescimento: VEGF diminuir em CS, FC e FCS comparado a C (p < 0,001); Aumento de IL-6 no CS e FCS em comparação com C e FC (p < 0,001); Diminuição de IGF-1 no CS e FCS em comparação com C e FC (p < 0,001). Análise da expressão de genes: COL5A1 aumentou em CS, FC e FCS comparado a C (p < 0,05); COL5A2 aumento da FC e FCS comparado a C (p < 0,0001). Conclusão: Exposição de fumar de cigarro piora a mineralização óssea, aumenta a síntese de colágeno V, retarda a próxima etapa da formação de calo ósseo, resultando em fragilidade óssea. - Discente: ALLAN HIROSHI ONO (ME)
Orientador: Raphael Martus Marcon
Projeto: ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DOS PACIENTES PORTADORES DE ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE. LINHA 3
Resumo: Apresentar um escala de pontuação simples baseada em evidências, capaz de estratificar e identificar os pacientes com escoliose priorizando os fatores de risco de progressão e gravidade, com o objetivo de tornar menor o tempo de espera desses pacientes, além de evitar maior número de complicações diminuindo os custos do tratamento, tempo de internação. Além de facilitar a comunicação e padronização dos dados a serem colhidos obrigatoriamente a cada consulta. - Discente: ANDREA YUKIE SHIMABUCO (DO)
Orientador: Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá
Projeto: INFLUÊNCIA DA COMEDICAÇÃO SULFASSALAZINA NA RESPOSTA E TROCA DOS ANTI-TNF EM ESPONDILITE ANQUILOSANTE. LINHA 3
Resumo: O principal objetivo deste estudo será, portanto, determinar a influência da comedicação em pacientes com EA, tanto com envolvimento axial puro como em paciente com envolvimento periférico associado, na troca da medicação anti-TNF, na resposta clínica e na frequência de remissão. Também serão avaliados preditores de troca e remissão em pacientes com EA com seguimento de longo prazo. - Discente: CÉSAR LUIZ BETONI GUGLIELMETTI (DO)
Orientador: Eduardo Angeli Malavolta
Projeto: ESTUDO COMPARATIVO E RANDOMIZADO PARA O TRATAMENTO DA RIGIDEZ PÓS TRAUMÁTICA DO COTOVELO: LIBERAÇÃO CIRÚRGICA VERSUS REABILITAÇÃO. LINHA 4
Resumo: A perda do movimento do cotovelo é uma queixa frequente após traumas e procedimentos cirúrgicos no cotovelo, sendo que aproximadamente 12% das lesões do cotovelo resultam em contraturas que requerem algum tipo de liberação cirúrgico. As possibilidades de tratamento para pacientes com rigidez de cotovelo e que falharam à fisioterapia convencional são utilizadas de órtese e liberações cirúrgicas. Objetivo: Comparar o ganho de arco de movimento de flexo-extensão do cotovelo com dois diferentes métodos de tratamento: utilização de órteses estáticas e dinâmicas em protocolo de reabilitação padronizado e liberação cirúrgica por via posterior associada a reabilitação. Métodos: Estudo paralelo9 randomizado controlado, com avaliador cego. Serão tratados pacientes com rigidez pós traumática do cotovelo divididos em dois grupos: Grupo I – Tratamento não cirúrgico com protocolo de reabilitação padronizado, com uso de órteses estáticas seriadas. Grupo II – Tratamento cirúrgico, com liberação cirúrgica ampla por via posterior do cotovelo. Desfechos: os pacientes serão avaliados por um fisioterapeuta não participante da reabilitação do paciente. Os desfechos finais serão avaliados após 06 meses do início do tratamento. Primário: Ganho do arco de movimento de flexo-extensão do cotovelo em 06 meses após o início do tratamento. Secundário: escala visual analógica (EVA). O Escala de Morrey. O Escala “disability of Arm-Shoulder-Hand” (DASH). O ganho do arco de movimento de prono-supinação. O Incid~encia de complicações clínicas e radiográficas (infecção, ossificação heterotópica, subluxação ou luxação ulno-umeral ou radioulnar, déficit neurológico ou corpos livres). A necessidade de nova abordagem cirúrgica. O correlação entre variáveis pré, intra e pós operatórias com o ganho de flexo-extensão e as escalas clínicas (EVA, Morrey e DASH). Amostra: O cálculo da amostra foi realizado através do ganho de arco de movimento articular do cotovelo. Pressupomos que o ganho de arco de movimento apresentaria uma diferença de 12,6 graus entre grupos, assumindo um desvio padrão de 9 em cada grupo. O cálculo foi baseado nos resultados de uma revisão sistemática que avaliou o ganho de arco de movimento com procedimentos cirúrgicos abertos e uma meta-análise que avaliou o mesmo desfecho porém com uso de órtese.Um teste bicaudal com intervalo de confiança de 95% e poder 80%, demonstrou a necessidade de 15 pacientes em cada grupo. Antecipando-se uma taxa de abandono (perda de seguimento) de 20%, estimou-se uma amostra necessária de 18 pacientes por grupo. - Discente: EDUARDO SCHINCARIOL SACONI (ME)
Orientador: Ana Lúcia Lei Munhoz Lima
Projeto: INFECÇÃO POR ESPÉCIES DE CÂNDIDA EM PRÓTESES ARTICULARES: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA E CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DOS CASOS CONDUZIDOS NO INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DE FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. LINHA 4
Resumo: O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico bem estabelecido na sociedade moderna e é acompanhado do aumento de incidência de doenças crônico-degenerativas nesta parcela da população. As doenças osteoarticulares estão entre estas patologias para as quais, o implante de próteses articulares é opção terapêutica. As infecções em próteses articulares são complicações que ocorrem em até 5% dos implantes e os agentes etiológicos mais prevalentes são os bacterianos, sendo, portanto, melhor compreendidos. As infecções fúngicas, devido à menor incidência, são menos estudadas. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática da literatura e descrição clínico epidemiológica dos casos de infecção fúngica em próteses articulares assistidas no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP. Métodos: Será realizada revisão sistemática da literatura nas bases de dados Embase, PubMed, Web of Knowledge e Lilacs com termos pré-definidos e as publicações selecionadas serão analisadas em busca de informações sobre idade, gênero, comorbidades, antecedentes pessoais, sintomas, dados laboratoriais, microbiológicos e radiológicos, informações sobre a prótese articular, tratamento inicial proposto, drogas utilizadas e desfecho associado ao tratamento inicial. Também será realizada análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes assistidos no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP em busca de casos de infecção fúngica em prótese articular com subsequente descrição clínico epidemiológica dos casos. - Discente: ERIKA YUKIE ISHIGAKI (ME)
Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme
Projeto: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO PARA O PORTUGUÊS DO HOME SAFETY SELF ASSESSMENT TOOL PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS NO AMBIENTE DOMICILIAR. LINHA 3
Resumo: Em consequência ao acelerado processo de envelhecimento populacional, a preocupação com a qualidade de vida e o bem-estar dar população idosa ganhou destaque nas ações de saúde pública no Brasil e no mundo. um terço da população acima de 65 anos sofre pelo menos uma queda ao ano, e esta pode resulta em graves danos físicos e psicológicos, ou podem levar a morte. Essas quedas acidentais são resultado na interação de fatores de risco intrínsecos, extrínsecos e comportamentais. Cerca de 30-50% das quedas ocorrem no ambiente domiciliar do idoso, as quais apresentam dificuldade na identificação e na modificação dos fatores de risco existentes no domicilio. Como forma de avaliar o ambiente em que o idoso vive, existem ferramentas de rastreio, que podem ser realizada por um profissional da saúde ou pelo próprio morador. Contudo, ainda não existe nenhuma escala de auto avaliação validada para a população brasileira. Objetivo desse estudo é adaptar transculturalmente e a validar uma escala de auto rastreio dos risco de queda no ambiente domiciliar e secundariamente, reduzir o número de quedas de idosos residentes na comunidade. - Discente: FELIPE MENDONÇA DE SANTANA (DO)
Orientador: Rosa Maria Rodrigues Pereira
Projeto: EFEITO DA SARCOPENIA E ADIPOSIDADE TOTAL E VISCERAL SOBRE A MORTALIDADE EM IDOSOS BRASILEIROS DA COMUNIDADE: UM ESTUDO RETROSPECTIVO D BASE POPULACIONAL. SÃO PAULO AGEING & HEALTH STUDY (SPAH). LINHA 3
Resumo: O envelhecimento traz modificações na composição corporal habitualmente não acompanhadas por mudança concomitante no índice de massa corporal (IMC). Assim, o IMC tem baixa acurácia para estimar risco de morte atribuído às mudanças de composição corporal em idosos. Entretanto, a maioria dos estudos de composição corporal em idosos utilizou medidas antropométricas ou métodos de alta acurácia mas de elevados custo e complexidade operacional (tomografia computadorizada e ressonância magnética). Atualmente, o melhor método na prática clínica para análise da composição corporal é a absorciometria por dupla emissão de raios-X (DXA). Porém, os poucos estudos que utilizaram DXA apresentam limitações, como análise não estratificada por sexo e avaliação global da gordura corporal, não separando gordura subcutânea e visceral. O Objetivo do presente estudo será avaliar a associação da composição corporal por DXA (incluindo o tecido adiposo visceral) e mortalidade geral e cardiovascular em uma população de idosos brasileiros da comunidade. Para isto, serão utilizados os dados da coorte SPAH. Esta envolveu um total de 839 indivíduos da comunidade (516 mulheres, 323 homens), ≥65 anos, avaliados por questionário clínico, exames laboratoriais e composição corporal por DXA na visita inicial. A gordura corporal total foi expressa pelo índice de massa adiposa [(gordura corporal total(kg)/altura2(m)]. O tecido adiposo visceral foi medido na região androide do abdômen através do scan de corpo total do DXA (HOLOGIC, QDR 4500, software APEX). Sarcopenia será definida como baixa massa muscular apendicular ajustada para gordura corporal. A mortalidade registrada durante o seguimento de aproximadamente 4 anos da avaliação inicial será utilizado como desfecho principal da análise. Modelos de regressão logística serão utilizados para avaliar a associação entre composição corporal e mortalidade, por sexo. - Discente: FELIPPI GUIZARDI CORDEIRO (ME)
Orientador: Roberto Guarniero
Projeto: CONFIABILIDADE INTRAOBSERVADOR E INTEROBSERVADOR DA CLASSIFICAÇÃO DE ELIZABETHTOWN MODIFICADA PARA A DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES. LINHA 3
Resumo: A doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP) advém da interrupção do fluxo vascular para a epífise proximal femoral antes da maturidade esquelética e sem causa definida. Ainda não existe consenso de quais achados radiográficos podem predizer o curso natural da doença, e diversos sistemas de classificação radiográfica têm sido utilizados e modificados ao longo do tempo como uma ferramenta que visa a estabelecer fatores prognósticos e guiar intervenções. Em 2003, Joseph et al propõem uma nova classificação, que seria uma modificação e atualização proposta por Canale et al – denominada “classificação modificada de Elizabethtown”; esta classificação proposta parece ser muito bem reprodutível, segundo os autores, devendo ser utilizada rotineiramente para o estudo da evolução da doença de Legg-Calvé-Perthes tendo valor prognóstico. O novo sistema de classificação contempla a evolução e ajuda a identificar o aparecimento dos eventos epifisários, metafisários e acetabulares relacionados ao agravamento do prognóstico. Os autores argumentam que o entendimento desses aspectos podem ajudar a determinar como qualquer forma de tratamento pode alterar o curso natural da doença. O objetivo deste estudo é avaliar a confiabilidade da classificação de Elizabethtown modificada usada para a doença de Legg-Calvé-Perthes na análise intra e interobservador. Secundariamente, será avaliado se existe diferença nos resultados com profissionais de duas especialidades (ortopedia radiologia) e diferentes graus de experiência (assistentes, estagiários e residentes) no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. - Discente: FERNANDO PORTILHO FERRO (ME)
Orientador: Alberto Tesconi Croci
Projeto: CULTURA DE TECIDOS PROFUNDOS NA ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL PRIMÁRIA: VALOR PROGNÓSTICO PARA INFECÇÃO PERI-PROTÉTICA. LINHA 2
Resumo: A artroplastia do quadril (ATQ) é um procedimento frequente na ortopedia. Como todo procedimento ortopédico, existe um risco de infecção do sítio cirúrgico. No caso da ATQ, esse risco é de 0,5 a 2%. A ocorrência de infecção tem múltiplos efeitos negativos para o paciente e acarreta elevados custos. O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são essenciais para um desfecho favorável nos casos de infecção. Acredita-se que uma das formas de predizer a infecção da artroplastia é a identificação precoce de germes contaminantes na ferida cirúrgica. Nosso grupo decidiu testar a validade de biópsias profundas obtidas durante o ato operatório: Cápsula articular, Osso acetabular e Osso femoral. Foram colhidas, de forma sistemática, amostras profundas para cultura bacteriana durante a realização da ATQ primária, de janeiro de 2009 a dezembro de 2010. Os prontuários foram revisados de forma retrospectiva. Todos os resultados dos exames de cultura foram checados e analisados juntamente com os dados obtidos no prontuário médico. Assim, verificou-se quais pacientes com cultura positiva evoluiram com infecção clinicamente relevante. - Discente: GUILHERME PEREIRA CORREA MEYER (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: ESTUDO RANDOMIZADO COMPARANDO A MICRODISCECTOMIA ENDOSCÓPICA E A MICRODISCECTOMIA LOMBAR ABERTA PARA TRATAMENTO DA RADICULOPATIA LOMBAR POR HÉRNIA DE DISCO LOMBAR. LINHA 3
Resumo: As técnicas minimamente invasivas de cirurgia para a coluna permitem diminuir o dano tecidual e as suas sequelas. Muitas técnicas foram descritas com estudos indicando que o tratamento era bem sucedido para a dor e incapacidade decorrentes das hérnias de disco pequenas associadas à radiculopatia. Atualmente os trabalhos científicos advogando os benefícios do tratamento da hérnia de disco lombar por técnica endoscópica vem aumentando em número e qualidade. Não existe estudo clínico randomizado nacional no nosso meio comparando a microdiscectomia endoscópica com a microdiscectomia aberta. Objetivo: Comparar os resultados dos doentes randomizados para o tratamento cirúrgico pela técnica de microdiscectomia tradicional ou microdiscectomia endoscópica. Materiais e Métodos: O estudo incluirá 40 doentes de ambos os sexos que serão randomizados por sorteio na razão de 1:1 por sorteio com números fechados em envelopes, entre os grupos de tratamento com microdiscectomia aberta e microdiscectomia endoscópica. O doente randomizado para o tratamento pela discectomia endoscópica ou microdiscectomia lombar será avaliado dentro de duas semanas anteriores à data do procedimento e em outras 6 consultas no pós-operatório. Em cada visita, os doentes passarão por exame físico completo, responderão o questionário de incapacidade de Oswestry e completarão a Escala Visual Analógica (EVA). A RM será feita com um mês de pós-operatório e com 12 meses. - Discente: ISABELA BRUNA PIRES BORGES (ME)
Orientador: Samuel Katsuyuki Shinjo
Projeto: IMPACTO DO USO DE HIPOLIPEMIANTES EM PACIENTES COM DERMATOMIOSITE E POLIMIOSITE. LINHA 6
Resumo: Avaliar prospectivamente pacientes com dermatomiosite e polimiosite, o efeito de hipolipemiante em: Principal – 1) Função endotelial e rigidez vascular; Secundários: 2) Status da doença; 3) Perfil metabólico (lipídico, glicêmico e adipocitocinas). 4) Efeitos colaterais. O presente estudo faz parte de uma série de ensaios clínicos que visam aprofundar o conhecimento sobre o efeito de hipolipemiantes na função endotelial e na rigidez vascular de pacientes com miopatias inflamatórias idiopáticas. Trata-se de um ensaio clínico a ser registrado no portal ClinicalTrials.gov. O projeto já foi aprovado pelo Comitê de Ética da nossa Instituição, com o título de “Impacto de hipolipemiantes em pacientes com dermatomiosite e polimiosite”. - Discente: JEAN MARCOS DE SOUZA (DO)
Orientador: Samuel Katsuyuki Shinjo
Projeto: EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO NO CONTEÚDO LIPÍDICO, ANGIOGÊNESE E RESISTÊNCIA À AÇÃO DA INSULINA NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE PACIENTES COM MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS IDIOPÁTICAS. LINHA 6
Resumo: A dermatomiosite (DM) e polimiosite (PM) são miopatias inflamatórias idiopáticas sistêmicas raras associadas à alta morbidade e à incapacidade funcional. Pacientes com DM/PM podem apresentar, como consequência clínica, uma acentuada atrofia muscular associada à diminuição da capacidade oxidativa muscular. Ademais, o nosso grupo mostrou pela primeira vez na literatura que pacientes com DM/PM apresentam uma alta prevalência de síndrome metabólica (SM). A resistência à insulina (RI) é um importante componente da SM. O aumento da RI no músculo esquelético prejudica a oxidação de lipídios neste território, culminando no acúmulo deste metabólito. O treinamento físico (TF) é uma importante ferramenta para melhora da capacidade oxidativa e da RI. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo principal avaliar o efeito do TF na RI e no conteúdo lipídico do músculo esquelético de pacientes com DM/PM. Nossa hipótese é que devido à atrofia muscular e a diminuição da capacidade oxidativa característica de pacientes com DM/PM, há uma diminuição da oxidação de ácidos graxos, culminando no acúmulo de lipídios intramusculares nesses pacientes. Por sua vez, esse acúmulo de lipídios pode levar à resistência a ação da insulina, o que por sua vez prejudicaria a oxidação de lipídios no músculo. O treinamento físico leva a uma melhora da capacidade oxidativa e aumento da área de secção transversal do músculo. Isso por sua vez, favoreceria a oxidação de ácidos graxos e atenuação da resistência à ação da insulina por reduzir a fosforilação do substrato do receptor de insulina tipo 1 (IRS-1) no resíduo de serina. - Discente: JORGE HENRIQUE ASSUNÇÃO (DO)
Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto
Projeto: ASSOCIAÇÃO ENTRE O POLIMORFISMO GENÉTICO DAS METALOPROTEINASES 1 E 3 E AS LESÕES DO MANGUITO ROTADOR. LINHA 3
Resumo: Na patogênese da tendinopatia e as lesões do manguito rotador, encontramos uma diminuição da síntese, pelos tenócitos, e aumento da degradação do colágeno na matriz extracelular, que estão associados com o aumento da atividade das metaproteinases. A expressão de um gene pode ser influenciada por polimorfismos de nucleotídeo único (SNOs) na região promotora, alterando a transcrição genética e consequentemente a produção de determinadas proteínas, podendo tornar um indivíduo suscetível a determinadas doenças. Na fisiopatologia das lesões do manguito rotador as metaloproteinases desempenham papel importante na regeneração e lesão tendínea. O estudo de determinados padrões genéticos que aumentam a atividade destas proteases, poderia ajudar no entendimento da gênese destas lesões e identificar indivíduos suscetíveis. O objetivo do estudo é investigar a influência dos polimorfismos na região promotora dos genes das MMPs 1 e 3 nas lesões do manguito rotador. Serão selecionados pacientes do Grupo de Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, agrupados em dois grupos: Grupo teste-pacientes que já foram submetidos a reparo do manguito rotador ou serão submetidos a este procedimento e com diagnóstico clínico e radiológico por ressonância magnética de lesão transfixante do manguito rotador. Grupo controle-pacientes com tendões do manguito rotador íntegros comprovados por exame radiológico ou tratamento cirúrgico e sem sinais clínicos de lesão do manguito rotador, que estejam em acompanhamento ortopédico por outras patologias. A amostra deste estudo será composta de 64 indivíduos em cada grupo. Serão coletados os seguintes dados do paciente: idade, sexo, presença de dor no ombro, inicio dos sintomas dolorosos, tratamento prévios, resultados dos exames radiológicos, cirurgias prévias, antecedentes pessoais de doenças clínicas e ortopédicas, uso de medicamentos, atividades esportivas. Serão excluídos os pacientes com doenças reumatológicas, imunológicas, diabetes, processos infecciosos prévios ou atuais no ombro. Também serão excluídos os pacientes com lesões do manguito rotador com origem traumática, bem como aqueles com lesões parciais do manguito rotador. O DNA dos pacientes será obtido a partir de células epiteliais da mucosa bucal, através de um bochecho com 3 ml de solução glicosada durante 2 minutos e serão congeladas a – 20oC até o momento de extração do DNA. Depois de descongeladas as amostras serão incubadas overnight e posteriormente centrifugadas. PCR ( Polimerase Chain Reaction) serão utilizadas para amplificação dos fragmentos das regiões reguladoras dos genes da MMP-1 e MMP-3. Será avaliada a diferença de frequência dos alelos das metaloproteinase MMP-1 e 3 observada nos indivíduos com e sem lesões do manguito rotador pelo teste Qui-quadrado e considerada estatisticamente significante diferenças com p menor de 0,05. - Discente: KETTY LYSIE LIBARDI LIRA MACHADO (DO)
Orientador: Rosa Maria Rodrigues Pereira
Projeto: FATORES DE RISCO PARA BAIXA MASSA MUSCULAR EM COORTE PROSPECTIVA DE IDOSAS BRASILEIRAS RESIDENTES NA COMUNIDADE. SÃO PAULO AGEING& HEALTH STUDY (SPAH). LINHA 5
Resumo: 1. Estimar a incidência de baixa massa muscular em uma população de indivíduos idosos residentes na área do Butantã. 2. Verificar quais fatores de risco para desenvolvimento de baixa massa muscular (idade, idade da menopausa, tabagismo, alcoolismo, atividade física, ingestão de cálcio, osteoporose (OP) história familiar de OP, glicocorticóides, quedas, etc) são os mais importantes nestes indivíduos. II. Objetivos Secundários: 1. Analisar as concentrações séricas de 25OH vitamina D, paratormônio intacto, TSH, cálcio, fósforo e dados relacionados a densidade mineral óssea e avaliação da composição corporal (medidas de gordura corporal total e regional e massa magra ) nesta população e correlacionar estes valores com a presença de baixa massa muscular. - Discente: LUCAS PEIXOTO SALES (ME)
Orientador: Fabiana Braga Benatti
Projeto: EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATININA NA FUNÇÃO, FORÇA MUSCULAR E NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS: UM ESTUDO CLÍNICO, RANDOMIZADO, CONTROLADO POR PLACEBO. LINHA 4
Resumo: Avaliar os efeitos da suplementação de creatina por 24 meses na força e função musculares e na composição corporal de 200 mulheres pós-menopausadas. Tal desenho faz parte deste estudo mais longo e com maior número amostral na literatura científica a avaliar os efeitos da suplementação de creatina em longo prazo na composição corporal, força e massa magra em população idosa. - Discente: MARCELO BATISTA BONADIO (DO)
Orientador: Marco Kawamura Demange
Projeto: TRATAMENTO DAS LESÕES DE EDEMA MEDULAR ÓSSEO DO JOELHO PELA TÉCNICA DE SUBCONDROPLASTIA. LINHA 4
Resumo: O edema do osso medular subcondral evidenciado na ressonância magnética vem sendo cada vez mais estudado, tendo sido relacionada com a dor e a progressão da osteoartrose. A aplicação do enxerto ósseo a base de fosfato de cálcio nas regiões de edema ósseo medular (subcondroplastia) aparece como uma importante linha de tratamento, buscando evitar o colapso ósseo e a progressão do desgaste da cartilagem articular. Nosso trabalho tem como objetivo avaliar a técnica de subcondroplastia no joelho quanto sua aplicabilidade e viabilidade além dos resultados quanto a melhora funcional, regressão do edema ósseo nos exames de RM e prevenção da evolução da degeneração da cartilagem articular. Serão selecionados 25 pacientes 25 pacientes do ambulatório do grupo de joelho com lesão hipercaptante em região subcondral de planalto tibial ou condilos femorais na ressonância magnética. Após o mapeamento o paciente será submetido a procedimento de subcobdroplastia. O procedimento consiste na aplicação de substituto ósseo a base de fosfato de cálcio injetável na região de os pacientes então serão avaliados em 1, 3,12,24, e 48 semanas com os mesmos critérios anteriores e com 12 meses será realizada nova RM edema ósseo. - Discente: MARILDA GUIMARÃES SILVA (DO)
Orientador: Samuel Katsuyuki Shinjo
Projeto: INTERLEUCINA-17 E SUA EXPRESSÃO GÊNICA: CORRELAÇÃO COM AS CARACTERÍSTICA CLINICO-LABORATORIAIS DA POLIOMIOSITE. LINHA 6
Resumo: Avaliar a concentração de interleucina (IL)-17 sérica em pacientes com dermatomiosite (DM) e polimiosite (PM) e correlacioná-la com os dados demográficos, clínicos, laboratoriais, terapêuticos e status dessas doenças. Métodos: Estudo transversal que incluiu 80 pacientes consecutivos com DM e 32 PM definidas, no período de 2012 a 2016. Os pacientes foram pareados por sexo, etnia e idade com 104 indivíduos saudáveis. A análise de IL-17 sérica, assim como das demais citocinas (IL-6, TNFa e INFg), foi realizada por imunoensaio multiplex. Os parâmetros do status da doença foram baseados nos escores estabelecidos por International Myositis Assessment & Clinical Studies Group (IMACS). Resultados: A média de idade dos pacientes com DM e PM foi de 46,0 e 47,7, respectivamente, com predomínio de mulheres e cor branca em ambos os grupos. O tempo mediana de doença foi, respectivamente, de 3 e 5 anos. De um modo geral, as características clínicas, laboratoriais, terapêuticas e status atual da doença foram semelhantes entre os pacientes com DM e PM. A concentração de IL-17 sérica estava aumentada em pacientes com DM e PM, em relação ao grupo controle (P<0,050), e maior em PM quando comparado a DM (P<0,001). No caso da DM, houve uma correlação estatisticamente significativa entre a IL17 e as lesões cutâneas cumulativas, os parâmetros de IMACS, e a concentração sérica de IL-6 e IFNg. No caso de PM, a IL-17 correlacionou com a idade atual dos pacientes, parâmetros de IMACS, e concentração sérica de IFNg e TNFa. Conclusão: A IL-17 sérica está aumentada em pacientes com DM e PM, quando comparada ao grupo controle. O presente estudo reforça a relevância e sugere fortemente que a IL-17 possa ser um biomarcador da atividade dessas miopatias autoimunes sistêmicas. - Discente: MAURICIO PINTO RODRIGUES (ME)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS GENÉTICOS EM METALOPROTEINASES NA MOLÉSTIA DE DUPUYTREN. LINHA 1
Resumo: A Moléstia de Dupuytren (MD) é uma condição patológica relativamente comum em nosso meio, que causa deformidade m flexão fixa dos dedos e incapacidade funcional das mãos. Sua prevalência é determinada entre 0,2% e 56%, dependendo da idade, população e metodologia do estudo. Em nosso país ainda não dispomos de dados suficientes para denominar a prevalência, que deve variar muito nas diversas regiões do país, devido a sua constituição demográfica. Clinicamente, está patologia é caracterizada por fibrose (fibromatose) da fáscia palmar com retração em flexão dos dedos, mediada pela formação e proliferação de miofibroblastos. - Discente: NATASHA VOGEL MAJEWSKI RODRIGUES (ME)
Orientador: Roberto Guarniero
Projeto: REVISÃO SISTEMÁTICA DOS RESULTADOS DA HEMIEPIFISIODESE DO JOELHO NA CORREÇÃO DAS DEFORMIDADES EM VALGO VARO. LINHA 5
Resumo: As deformidades angulares dos membros inferiores das crianças em crescimento tem causas primárias (idioáticas) ou secundárias a um amplo espectro de doenças como, por exemplo, as sequelas do raquitismo. As deformidades mais comuns ocorrem na tíbia e na fíbula. NA avaliação clínica da deformidade: “real” ou somente correspondendo ao período “fisiológico” segundo os critérios de SALENIUS E VANKA . Para a correção ortopédica, técnicas operatórias são descritas desde 1945 (BLOUNT) 3,4. Atualmente, a hemiepifisiodese é um tratamento ortopédico operatório bem estabelecido 5,6 para as correções de deformidades angulares do joelho, pois provocam uma compressão assimétrica na placa epífisária. Durante décadas, o grampos de blount foram utilizados para a hemiepifisiodese temporária 8; recentemente, o sistema denominado “placas em oito” (“eight-plate”), tem sido preferencialmente adotado, pois segundo os autores (Burghardt at al) pode ser considerado um procedimento minimamente invasivo e superior aos grampos de clount, pois são mecanicamente mais eficientes, com menor índice de complicações como quebra do implante ou soltura.9,10,11 No entanto, questões ainda não estão respondidas sobre denominado crescimento guiado com as “placas em oito”, como por exemplo: as falhas mecânicas das placas (em oito) ou a melhor eficácia da técnica em relação a outros tratamentos por hemiepifiodese temporária, inclusive referente ao comportamento mecânico e ao valor do implante. Então, realizamos esta revisão sistemática da utilização da hemiepifisiodese temporária para correção de deformidades angulares dos membros inferiores procurando determinar as vantagens e as desvantagens das diferentes técnicas utilizadas. Para revisão sistemática do tema, os estudos randomizados são ideias. Entretanto, podemos antecipar que poucos serão os estudos deste tipo disponíveis na literatura. Assim, quando informações de trabalhos clínicos controlados não estiverem disponíveis, os estudos do tipo coorte são elegíveis para inclusão. - Discente: RAFAEL GIOVANE MISSÉ (ME)
Orientador: Samuel Katsuyuki Shinjo
Projeto: EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO NA FUNÇÃO ENDOTELIAL E NAS PROPRIEDADES DE GRANDE ARTÉRIAS DE PACIENTES COM MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS IDIOPÁTICAS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO E RANDOMIZADO. LINHA 6
Resumo: A dermatomiosite (DM) e polimiosite (PM) são doenças autoimunes sistêmicas raras caracterizadas por fraqueza muscular progressiva e predominantemente proximal dos membros. Além disto, podem cursar com acometimento cutâneo (DM), cardiorrespiratório e do trato gastrintestinal. A síndrome metabólica (SM) é um grupo de doenças caracterizadas por alteração da glicemia de jejum, obesidade central, dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica. Pacientes com DM/PM apresentam uma significativa prevalência de SM e diabetes mellitus e, consequentemente, elevado risco para doenças cardiovasculares (DCV). Essas doenças, por sua vez, estão intimamente relacionadas com a aterosclerose, disfunção endotelial e diminuição da distensibilidade arterial (medida por velocidade de onda de fluxo – VOP). De fato, segundo a literatura, pacientes com DM/PM apresentam um prejuízo na função endotelial e elevada rigidez arterial. O treinamento físico tem sido uma importante ferramenta em melhorar as capacidades físicas, assim como a função endotelial e rigidez arterial de pacientes com doenças autoimunes sistêmicas. Entretanto, até o presente momento, não há estudos avaliando a função endotelial e distensibilidade arterial em pacientes com DM/PM submetidos a exercícios físicos crônicos, o que nos motivou a realizar o presente estudo.É possível que, a exemplo de doenças autoimunes sistêmicas, o treinamento físico melhore a capacidade física, a função endotelial e a rigidez arterial prejudicada de pacientes com DM/PM que, por sua vez, contribuiria para a diminuição dos fatores de risco para DCV nesses pacientes. - Discente: RENATA MIOSSI (DO)
Orientador: Samuel Katsuyuki Shinjo
Projeto: CORRELAÇÃO PROSPECTIVA ENTRE A CAPILAROSCOPIA PERIUNGUEAL, A BIOPSIA MUSCULAR E A CAPILAROSCOPIA DA MUCOSA GENGIVAL EM PACIENTES COM DERMATOMIOSITE RECÉM DIAGNOSTICADA. LINHA 4
Resumo: Correlacionar alterações vasculares identificadas por capilaroscopia, biopsia muscular e de mucosa gengival em pacientes com dermatomiosite refrataria, correlacionar os achados com dados demográficos, clínicos, laboratoriais e terapêuticos de pacientes com dermatomiosite, e também as possíveis alterações encontradas na capilaroscopia ungueal com as observadas na mucosa gengival e dados terapêuticos evolutivos. O grupo controle será com pacientes com dermatomiosite com doença controlada. - Discente: SANDRA REGINA MIYOSHI LOPES (DO)
Orientador: Clovis Artur Almeida da Silva
Projeto: INFLUÊNCIA DA IDADE AO DIAGNÓSTICO NA EVOLUÇÃO DE PACIENTES BRASILEIROS COM LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. LINHA 6
Resumo: Avaliar possíveis associações entre idade ao diagnóstico em pacientes com LESJ com características clínico-laboratoriais cumulativas, dano cumulativo e óbito na última consulta. - Discente: SILENO DE QUEIROZ FORTES FILHO (DO)
Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme
Projeto: DESEMPENHO FÍSICO COMO PREDITOR DE DECLÍNIO FUNCIONAL, HOSPITALIZAÇÃO E SOBREVIDA EM IDOSOS AMBULATORIAIS COM CONDIÇÃO CLINICA AGUDA OU DESCOMPENSADA: ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO. LINHA 5
Resumo: O envelhecimento populacional determina inúmeros desafios aos sistemas de saúde por todo o mundo e, em especial no Brasil onde os idosos já contabilizam mais de 30% dos gastos hospitalares no SUS. O maior risco de hospitalização encontra-se entre os portadores de multimorbidades com condução aguda ou crônica descompensada. Intervenções precoces nos serviços ambulatoriais, de hospital dia ou de emergência podem representar uma oportunidade para evitar desfechos desfavoráveis como declínio funcional, hospitalização e morte. Dentre as causas comuns de doenças agudas que causam procura por serviços de saúde pelos idosos são as fraturas por fragilidade. A análise do aparelho locomotor através de testes funcionais pode ser útil para o rastreamento de potenciais pacientes de risco. A Short Physical Perfomance Battery (SPPB), escala que avalia o desempenho físico dos membros inferiores, é um instrumento simples, prático, de fácil aplicação e reprodutível. Desenvolvida por Guralnik e col em 1994, teve bons resultados como preditor de perda funcional, hospitalização e morte em idosos da comunidade em estudos epidemiológicos. Para esses indivíduos, o Hospital Dia Geriátrico (HDG) constitui uma alternativa ao cuidado. Esse ambiente proporciona uma abordagem multiprofissional com especial atenção às necessidades dos pacientes idosos vulneráveis. Esse estudo propõe avaliação inicial e seguimento por seis meses de idosos com condição aguda, entre estas fraturas por fragilidade, encaminhados a um HDG, com objetivo de a escala SPPB como preditor de evolução desfavorável (perda funcional, hospitalização e morte) no período de seis meses através de ligações telefônicas. A identificação da escala SPPB como preditor pode estimular a implementação dessa ferramenta de rastreio na prática clínica e promover intervenções precoces dirigidas à indivíduos idosos considerados de maior risco. - Discente: THIAGO PEREIRA COUTINHO (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: POTENCIAL DE DESCOMPRESSÃO INDIRETA OBTIDO COM A TÉCNICA DE ARTRODESE EXTREMO LATERAL MINIMAMENTE INVASIVA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM ESTENOSE CENTRAL E/OU FORAMINAL. LINHA 4
Resumo: A técnica XLIF é uma abordagem retroperitoneal para a coluna lombar. A remoção de disco e ruptura do ânulo fibroso contralateral, utilizando um dissector de Cobb oferece a oportunidade de colocar um implante de comprimento grande no corpo que vai sustentar-se nas duas margens laterais do anel epifisário, maximizando o apoio placa final. A colocação do implante nesta posição anterior e bilateral epifisária fornece um forte apoio para a restauração da altura do disco, e correção de desequilíbrio sagital e coronal. População do estudo: pacientes esqueleticamente maduros do sexo masculino ou feminino, não-grávidas, com pelo menos 18 anos de idade e não mais de 70 anos de idade com diagnóstico de estenose central e/ou foraminal lombar e espondilolistese > ou = grau I. Os indivíduos elegíveis serão submetidos a uma artrodese lombar por via lateral. Número (previsto): 20 pacientes podem ser inscritos. Grupos de tratamento: Haverá um grupo de tratamento neste estudo: Pacientes com estenose central e/ou foraminal e espondilolistese > ou = grau I serão enquadrados no estudo. Duração do tratamento e follow-up: Os participantes serão acompanhados por um período de aproximadamente 1 ano após a cirurgia. Cronograma: Cada paciente será avaliado vezes ao longo de um período de três meses: a triagem / pré-operatório, imediatamente após a cirurgia ou antes da alta hospitalar, e em três meses, em seis meses e em doze meses de acompanhamento. O objetivo primário deste estudo é estabelecer a viabilidade de avaliar informações sobre a descompressão indireta após o uso do cage de XLIF sozinho ou suplementado com parafusos pediculares para estenose do canal lombar.
2018
- Discente: ADRIANA LÚCIA PASTORE E SILVA (DO)
Orientador: Alberto Tesconi Croci
Projeto: ÓRTESES: EFICÁCIA E EFEITOS BIOMECÂNICOS NA OSTEOARTROSE DO JOELHO. LINHA 2
Resumo: A osteoartrose é a maior causa de dor em idosos. Todas as estruturas envolvidas no joelho são acometidas. Os efeitos desses acometimentos é a alteração de distribuição de força na superfície articular. Esse processo contribui para um ciclo de alterações e piora da doença. O objetivo primário do tratamento dos pacientes com um grau inicial de osteoartrose foca no alívio da dor e evitar a progressão da doença reduzindo o estresse articular. As órteses para valgo e varo são uma forma não invasiva e não farmacológica de tratamento desses pacientes. Serão avaliados e tratados com a colocação de órtese para correção de valgo e varo de joelho 60 pacientes selecionados do grupo de joelho. A avaliação consistirá em aplicação de questionários, e exames de radiografia panorâmica, avaliação isocinética, baropodometria e plataforma de força. O objetivo deste trabalho é a adaptar uma órtese já existente no mercado para utilizar em pacientes com osteartrose medial ou lateral do joelho e verificar a sua eficácia na abertura do espaço articular, melhora da dor, função e qualidade de vida. - Discente: ALDERICO GIRÃO CAMPOS DE BARROS (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: AVALIAÇÃO DO EFEITO DE INTERLEUCINA-6 E DA ERITROPOETINA EM LESÃO MEDULAR EM RATOS. LINHA 4
Resumo: A preocupação com o entendimento da fisiologia do paciente portador de lesão da medula espinhal cresceu bastante desde a segunda guerra mundial a o longo das últimas décadas houve grande progresso na pesquisa e cuidados médicos, embora muitos aspectos permaneçam desconhecidos. A cada ano ocorrem, aproximadamente, 40 novos casos de traumatismo raquimedular para cada 1 milhão de habitantes de uma população, estatística que não leva em conta os indivíduos que morrem no local do acidente. O objetivo do futuro trabalho será avaliar os efeitos causados pela ação da interleucina-6 e eritropoietina no processo de regeneração nervosa, utilizando para isso o NYU IMPATOR, um modelo padronizado e reprodutível de lesão contusa da medula espinhal em ratos. Análises histopatológicas da área da lesão e de áreas próximas serão realizadas. Notas serão atribuídas segundo os constituintes das lâminas a fim de permitir uma análise estatística posterior. - Discente: BRUNO SERGIO FERREIRA MASSA (ME)
Orientador: Roberto Guarniero
Projeto: O USO DA RADIOGRAFIA INLET NO CONTROLE RADIOGRÁFICO DO QUADRIL NA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL.
Resumo: Introdução: A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) acomete de 1,5 a 2,5 de cada 100 nascidos vivos. O diagnóstico deve ser realizado preferencialmente, ainda no berçário, por meio de exame físico e poderá ser complementado por exames de imagem quando ainda restar dúvida diagnóstica ou no rastreamento em casos de maior risco. A longo prazo, está associada a disfunção do quadril com maior índice de artroplastias com relação à população geral. O tratamento pode variar desde o uso do suspensório descrito por Pavlik à redução cruenta com osteotomias pélvica e femoral. O controle da redução é feito com ultrassom nos pacientes mais novos. Os casos que necessitam de redução fechada ou aberta são seguidos com tomografia ou ressonância magnética. Nessa situação existe discussão sobre qual o melhor método a ser empregado. O uso da tomografia é o mais antigo e mais estabelecido, mas novos estudos comparam os métodos e mostram similaridade na capacidade de avaliação. Diversas vantagens e desvantagens são associados a esses métodos como o custo, necessidade de sedação e incidência de radiação. Não existe uma opção estabelecida e a escolha normalmente é individualizada em cada serviço. Outro método usado frequentemente e concomitantemente aos outros é a radiografia. Diversas medidas foram estabelecidas e padronizadas para avaliação na DDQ. Porém as avaliações são feitas em apenas um plano, anteroposterior. Se comparado com os outros métodos, tomografia e ressonância, a radiografia tem algumas vantagens como o custo, a acessibilidade, a reprodutibilidade e a não necessidade de sedação. A principal desvantagem é a incapacidade de avaliar dois planos. Mitani em 1997 estudou intraoperatóriamente o uso de uma incidência de perfil, porém o mesmo método não pode ser realizado para avaliar a redução após a imobilização pelvepodálica devido à posição mantida no quadril. Uma incidência não costumeiramente empregada nessa doença que pode acrescentar a visualização do plano axial é a “Inlet”. Nenhum estudo compara as imagens obtidas com a radiografia Inlet com as obtidas por tomografia e, ou ressonância. - Discente: CARLOS TUCCI NETO (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO DA VERSÃO EM PORTUGUÊS BRASILEIRO DO QUESTIONÁRIO DRAM (DISTRESS RISK ASSESSMENT METHOD). LINHA 5
Resumo: O modelo biopsicossocial de abordagem à enfermidade considera a interação entre fatores biológicos, psicológicos e médico legais envolvidos no tratamento e diagnóstico; tal modelo produziu um impacto positivo significativo no cuidado às doenças da coluna vertebral, por ter inovado na maneira de abordar a patologia, na indicação terapêutica e avaliar os resultados das intervenções. (Weiner, 2008)A quantificação dos fatores psicossociais dos pacientes é altamente relevante no tratamento das doenças da coluna vertebral, especialmente na instituição das intervenções terapêuticas; dentre estes fatores, os distúrbios psicológicos são fatores expressivos tanto na avaliação inicial quanto dos resultados dos diversos tratamentos disponíveis para as afecções da coluna vertebral. (Daubs et al., 2010)Entre as diversas ferramentas de avaliação de estado psicológico, o questionário DRAM (distress risk assessment method), publicado por Main e cols. em 1992 como uma classificação simples para identificar distúrbios psicológicos e avaliar o risco de resultados pobres especificamente em pacientes com afecções da coluna vertebral. (Main et al., 1992)Por ter sido desenvolvido em língua inglesa, o questionário DRAM deve ser submetido a um método confiável de adaptação transcultural para equivaler à versão original e, assim, ser aplicável para uso na prática clínica em indivíduos de língua e cultura brasileiras (Beaton, Bombardier, Guillemin, & Ferraz, 2000). A abordagem do Projeto IQOLA (International Quality of Life Assessment) foi a metodologia eleita para o presente estudo, por ser um método de adaptação transcultural simples e confiável, que consiste de três estágios (tradução, testes de hipóteses das escalas e validação estatística) (Gandek, Ware, & Group, 1998), ao final do qual é possível a produção da versão em português brasileiro do questionário DRAM. Até o presente momento, não há registro de publicação de uma versão brasileira do questionário DRAM. Serão selecionados 200 indivíduos incluídos no atendimento dos ambulatórios de ortopedia ou pronto atendimentos dos serviços participantes, com idade maior que 18 anos, com queixa clínica relacionada à coluna vertebral. - Discente: DANILO RICARDO OKIISHI DE OLIVEIRA (DO)
Orientador: Arnaldo José Hernandez
Projeto: AVALIAÇÃO DINÂMICA DA ESTABILIDADE DO JOELHO APÓS RECONSTRUÇÃO ANATÔMICA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ENTRE AS POSIÇÕES ANTEROMEDIAL E CENTRAL – ESTUDO COMPARATIVO, PROSPECTIVO E RANDOMIZADO EM ATLETAS.
Resumo: A incidência de lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) aumentou nos últimos anos, especialmente entre atletas jovens, decorrente da crescente procura por atividades esportivas. Os túneis na reconstrução do LCA determinam o eixo de funcionamento do enxerto, e uma das causas mais comuns de falha na reconstrução do LCA é o mau posicionamento do enxerto. A posição dos túneis na origem femoral e na inserção tibial é uma das variáveis em que o cirurgião pode intervir para alcançar um resultado funcional mais adequado na reconstrução do LCA. A avaliação do equilíbrio é importante para se indicar deficiências do mesmo após a lesão do LCA ou após a reconstrução do mesmo. A dinâmica do movimento também é uma importante ferramenta metodológica para se mensurar os resultados funcionais da reconstrução do LCA. Os testes de salto ou “hop-test” são ferramentas de pesquisa úteis para predizer a estabilidade dinâmica do joelho. Na reconstrução do LCA necessita-se de métodos de verificação do posicionamento dos túneis, e a tomografia computadorizada (TC) é o padrão ouro para a avaliação do posicionamento do LCA. Embora existam evidências de que o alinhamento do enxerto nas posições original ou anatômica do LCA no fêmur e na tíbia resulta em testes funcionais superiores, não há consenso em relação ao melhor posicionamento. O objetivo deste estudo é avaliar a função e estabilidade dinâmica do joelho a partir da plataforma de força, e testes funcionais, após a reconstrução do LCA nas posições anatômicas AM e central em uma população exclusiva de atletas. Casuística e métodos – estudo prospectivo realizado em 40 pacientes randomizados em relação à técnica cirúrgica utilizada na reconstrução do LCA. Os indivíduos selecionados são atletas do grupo de medicina Esportiva do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculadde de Medicina da USP – IOT HC FMUSP – com lesão unilateral do LCA, de ambos os sexos e idade entre 18 anos (ou fechamento da placa fisária) até 45 anos, sem lesão ligamentar prévia, sem evidências radiográficas de osteoartrite moderada ou grave, fratura ou cirurgia prévia no joelho envolvido ou desvio de eixo. Os atletas serão avaliados no período pré-operatório e durante o seguimento ambulatorial aos 6 e doze meses. Serão aplicadas as escalas de Lysholm, de Tegner e IKDC. Para análise da estabilidade articular serão registradas as forças de reação do solo e a quantificação das oscilações dos corpos dos sujeitos. Para isso, os participantes permanecerão sobre uma plataforma de força em que os testes serão repetidos por três vezes e realizados bilateralmente. A reconstrução artroscópica como uso de enxerto quádruplo do tensão semitendíneo e grácil será executada por cirurgião sênior do Grupo de Medicina Esportiva do IOT-HC-FMUSP. Os túneis tibial e femoral serão perfurados em duas diferentes posições: (1) AM anatômica e (2) Centro do sítio original do LCA. - Discente: DENNIS SANSANOVICZ (ME)
Orientador: Alberto Tesconi Croci
Projeto: AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOGRÁFICA DA ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL SEM CIMENTO. ESTUDO COMNPARATIVO ENTRE A OSTEOARTROSE PRIMÁRIA E A SEQUELA DA DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES.
Resumo: Atualmente, poucos estudos descrevem as características e as complicações da Artroplastia Total do Quadril (ATQ) como medida terapêutica da osteoartrose secundária a Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP). Khateb et. Em um estudo retrospectivo publicado em 2014, avaliou 15 ATQ’s com componente femoral customizado realizadas entre os anos de 1996 e 2003. A idade média deste estudo foi de 32.8 anos (23-55 anos) e o seguimento médio foi 10,1 anos. A sobrevida do componente femoral customizado foi de 100% no tempo de seguimento do estudo em contraste com a sobrevida do componente acetabular não customizado, que foi de 81%. Yaser et.al realizou em 2013 um estudo, tembém médio de 8 + 5 anos, utilizando ATQ’s sem cimento e híbridas. A idade média dos pacientes foi de 48+ 15 anos. A sobrevida das ATQ’s nao cimentadas foi de 90% e ds ATQ’a híbridas de 86% com 8 anos de seguimento. Anteriormente a este estudo de 2013, apenas um estudo na literatura investigou especificamente a sobrevida da ATQ realizada na osteoartrose secundária a DLCP. Trata-se de um estudo italiano de 2011, no qual foram estudados retrospectivamente 27 ATQ’s entre 1989 e 2004. A idade média dos pacientes era de 37,8 anos e o seguimento médio foi de 10,33 anos. A sobrevida em 15 anos dos implantes foi de 96,9%. Objetivo: Determinar a sobrevida de ATQ’s de um modelo único realizadas em casos de osteoartrose secundária à DLCP (“Grupo Perthes”) no IOT-HCFMUSP entre os anos de 2006 e 2012 e compará-la a um grupo controle. Este último será composto por casos de ATQ’s do mesmo modelo realizadas em casos de osteiartrose primária (“Grupo Osteoartrose Primária”), no mesmo instituto, no mesmo período e com idades pareadas as do grupo estudado. Metodologia: Segundo levantamento de uma empresa distribuidora de material, entre os anos de 2006 e 2012 em torno de 900 artroplastias totais do quadril não cimentadas de um modelo único francês foram realizados como tratamento de casos de osteoartrose primária ou secundária do quadril no IOT-HCFMUSP. Segundo dados literários espera-se que entre 0,6% e 4,2% dos casos, ou seja, até 38 destes casos, sejam ATQ’s motivadas por osteoartrose secundária à sequela da DLCP. Em 240 meses de estudo (2015-2016), a partir do levantamento de prontuário desses pacientes e do acompanhamento dos retornos ambulatoriais rotineiros ou convocados dos mesmos, pretendemos selecionar o “Grupo Perthes” o “Grupo Osteoartrose Primária”. Desta maneira, ao fim do ano de 2016 pretendemos determinar a sobrevida dos implantes do “Grupo Perthes” com seguimento de mínimo 3 e máximo 10 anos, além de comparar os dois grupos citados. - Discente: GUSTAVO BERSANI SILVA (ME)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: RETALHO ÓSSEO VASCULARIZADO DO CÔNDILO FEMORAL MEDIAL – ESTUDO ANATÔMICO. LINHA 4
Resumo: A possibilidade de utilizar retalhos ósseos vascularizados em reconstruções esqueléticas é ferramenta importante no manejo de lesões oncológicas, traumáticas ou congênitas que desafiam os cirurgiões. No entanto, poucas opções de retalho ósseo vascularizado existem quando comparados à miríade de retalhos cutâneos descritos, assim o retalho ósseo vascularizado do côndilo femoral medial tem recebido atenção crescente pela relativa facilidade de dissecção, pedículo longo, morbidade mínima e possibilidade de transferência de osso cortical vascularizado com periósteo e cartilagem articular. Desde 2010, diversas aplicações clínicas tem sido descritas, desde a já bem documentada utilidade no tratamentos das pseudoartroses do membro superior, até perdas segmentares dos quatro membros, que exigem osso estruturado cortico-esponjoso. No Brasil, estudo conduzido por Andrade et al em 2009, pela Universidade Federal de Goiás, trouxe contribuições para a definição da anatomia local, porém restam dúvidas quanto ao número de vasos nutrindo o periósteo e o tecido ósseo subjacente; localização e tamanho de ramos nutrindo pele e o músculo vasto medial vizinho, o que permitiria grande versatilidade em reconstruções complexas que exigem múltiplos tecidos; assim como detalhamento da anatomia das superfícies articulares, contendo cartilagem passível de transferência microcirúrgica como retalho condro-cortico-periosteal. - Discente: JOSÉ OTÁVIO REGGI PÉCORA (DO)
Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto
Projeto: ANÁLISE DA TRILHA DA GLENÓIDE NA INSTABILIDADE GLENO-UMERAL: AVALIAÇÃO POR MODELO DE ELEMENTOS FINITOS. LINHA 4
Resumo: No tratamento da instabilidade anterior do ombro, a falha do reparo capsulo-labral, cirurgia de Bankart, está mais relacionada nos casos em que, em algum momento do arco de movimento do ombro, a lesão de Hill-Sachs entra em contato com o limite anterior da glenóide, uma nova corrente de estudo definiu o conceito glenoidea track, ou trilha da glenóide. Esta trilha é definida pelo contato que a glenóide proporciona na superfície articular da cabeça do úmero durante o arco de movimento. Uma vez que a lesão de Hill-Sachs ultrapasse esta trilha, um mecanismo de fulcro ocorre, gerando nova luxação e falha da cirurgia de Bankart. Como meio de avaliação da trilha da glenóide, foi proposto um estudo através de elementos finitos. O uso da tecnologia de elementos finitos permite uma representação das características biomecânicas das diversas estruturas que compõe o ombro. A construção criteriosa de um modelo biomecânico permite que realizar previsões sobre o que ocorre in vivo. Estudos em cadáveres e através de exames de imagem apresentam limitações para realizar esta comparação. Até o momento, nenhum estudo em elementos finitos foi utilizado para caracterizar a trilha da glenóide. A proposta deste estudo é caracterizar o conceito de trilha da glenóide em modelo tridimensional de ombro, utilizando a técnica de elementos finitos. Para a construção do modelo serão utilizados ressonância magnética e tomografia computadorizada de um voluntário. Estes dados serão representados por meio de elementos finitos. Cada estrutura do ombro componente do modelo terá incorporada a correspondente características do contato ósseo no decorrer do arco de movimento. Desta forma, serão previstas áreas de vulnerabilidade para ocorrência de encaixe da lesão de Hill-Sachs, e assim situações que promovam a falha da cirurgia de Bankart.
- Discente: JUAN PABLO ZUMARRAGA MONTANO (DO)
Orientador: Olavo Pires de Camargo
Projeto: FATORES DE PROGNÓSTICO DO MIXOFIBROSSARCOMA APENDICULAR. LINHA 3
Resumo: Atualmente sabe-se que o mixofibrossarcoma representa um dos sarcomas mais frequentes nos pacientes idosos, afeta principalmente da sexta ate a oitava décadas de vida, sendo extremadamente raro antes da segunda década. É definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um espectro de lesões fibroblasticas malignas com estroma mixoide variado, pleomorfismo e com um padrão vascular distintivamente curvilíneo.A maioria destes tumores aparecem nos membros (inferiores > superiores), são raros na cabeça, pescoço, mãos e pés. Pode também se originar no retroperitônio assim como na cavidade abdominal, sendo isto extremadamente incomum, já que estas lesões abdominais geralmente são lipossarcomas desdiferenciados com características de mixofibrossarcoma (Mixofibrossarcoma-like lesions).Caracteristicamente aparece como um tumor de crescimento lento e indolor. A recorrência local tem uma incidência de 50-60% sem ter relação direta com o grau histológico. Em contraste, a metástase junto com a mortalidade produzida pelo mixofibrossarcoma esta diretamente ligada ao grau histológico que apresente o tumor, chegando a uma incidência de 20-30% de metástase nos tumores de alto grau. Os lugares mais frequentes de metástase são pulmonar e óssea respectivamente, sendo que a metástase linfática não é significante. Sua incidência na população em relação ao sexo é maior entre os homens que nas mulheres. Para a realização do diagnóstico do mixofibrossarcoma, são necessários exames de imagem, laboratório e anatomopatológicos (realizado através da biopsia). Inicialmente, se realizam radiografias membro acometido. A tomografia computadorizada axial (TC) ajuda na avaliação do acometimento óssea se existir. Outro método de vital importância é a ressonância magnética já que mediante essa conseguimos ter uma avaliação real dos tecidos moles circundantes, assim como, o comprometimento das estruturas neuro-vasculares adjacentes. O estadiamento para a investigar possíveis metástases para outros lugares no corpo. É de vital importância, já que o pulmão geralmente é o primeiro órgão em apresentar metástase. O prognóstico dos pacientes diagnosticados com mixofibrossarcoma inicialmente depende do estádio da doença no momento do diagnostico. O índice de sobrevida da doença sem metástase é de 60-70% em 5 anos. Fontes bibliográficas reportam que a porcentagem de recorrência local e a probabilidade de metástase aumenta se a localização do tumor e profunda. Também encontramos que se a recorrência local se produz antes dos 12 meses após a cirurgia o prognostico de sobrevida diminui notavelmente. Desta forma, o intuito desta pesquisa é analisar os fatores de prognostico assim com o status oncológico dos pacientes, atendidos e tratados em nosso serviço, com diagnostico de mixofibrossarcoma, justificando assim a realização deste estudo para melhor entendermos a epidemiologia e o curso desta doença e, nosso meio Hospitalar. - Discente: KELLY CRISTINA STEFANI (DO)
Orientador: Túlio Diniz Fernandes
Projeto: ASSOCIAÇÃO DO POLIMORFISMO DO RECEPTOR P2X7 COM A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E FRATURAS MALEOLARES EM PACIENTES IDOSOS. LINHA 5
Resumo: As fraturas do tornozelo estão entre as lesões mais comuns tratadas por cirurgiões ortopédicos. Os idosos com fraturas do tornozelo formam um subgrupo de pacientes difícil de tratar devido a osteoporose. Trabalhamos na literatura atual apontam que a fratura de tornozelo idoso é a fratura mais precoce indicativa de osteoporose, precedendo as fraturas de punho, quadril e coluna. O impacto social e econômico é significante, visto que é o maior problema de saúde na população idosa levando a um custo elevado aos sistemas de saúde com alta morbidade e mortalidade. Uma mulher em duas e um homem em cinco acima de 50 anos de idade irá sofrer pelo menos uma fratura devido a osteoporose durante sua vida. Em todo o mundo estima-se que cerca de 9 milhões de fraturas osteoporóticas acontecem anualmente na Europa e nas Américas. O índice de complicações nesses pacientes é considerado alto, tanto no tratamento incruente como no cirúrgico. Entretanto as indicações para cirurgia são similares às de pacientes não idosos, e as fraturas instáveis do tornozelo certamente devem ser estabilizadas por meio da cirurgia. Os principais problemas com os idosos estão relacionados com a cicatrização das fraturas e a consolidação da fratura, além da possibilidade de desenvolvimento de outras fraturas osteoporóticas como: punho, quadril e coluna. A presença de osteoporose é fator preditivo de complicações, entretanto outros fatores podem ser associados como: tendência a quedas, aumento de peso e poli farmácia. A classificação de osteoporose é baseada na densitometria óssea proposta pela Organização Mundial de Saúde em 1994. A fixação dessas fraturas osteoporóticas tende a ser mais extensa, algumas vezes necessitando de fixação da sindesmose para estabilização complementar. Outras técnicas utilizadas no osso osteoporótico são recomendadas para muitos desses pacientes. Período prolongado de imobilização e restrição de carga também são aconselháveis, com regra prática de manter o paciente idoso em restrição total da carga pelo dobro do tempo de um paciente não idoso. O receptor P2X7 é descrito na literatura estar envolvido na fisiologia do metabolismo ósseo como pro-osteogênico. Assim, pretendemos examinar as associações entre variações genéticas no gene do receptor P2X7 densidade óssea e mineral (BMD). Analisaremos uma associação entre quatro polimorfismo não-sinônimo do receptor P2X7 humano e o risco de osteoporose. O objetivo deste estudo será determinar se a variação genética no gene do receptor P2X7 (P2RX7) está associada com a diminuição da densidade mineral óssea e risco de osteoporose em pacientes com fratura de tornozelo acima de 60 anos de idade. - Discente: LEANDRO LARA DO PRADO (DO)
Orientador: Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá
Projeto: PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI-SACCHAROMYCES CEREVISIAE (ASCA) E ANTI-CITOPLASMA DE NEUTRÓFILOS (ANCA) EM PORTADORES DE DOENÇA DE BEHÇET E DE ENTEROARTROPATIA DA DOENÇA DE CHRON. LINHA 6
Resumo: A Doença de Behçet (DB) é uma vasculite sistêmica de pequenos e grandes vasos, de etiopatogenia desconhecida, caracterizada por ulcerações orais e genitais, uveíte e lesões cutâneas, mas também pode afetar outros sistemas, incluindo o vascular, articular, gastrointestinal e neurológico. O diagnóstico da DB baseia-se em critérios clínicos, porém trata-se de um diagnóstico de exclusão, não havendo achados clínicos ou laboratoriais patognomônicos da doença. A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal que apresenta muitos sintomas comuns com a DB, como o acometimento intestinal, articular e cutâneo e está incluída em seu diagnóstico diferencial. A distinção entre estas patologias por vezes se mostra difícil devido à inexistência de marcadores sorológicos específicos, ficando na dependência de critérios clínicos. Vários anticorpos estão em estudo na DC, entre eles o anti-Saccaromyces cerevisae (ASCA) e o anticitoplasma de neutrófilos (ANCA), que também podem estar presentes na DB. Assim, estudaremos a prevalência destes anticorpos nos pacientes com tais patologias, visando avaliar o padrão sorológico de cada uma e a possibilidade de diagnóstico diferencial entre DB e DC, quando ambas apresentarem manifestações articulares. - Discente: LUCAS BUSNARDO RAMADAN (ME)
Orientador: Eduardo Angeli Malavolta
Projeto: ACURÁCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA PRÉ-OPERATÓRIA NO DIAGNÓSTICO DAS ROTURAS DO TENDÃO DO SUBESCAPULAR: ESTUDO PROSPECTIVO. LINHA 3
Resumo: As roturas do manguito rotador são frequentes na população. Entre os tendões acometidos, o subescapular tem recebido menor destaque na literatura ortopédica, apesar de lesões serem evidenciadas em até 40% das artroscopias. Estudos recentes demonstram baixa sensibilidade da ressonância magnética (RM) na detecção das roturas do tendão do subescapular, quando comparada aos valores reportados em revisões sistemáticas que avaliam conjuntamente todos os tendões do manguito rotador. Realizaremos um estudo prospectivo, avaliando a acurácia da RM na detecção das roturas do subescapular. Serão estudados 200 ombros a tratamento artroscópico devido a afecções do manguito rotador. As RM, realizadas em aparelho de 1,5 Tesla, serão avaliadas de maneira cega e independente por um radiologista e um ortopedista. O objetivo primário deste estudo é avaliar a acurácia da RM em identificar lesões do subescapular, comparando-a à inspeção artroscópica. Como objetivos secundários buscaremos fatores preditivos para a presença de roturas do subescapular. - Discente: MARINA TOMMASINI CARRARA DE SAMBUY (ME)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: TRATAMENTO DA MOLÉSTIA DE DUPUYTREN: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A FASCIECTOMIA SIMPLES E FASCIECTOMIA ASSOCIADA A INJEÇÃO DE TECIDO ADIPOSO RICO EM CÉLULAS. LINHA 1
Resumo: A Moléstia de Dupuytren é uma patologia genética progressiva caracterizada pela deposição de colágeno na fáscia palmar formando nódulos e cordas. Miofibroblastos fazem parte deste tecido contrátil causando deformidade em flexão dos dedos através de cordas que se aderem à derme (Tubiana E, 1968; Annet L, 2006; Gabbiani 1972; Bisson MA, 2003; Skoff, 2004). Novos estudos sobre a histologia patológica da Moléstia de Dupuytren e a ação dos miofibroblastos na contratura tecidual estão em voga a fim de desenvolver tratamentos que mudem a evolução natural da doença. Dentre estes, destacam-se a ação de TNF-b1, células-tronco derivadas de tecido mesenquimal células-tronco derivadas de tecido adiposo autólogo, nos fibroblastos (Gabbiani G, 1972; Verjee LS, 2010; Bisson MA, 2003. - Discente: MICHELLE REMIÃO UGOLINI LOPES (DO)
Orientador: Danieli Castro Oliveira de Andrade
Projeto: ASSINATURA DE INTERFERON TIPO I NA SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPEDE PRIMÁRIA. LINHA 6
Resumo: Avaliar a presença da assinatura de Interferon Tipo 1 em células mononucleadas de sangue periférico na Síndrome Antifosfolipede primária. - Discente: PATRICIA MORENO GRANGEIRO (DO)
Orientador: Roberto Guarniero
Projeto: O USO DA ANGIORESSONÂNCIA MAGNÉTICA COM GADOLÍNEO PARA AVALIAÇÃO DA ANATOMIA VASCULAR NA DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES. LINHA 3
Resumo: A doença de Legg-Calvé-Perthes (LCP) está associada com a interrupção do fluxo vascular para a epífise da cabeça femoral do quadril imaturo. Não se sabe qual a etiologia exata da doença nem o que predispõe a criança a ter um risco aumentado para apresentar essa isquemia. A possibilidade de um exame dê respostas em relação ao diagnóstico, prognóstico e orientação de tratamento é desejável com o objetivo final para a preservação da morfologia e da anatomia da cabeça femoral. Estudos angiográficos anteriormente demostram que a artéria circunflexa medial é a principal estrutura anatômica acometida nesta condição. A angioressonância magnética(ARM) é um exame minimamente invasivo sem punção arterial e sem exposição à radiação. No presente estudo descreveremos a técnica de ARM para avaliar a anatomia vascular e as suas alterações na região do quadril com a doença de LCP usando a AM com gadolíneo. Dez crianças de 5 a 14 anos com doença LCP unilateral (o quadril contralateral será avaliado comparativamente) pacientes do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo serão avaliados com AM com gadolíneo. O exame será reavaliado preferencialmente sem a necessidade de anestesia. - Discente: PAULO ALVIM BORGES (DO)
Orientador: Raphael Martus Marcon
Projeto: PADRONIZAÇÃO DE MODELO EXPERIMENTAL DE LESÃO DA MEDULA ESPINHAL E AVALIAÇÃO DE LESÃO NEUROLÓGICA EM CAMUNDONGOS. LINHA 1
Resumo: Com ratos tipos Wistar e demonstrou-se altamente confiável e reprodutível nos projetos A lesão da medula espinhal é um dos grandes desafios da medicina pois os tratamentos para essa patologia ainda não são satisfatórios. Pacientes vítimas de tais lesões trazem custos altos para a sociedade, tanto para seu tratamento na fase aguda quanto para sua integração na sociedade após a lesão. Ainda não encontramos na literatura uma linha de tratamento que apresente resultados expressivos para o tratamento da lesão da medula espinhal. Diversas intervenções e modelos animais foram exaustivamente estudados, sendo a pesquisa em laboratório ainda a base para o estudo dessa patologia. Para que isso seja factível é necessário um protocolo que reproduza de forma padronizada a lesão da medula espinhal. O modelo MASCIS impactor, desenvolvido na NY University em1992, foi amplamente utilizado no Laboratório de Estudos do Trauma Raquimedular e de Nervos (LETRAN) da Universidade de São Paulo de pesquisa realizados nos últimos 15 anos. O presente estudo visa a atualização do modelo deste laboratório para um modelo com utilização de camundongos. O novo modelo trará a possibilidade de mante as pesquisas com maior facilidade no manuseio dos animais e menor custo. - Discente: PEDRO ARAÚJO PETERSEN (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: CIFOSECTOMIA EM PACIENTES COM MIELOMENINGOCELE: UM ESTUDO PROSPECTIVO. LINHA 4
Resumo: A cifose lombar ocorre em cerca de 8% a 15% dos pacientes com mielomeningocele e representa uma deformidade complexa da coluna cuja correção para manutenção do alinhamento vertebral depende de tratamento cirúrgico. O objetivo deste estudo é a análise prospectiva dos resultados cirúrgicos e complicações obtidos após cifosectomia e artrodese toraco-lombo-sacra com a técnica de Dunn-McCarthy de fixação ao sacro combinada à fixação na coluna torácica utilizando-se parafusos pediculares. Serão selecionados os pacientes com mielomeningocele e cifose lombar operados consecutivamente pela equipe cirúrgica a partir de dezembro de 2011. As cirurgias são realizadas no hospital Abreu Sodré – AACD, no Instituto do Coração – INCOR, e no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas – IOT-HCFMUSP.
- Discente: PRISCILA ROSALBA DOMINGOS DE OLIVEIRA (DO)
Orientador: Ana Lúcia Lei Munhoz Lima
Projeto: ESTUDO PROSPECTIVO SOBRE A INCIDÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO APÓS FIXAÇÃO DE FRATURAS DE FÊMUR E TÍBIA COM HASTE INTRAMEDULAR. LINHA 3
Resumo: As fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia encontram-se em destaque no cenário da traumato-ortopedia, especialmente em nosso meio, devido a sua elevada incidência e alto impacto econômico e social. O uso da haste intramedular (HIM) permanece como o método de escolha para o tratamento destas fraturas, sejam fechadas ou expostas, principalmente por apresentarem técnica cirúrgica considerada simples, padronizada e reprodutível, por não causarem maior dano aos tecidos moles e por permitirem carga precoce. Embora menos frequentes que em relação a outros métodos de fixação interna de fraturas, complicações podem ocorrer no período pós-operatório relacionado ao uso de HIM, dentre estas, a ISC. Sua ocorrência representa um desafio para todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente. Poucos estudos avaliaram a incidência de ISC após a fixação de fraturas com HIM, sendo que nenhum estudo foi realizado em nosso meio. Este estudo tem como objetivos primários determinar a incidência de infecção do sítio cirúrgico após a implantação de hastes intramedulares para fixação de fraturas fechadas e expostas tipos Gustilo I, II e III de fêmur e tíbia atendidas no Instituto de Ortopedia e Traumatologia de São Paulo (IOT-HCFMUSP) e avaliar os fatores de risco relacionados à ocorrência deste tipo de infecção. O objetivo secundário é criar um banco de cepas que propicie futuros estudos microbiológicos relacionados a esta infecção. Trata-se de projeto de estudo prospectivo observacional do tipo coorte que prevê a inclusão de 217 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos com fraturas fechadas os expostas de fêmur ou tíbia tratadas com implantação de HIM. A busca dos casos de infecção relacionada à implantação de HIM será ativa e se dará pela combinação da avaliação presencial de todos pacientes e da revisão de seus prontuários. Será considerado caso com evolução para infecção o paciente que apresentar sinais e sintomas compatíveis com as definições de ISC. A avaliação dos potenciais fatores de risco se dará através de ficha própria. Para isto, serão avaliados fatores relacionados ao paciente, fatores relacionados ao ambiente cirúrgico e ato operário e fatores relacionados à microbiota. A estimativa de incidência de ISC relacionada à implantação de HIM será realizada com intervalo de 95% de confiança. A incidência desta infecção será descrita conforme cada fator qualitativo avaliado e será verificada a existência de associação da infecção com o fator através do uso de testes qui-quadrado e cálculo dos riscos relativos com os respectivos intervalos de 95% de confiança. As variáveis quantitativas serão comparadas segundo ocorrência da infecção com uso de testes Mann-Whitney ou t-student. Para os fatores que apresentarem nível de significância menor que 0,2 (p<0,2), será estimado o modelo de Poisson para verificar a relação conjunta dos fatores com a incidência da infecção estudada. - Discente: RAFAEL BARBAN SPOSETO (ME)
Orientador: Túlio Diniz Fernandes
Projeto: AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DO ARCO TRANSVERSO METATARSAL ATRAVÉS DO ESTUDO RADIOGRÁFICO AXIAL DO ANTEPÉ. LINHA 5
Resumo: Muitos autores atribuem qualquer discrepância relativa dos comprimentos dos metatarsais, como uma possível causa de distribuição inadequada da carga durante a marcha. Essa desigualdade de carga entre os metatarsais é o principal fator da sobrecarga das estruturas do antepé, e da metatarsalgia. Quando há indicação de tratamento cirúrgico a meta é estabelecer o realinhamento da fómula metatarsal. Porém, muitos cirurgiões após executarem a cirurgia exatamente como preconizada, ainda obtiveram uma taxa de 15 % de recidiva da metatarsalgia. Khurana e colaboradores sugerem que essa taxa de recidiva pode ser decorrente de um desalinhamento das cabeças dos metatarsais no plano coronal, arco transverso. Esse estudo tem como objetivo primário avaliar os padrões morfológicos do arco metatarsal transverso com carga através de exame radiológico em indivíduos com e sem matatarsalgia. Nossa hipótese é que haja m desalinhamento em flexão dos metatarsais sobre a área acometida ou em extensão dos metatarsais ajacentes. Casuística e Métodos: Selecionaremos 105 pacientes sem diagnóstico de metatarsalgia e 105 com diagnóstico. Os pacientes serão recrutados aleatoriamente no Pronto Socorro do IOT HC FMUSP e nos ambulatórios do IOT HCFMUSP, de modo a obtermos pacientes com metatarsalgia e pacientes controles, respeitando os critérios de inclusão e exclusão. Durante o recrutamento os pacientes serão orientados sobre o que consiste a pesquisa e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será explicado e aplicado. Uma avaliação clínica inicial será realizada, buscando queixas específicas plantares no antepé e deformidades proximais. Serão excluídos do estudo ondivíduos com deformidades no mediopé, retropé e tornozelo, pacientes com cirurgias ou fraturas prévias no pé, doenças reumatológicas e causas metatarsalgia secundária (tumor no antepé, doença de Frieberg, corpo estranho, infecção e neuroma de Morton não associado a distúrbio mecânicos), além de síndromes osteoneuromusculares. Serão incluídos pacientes a partir de 18 anos de idade, com o crescimento ósseo já concluído, sem restrições ao sexo ou raça. Os pacientes serão submetidos a duas radiografias: Radiografia axial do antepé com carga, ‘Metatarsal Skyline View’ (MSV), segundo protocolo preestabelecido, possibilitando a análise dos possíveis tipos morfológicos do arco transverso com carga. Radiografia anteroposterior dos pés com carga com o tubo do raio X. Os exames radiográficos serão avaliados por dois ortopedistas, com o intuito de determinar a correlação inter e intraobservador. A partir da obtenção dos tipos morfológicos, iremos avaliar quais são mais comuns no grupo com metatarsalgia e no grupo controle. Correlacionaremos o local da dor com as alterações radiográficas, assim como os tipos morfológicos no plano axial com o coronal. - Discente: RAQUEL BERNARDELLI IAMAGUCHI DA COSTA (DO)
Orientador: Teng Hsiang Wei
Projeto: ANÁLISE PROSPECTIVA DOS FATORES PREDITIVOS DE SUCESSO DOS RETALHOS MICROCIRÚRGICOS PARA MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES. LINHA 3
Resumo: Com avanços decorrentes da utilização das técnicas microcirúrgicas para cobertura cutâneas e tratamento de defeitos ósseos ou complexos, decorrentes de trauma ou tumores, os microcirurgiões revolucionaram o tratamento destas lesões. - Discente: SIMONE FARGETTI (DO)
Orientador: Eduardo Ferreira Borba Neto
Projeto: AVALIAÇÃO DA NEUROPATIA PERIFÉRICA NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. LINHA 1
Resumo: Objetivo primário: – caracterizar a neuropatia periférica atribuída exclusivamente ao LES em uma coorte de pacientes; Objetivos secundários: – correlacionar a sua presença com dados clínicos, laboratoriais e imunológicos; – avaliar a resposta ao tratamento e evolução clínica dos pacientes com neuropatia periférica. - Discente: THAIS QUEIROZ SANTOLIM (ME)
Orientador: Olavo Pires de Camargo
Projeto: CATETER CENTRAL PERIFÉRICO (CCIP): EXPERIÊNCIA NO IOT HC FMUSP. LINHA 3
Resumo: A utilização do PICC (Peripherally Inserted Central Catheter), na terapia intravenosa para a administração de drogas como quimioterapias e antibióticos já é bem estabelecida e cada vez mais difundida. A utilização crescente deste dispositivo incentivou o aprimoramento da técnica de inserção e do método de posicionamento da ponta do cateter. A incorporação da utilização do ultrassom durante a inserção do PICC trouxe um grande avanço, pois esta tecnologia possibilita a visualização da punção em tempo real, o que permite um procedimento mais seguro e eficaz. Aliado ao USG a grande novidade tecnológica para a inserção do PICC é o Sistema de Localização da Ponta. Atualmente a confirmação da ponta do cateter é feita através do RX de tórax, que demanda maior tempo para a confirmação, pois depende da disponibilidade do equipamento e posteriormente a análise de um profissional médico ou enfermeiro treinado. O Sistema proposto promove a localização da ponta do cateter em tempo real por meio da navegação magnética passiva e a atividade elétrica do paciente (alterações de onda P e aviso sonoro) confirmando a posição em junção cavoatrial. Esses dois sistemas estão presentes no mesmo display gráfico do aparelho de ultrassom, sendo assim o profissional tem a visualização do trajeto do cateter, através do eletrocardiograma e da imagem gráfica, e a confirmação imediata da localização da ponta, possibilitando ao término do procedimento, a imediata utilização segura do dispositivo, dispensando o RX de tórax para esta função. Estudos mostram que o mau posicionamento da ponta do PICC e demais Cateteres Centrais está associado a um significante aumento do risco de mau funcionamento do cateter, trombose venosa e até mesmo arritmias e disfunção da valva tricúspide. A utilização deste Sistema tem como objetivo diminuir os riscos causados pelo mau posicionamento da ponta e dispensar a utilização do RX. Outra desvantagem do RX em relação ao Sistema de Localização, é que como o primeiro é realizado somente ao final do procedimento, o cateter só pode ser reposicionado quando a ponta encontra-se abaixo da posição correta, gerando um novo procedimento e outro RX para nova confirmação. Quando se encontra acima da posição ideal, o mesmo não pode ser reposicionado devendo ser mantido nesta localização, aumentando assim os riscos descritos anteriormente. Além disso, a correta análise do RX depende da experiência do profissional e da qualidade e precisão da imagem. O presente estudo pretende comparar a localização da ponta do cateter em dois grupos de pacientes: o grupo 1 que será submetido a inserção do PICC com o método tradicional de medição pré-inserção que consiste em medir com o auxílio de uma fita métrica o comprimento a ser inserido, que vai do ponto de inserção selecionado para a punção até a ponta da clavícula direita, seguindo até o terceiro espaço intercostal. E o grupo 2 que será submetido a inserção do PICC, sem a medição prévia do comprimento do cateter, porém será utilizado o Sistema de Localização da Ponta. Todos os pacientes deverão ter indicação do PICC, de acordo com o protocolo Institucional. Em ambos os grupos será utilizada a técnica de inserção por micro introdução guiada por ultrassom, e realizado o RX de tórax para a análise da localização da ponta do dispositivo .A comparação da localização será através da análise do RX de tórax por um avaliador médico cardiologista. Esse avaliador não saberá a qual grupo cada paciente pertence. Será considerada como posição correta a junção cavoatrial. - Discente: VALÉRIA DE FALCO CAPARBO (DO)
Orientador: Rosa Maria Rodrigues Pereira
Projeto: AVALIAÇÃO DO PAPEL DA OSTEOCLASTOGÊNESE E ATIVAÇÃO DOS OSTEOCLASTOS EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE. LINHA 3
Resumo: Espondilite anquilosante (EA) é uma doença reumática crônico-inflamatória caracterizada por formação de osso novo que leva a desenvolvimento de sindesmófitos e subsequente anquilose vertebral. Concomitantemente, pacientes com EA apresentam massa óssea reduzida e pacientes com sindesmófitos possuem menor densidade óssea comparada com pacientes sem esta complicação. Esses achados reforçam a ideia de que a formação e perda óssea podem ocorrer em paralelo na EA e estar relacionadas ao desequilíbrio do sistema RANKL, RANKL e osteoprotegerina (OPG). Na EA existe uma forte associação entre as vias catabólica (RANKL) e anabólica (Wnt). Esta última é essencial para a proliferação e diferenciação de osteoblastos. Citocinas como TNF induzem DKK-1 e esclerostina, proteínas que atuaminibindo a via de sinalização Wnt. O bloqueio do DKK-1 e/ou esclerostina pode levar a redução no número de osteoclastos interferindo na reabsorção óssea e sugerindo que as vias anabólica e catabólica interagem com importante papel biológico. Molecularmente, a OPG é um componente chave do sistema RANK-RANKL e parece ser regulada pela via Wnt e vice-versa. Baseando-se no conhecimento de que osteoclastos desempenham um papel central na destruição osteo-articular em doenças inflamatórias, nós questionamos se variações na osteoclastogênese em pacientes com EA poderiam estar correlacionadas à presença, atividade ou gravidade da doença. Para tanto, propomos o estudo de células mononucleares do sangue periférico de pacientes com EA para analisar as características dos precursores dos osteoclastos, dos osteoclastos maduros, sua capacidade osteoclastogênica e correlacionar com aspectos clínicos da doença e densidade mineral óssea destes pacientes.
2017
- Discente: ADRIANO MARQUES DE ALMEIDA (DO)
Orientador: André Pedrinelli
Projeto: AVALIAÇÃO DO CONSUMO MÁXIMO DE ÓXIGÊNIO (VO 2MAX) E DA ECONOMIA DE CORRIDA (EC) EM PACIENTES SUBMETIDOS A RECOSNTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA). LINHA 5
Resumo: A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma lesão comum em atletas, especialmente em esportes que envolvam mudança de direção, desacelerações bruscas e movimentos rotacionais da articulação do joelho. Acomete atletas de todas as idades, e é responsável pelo afastamento de grande parte destes indivíduos da atividade esportiva. O tratamento cirúrgico é o tratamento de escolha em atletas, visando reconstruir o ligamento para estabilizar a articulação, o que é atingido em mais de 90% dos casos. O retorno ao esporte, principalmente competitivo, não depende do condicionamento físico do atleta, que pode ser avaliado pelo consumo máximo de oxigênio (VO2max). Surpreendentemente, pouquíssimos estudos avaliaram o consumo de oxigênio em pacientes com lesão do LCA. McHugh et al observaram que pacientes com lesão do LCA apresentavam maior consumo de oxigênio durante marcha e corrida, evidenciando maior gasto energético. A cirurgia de reconstrução do LCA reduz o custo energético da marcha, conforme demonstrado por colak et al. Entretanto, nenhum destes estudos avaliou a capacidade de consumo máximo de oxigênio nestes pacientes. O período de afastamento das atividades esportivas após a lesão e após a cirurgia seguramente afetam o condicionamento cardiorrespiratório. É papel da reabilitação assegurar que esta perda de condicionamento seja a menor possível, com exercícios e treinamento adequados às diversas fases de recuperação. O objetivo do presente estudo é avaliar o VO2max e economia de corrida em pacientes com lesão do LCA e comparar com os resultados pós-operatórios no momento da liberação do paciente para atividade esportiva e com os resultados de controles saudáveis. Serão avaliados pacientes do Grupo de Medicina do Esporte do HCFMUSP com lesão do LCA, idade entre 15 e 45 anos, de ambos os sexos. A avaliação será realizada no Laboratório de Estudos do Movimento do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. Critérios de inclusão: lesão do LCA não operada; Pós-operatório (Seis Meses) - Discente: CAMILO PARTEZANI HELITO (DO)
Orientador: Marco Kawamura Demange
Projeto: CORRELAÇÃO ANÁTOMO-RADIOLÓGICA DO LIGAMENTO ÂNTERO-LATERAL DO JOELHO. LINHA 3
Resumo: As lesões do ligamento cruzado (LCA) anterior estão entre as patologias mais frequentes encontradas na literatura ortopédica brasileira e mundial, com uma incidência aproximada de 200.000 reconstruções ao ano nos Estados Unidos. Inúmeros avanços já foram obtidos no seu tratamento, passando pela reconstrução extra articular, intra-articular por via aberta, intra-articular por via artroscópica isométrica e, mais recentemente, por técnicas de reconstrução anatômica, com discussões entre banda simples ou dupla. Recentemente, alguns autores propuseram que estruturas adjacentes à cápsula articular anterolateral, mais especificamente o ligamento anterolateral do joelho, poderiam estar envolvidas na gênese da instabilidade rotatória, uma vez que sua reconstrução não é contemplada nas reconstruções intra-articulares. Este ligamento foi dissecado em um estudo em cadáveres realizado no serviço de verificação de obtidos de capital e seus marcos anatômicos de origem e inserção, suas medidas e suas características histológicas foram estabelecidas. Uma vez comprovada sua existência na região Anterolateral do joelho como uma estrutura ligamentar e dado que o exame de ressonância magnética e o método de escolha para avaliação de estruturas ligamentares do joelho, vem a necessidade da correlação anatomo-radiológica para viabilizar possíveis diagnósticos por imagem dessa estrutura. O objetivo do presente estudo e correlacionar os pontos de referência anatômica do ligamento anterolateral do joelho nas dissecções em cadáveres e nos exames de ressonância magnética. - Discente: CÉSAR DE CÉSAR NETTO (DO)
Orientador: Túlio Diniz Fernandes
Projeto: JUNÇÃO ÓSTEO-TENDÍNEA: ESTUDO BIOMECÂNICO, HISTOLÓGICO E MOLECULAR EM COELHOS. LINHA 3
Resumo: Estudo experimental em coelhos, com objetivo geral de analisar a resistência biomecânica da junção osteo-tendíneo tendão calcâneo, após a sua desinserção e reinserção cirúrgica, comparando duas técnicas tradicionalmente utilizadas na prática ortopédica. Objetivos específicos: Estudar a resistência biomecânica da JOT em modelos animais em duas técnicas cirúrgicas distintas. Avaliar a expressão in situ da via BMP nas diferentes fases de cicatrização da JOT por meio da técnica de imuno-histoquimica. Avaliar a resistência da JOT por meio de ensaios mecânicos dinâmicos. Avaliar qualitativamente as JOTs por meio de estudo histológico. Avaliar a expressão in situ da via da BMP nas diferentes fases de cicatrização da JOT por meio da técnica de imuno-histoquímica. Avaliar os níveis de expressão genética das BMPs por meio da técnica de PCR em tempo real. - Discente: DÁRIO LUCAS COSTA DE MENDONÇA (ME)
Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme
Projeto: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS LUTADORES DE KENDO. LINHA 5
Resumo: Com aumento da expectativa de vida do idoso, surge o interesse no estudo da qualidade de vida para reconhecer populações saudáveis e indicar suas práticas como promoção da saúde. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, assim como a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte indicam a atividade física para melhorar a qualidade e expectativa de vida dos idosos. No entanto, poucos estudos têm estudado os efeitos da exposição das artes marciais na qualidade de vida. O Kendo é uma arte marcial japonesa originada a partir de técnicas de esgrima utilizadas pelos Samurais e sua prática não tem limite de idade. Frente às demandas nos aspectos físico, mental e social envolvidas nessa prática, espera-se que o lutador desenvolva uma boa qualidade de vida através do tempo. Portanto, este é um estudo descritivo exploratório do tipo observacional com delineamento transversal, tem como objetivo avaliar a qualidade de vida dos idosos lutadores de Kendo e para isso será utilizado o questionário WHOQOL-OLD em conjunto com o WHOQOL-BREF. Esses questionários são indicados pela Organização Mundial de Saúde e serão usados nas academias e nos eventos da Confederação Brasileira de Kendo e Federação Paulista de Kendo. Serão avaliados idosos lutadores de Kendo e o resultado comparado com um grupo controle composto por idosos de semelhantes comunidades, porém sem nenhuma exposição ao Kendo. A comparação das variáveis dependentes entre os grupos será realizada através da ANOVA e do teste pot-hoc de Tukey com nível de significância 0,05. - Discente: FABIO KAMAMOTO (DO)
Orientador: Ana Lucia Lei Munhoz Lima
Projeto: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O MÉTODO USP DE TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA E O SISTEMA V.A.C.® NO TRATAMENTO DE FERIDAS TRAUMÁTICAS. LINHA 3
Resumo: O tratamento das feridas complexas, sejam elas agudas ou crônicas, é um grande desafio para a medicina moderna (1). O conhecimento dos princípios de reparação é importante, e não há um tratamento padrão para todas as feridas (2,3). A terapia por pressão negativa tópica é hoje uma ferramenta valiosa no tratamento destas lesões. Os mecanismos de ação da TPN descritos são o controle exsudato, redução do edema intersticial peri-lesional, aumento do fluxo sanguíneo, estímulo a formação de tecido de granulação e contração da ferida. Por tratar-se de um sistema semi-fechado, submetido a aspiração contínua, a TPN promove a retirada desse excesso de exsudato e mantem o meio úmido favorável ao processo normal de cicatrização, com necessidade de troca menos frequente da que ocorre com curativos tradicionais. A pressão sub-atmosférica exercida sobre o leito da ferida transmite-se aos tecidos adjacentes, reduzindo deste modo o excesso de fluidos no espaço intersticial, promovendo melhora da oferta de metabólitos aos tecidos. Estudos mostraram que aplicando-se uma pressão de -125mmHg, houve um fluxo sanguíneo aumentado em 4 vezes na ferida. Portanto foi observado aumento da formação de tecido de granulação no leito submetido a aplicação de TPN tópica em 2009, foi patenteado pela agencia de inovações USP e pelo Hospital Universitário da USP um novo método para a aplicação de terapia por pressão negativa tópica. Esse novo curativo transmite a vácuo, com uma economia significativa em relação ao curativo V.A.C tradicional. O objetivo deste estudo é comparar a eficácia do curativo de pressão negativa USP com a terapia utilizando o curativo V.C.A da Kinetic Conceptsi nc. Este projeto tem a colaboração oficial da Dra Catherine Lynch da Duke University. Tem vasta experiência em pesquisa em urgência/emergência, saúde global com ênfase em doenças não transmissíveis, em especial injurias e atendimentos de emergência. - Discente: GABRIEL ERROL MENDIZABAL MENDOZA (ME)
Orientador: Marco Kawamura Demange
Projeto: AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL EM COELHOS DO POSICIONAMENTO DO ENXERTO DO TRANSPLANTE AUTÓLOGO OSTEOCONDRAL EM DIFERENTES PROFUNDIDADES. LINHA 2
Resumo: Introdução e Objetivo: A mosaicoplastia é uma técnica que vem se tornando cada vez mais popular para o tratamento das lesões condrais. Atualmente já sabemos que o posicionamento perfeito do cilindro, com relação a profundidade da cartilagem ao seu redor, reestabelece a pressão de contato local. Porém, nem sempre conseguimos esta profundidade adequada do enxerto e estudos já mostraram o aumento de pressão local causado por tais imperfeições. O objetivo do presente trabalho é realizar um estudo experimental com coelhos para avaliar as consequências histológicas destas incompatibilidades de profundidade entre o enxerto osteocondral. Material e Métodos: Trata-se de um trabalho experimental controlado em coelhos para avaliar as alterações histológicas causadas pelas incompatibilidades de profundidade entre o enxerto osteocondral e a cartilagem ao seu redor na mosaicoplastia. Os animais, 20 coelhos, serão submetidos a um procedimento cirúrgico para criação de defeito osteocondral total de 3mm de diâmetro por 5mm de profundidade em côndilo femoral medial em ambos os joelhos. Após a criação do defeito osteocondral o mesmo será randomizado entre 2 grupos: 1- Grupo 1 (10 coelhos). Joelho A: Preenchimento do defeito com cilíndro osteocondral retirado do joelho contralateral, deixando o mesmo saliente 1mm. Joelho B: Preenchimento do defeito com cilíndro osteocondral retirado do joelho contraleral, deixando o mesmo perfeitamente alinhado com a cartilagem ao redor.2 Grupo 2 (10 coelhos). Joelho A: Preenchimento do defeito com cilíndro osteocondral retirado do joelho contralateral, deixando o osteocondral retirado do joelho contralateral, deixando o mesmo perfeitamente alinhado com a cartilagem ao redor. Após 12 semanas do procedimento cirúrgico os animais serão sacrificados e o fêmur distal e tíbia proximal serão coletados para análise da cartilagem por meio de avaliação macroscópica, histológica e +radiográfica para análise da regeneração e do aspecto do osso adjacente. - Discente: ISANIO VASCONCELOS MESQUITA (DO)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: ESTUDO EXPERIMENTAL COMPARATIVO ENTRE ENXERTO DE NERVO CONVENCIONAL E ENXERTO DE NERVO CRIOPRESERVADO. LINHA 2
Resumo: A reparação das lesões de nervos periféricos nas quais a sutura direta não é viável ainda apresenta resultados variáveis. O tratamento mais utilizado é a auto enxertia de nervos, com sacrifício de um nervo de outra região. Este procedimento, entretanto, tem pontos negativos como perda de sensibilidade na região, limitação da extensão do material doador, além de uma relativa incompatibilidade entre os diâmetros dos nervos lesado e doador. O objetivo deste estudo é realizar avaliações morfológicas, histomorfométricas, eletrofisiológicas e funcionais que permitam comparar o resultado final de enxertos autógenos convencionais versus criopreservados de nervos ciáticos de ratos, após 14 dias e após 50 dias. Serão utilizados 20 ratos da espécie Wistar de peso e idades aproximadamente iguais, divididos em 4 grupos de 05 animais. Os grupos 1 e 3 servirão de controle respectivamente para os grupos 2 e 4, utilizando enxertia de nervo convencional sem criopreservação, por 14 dias (grupo 1) e 50 dias (grupo 3). O grupo 2 utilizará enxertia de nervo criopreservado em solução de Celsior® a -40º C por 14 dias, enquanto o grupo 4 será submetido à criopreservação por 50 dias. Serão realizadas análises de potenciais evocados, análises histomorfométricas e análises funcionais da marcha dos animais em diversos momentos: antes da retirada do enxerto, imediatamente após a criopreservação e após a realização da enxertia, neste caso quinzenalmente até que sejam completados 60 dias de pós-operatório. As análises microscópicas observarão a contagem de células inflamatórias neurais (macrófagos e leucócitos), fibroblastos, deposição de colágeno, neovascularização, presença de necrose e contagem de células de Schwann. As análises funcionais utilizarão uma aparelhagem própria para estudo da marcha em pequenos animais de experimentação, denominada “Catwalk”, que fornece gráficos representativos da marcha, com avaliações do índice funcional do nervo ciático e da pressão em relação à pata contralateral do animal. O estudo pode representar um passo importante em direção à criação de um banco de nervos, capaz de modificar o tratamento das lesões nervosas mais extensas. - Discente: LUANA GERHEIM MACHADO (DO)
Orientador: Rosa Maria Rodrigues Pereira
Projeto: INCIDÊNCIA DE FRATURAS VERTEBRAIS E FRATURAS NÃO VERTEBRAIS EM UMA POPULAÇÃO DE INDIVÍDUOS DE 65 ANOS OU MAIS: ASSOCIAÇÃO COM CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE ESCLEROSTINA. LINHA 4
Resumo: O papel protetor da obesidade sobre a saúde óssea tem sido questionado, uma vez que a gordura visceral apresenta um efeito deletério sobre o osso. No entanto, até o momento, existem poucos estudos que avaliaram a associação entre a gordura visceral com o risco de fraturas. O objetivo desse estudo é investigar a associação entre a gordura visceral medida por absorciometria por dupla energia de raios X (DXA) com a inci dência de fraturas vertebrais e não vertebrais em idosos da comunidade após um tempo médio de seguimento de 4,3 anos. Trata-se de estudo de coorte longitudinal prospectivo de base populacional que pretende avaliar os dados clínicos, laboratoriais, densitométricos e radiográficos de 707 indivíduos idosos com 65 anos ou mais, já coletados em estudo anterior. - Discente: LUCAS FARIA ABRAHÃO MACHADO (DO)
Orientador: Olavo Pires de Camargo
Projeto: PESQUISA DE NOVOS BIOMARCADORES EM TUMORES DA FAMÍLIA EWING ÓSSEOS E EXTRA-ÓSSEOS. LINHA 3
Resumo: Os tumores da família Ewing ( TFE) compreendem um espctro de neoplasias de céllas neuroectodérmicas primitivas de comportamento biológico bastante agressivo, prognóstico reservado e resultados terapêuticos pobres. A maioria destes tumores é causada pela translocação entre os cromossomos 11 e 22, que fusionam o gene EWS com o gene FLI1. Embora se apresentem mais comumente nos ossos de crianças e adolescentes, os TFE em indivíduos mais velhos, são mais frequentes em partes moles. Os pacientes com TFE são atualmente subdivididos por estágio da doença, em não-metastáticos e recorrentes e, em cada grupo, tratados da mesma forma. Entretanto, muitos TFE se comportam de forma imprevisível e esta subdivisão nem sempre está correlacionada aos resultados clínicos, sendo importante, portanto, tentar separar os pacientes de alto risco dos pacientes de baixo risco, além de tentar detectar metástases precoces e resistência à quimioterapia. Muitos fatores prognósticos podem identificar os pacientes de maior risco e aqueles que podem exigir intervensões terapêuticas diferentes. Além das características fenotípicas, biomarcadores quantitativos podem ter valor prognóstico, ajudando a identificar os tumores mais agressivos. Na atual era das terapias individualizadas e da medicina personalizada, busca por novos biomarcadores torna-se crucial e ainda há um grande número de anticorpos que nunca foram estudados em TFE. Além da importância para avaliação de prognóstico e risco, estes novos biomarcadores podem ser a chave para futuras terapias-alvo especificadas. Neste estudo selecionamos alguns dos mais novos marcadores a serem testados emTFE e também pretendemos identificar as possíveis diferenças de comportamento biológico ou o de características histopatalógicas entre os TFE ósseos e os de partes moles. Serão utilizados tissue microarrays ( TMA) com amostras de 99 TFE diagnosticados entre 2001 e 2014. Os TMAs serão submetidos a imuno-histoquímica com os anticorpos IDH1, OCT4, P16, EGFR, VEGFs, Ciclina D1, p53, USP22, STAG2, MCTs, CD147, RKIP e MTAP e seus resultados analisados em relação aos seguintes dados clínicos: gênero, idade no diagnóstico, tipo histológico, presença de metástase, grupos de risco e topografia.
- Discente: LUCIANO RUIZ TORRES (ME)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: ESTUDO CRÍTICO DA APLICAÇÃO DA ESCALA MESS COMO ÍNDICE PARA AMPUTAÇÃO PRIMÁRIA VERSUS RECONSTRUÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES GRAVEMENTE LESADOS. LINHA 5
Resumo: A escala MESS (Mangled Extremity Severity Score) foi descrita por Johansen em 1990, após estudo retrospectivo e prospectivo de membros inferiores gravemente lesados. O índice é baseado em critérios clínicos com o objetivo preditivo em relação a preservação ou a amputação primária do membro. Outros estudos subseqüentes com o uso desse índice não revelaram a mesma acurácia proposta, quando realizado em outros centros, especialmente no que se refere a sensibilidade do método (Robertson 1991, Bonnani 1993, Durham 1996). Embora inicialmente empregada exclusivamente aos traumas com fratura exposta associada à lesão vascular, tipo Gustillo III C (Gustillo 1980), teve seu ampliado para lesões graves com membro perfundido. Este incremento talvez tenha levado a diferentes interpretações dos seus critérios, especialmente no subgrupo de isquemia, o que acarreta a crítica comum do índice ser demasiado subjetivo e examinador dependente. Devido a controvérsia em relação a sensibilidade e a especificidade do método, o objetivo do trabalho é avaliar o valor preditivo da escala MESS na preservação ou amputação primária dos membros inferiores gravemente lesados. O estudo será prospectivo e inclui todos os pacientes que apresentem grave lesão nos membros inferiores atendidos no Pronto Socorro do IOT HC FMUSP. Estão excluídos pacientes não deambuladores prévios e pacientes sem a documentação dos dados iniciais do Trauma. Os dados da Escala MESS serão coletados com base na descrição da avaliação inicial do paciente politraumatizado na ficha de Pronto Socorro descrita pelo Cirurgião do Trauma de acordo com as normas ATLS. A escala avalia quatro critérios objetivos. O primeiro destes, lesão tecidos moles e esquelética com variação de um a quatro pontos de acordo com a energia do trauma. O segundo critério avaliado é isquemia do membro. A pontuação varia de um a três devendo ser dobrada de valor se tempo de isquemia ultrapassar período de seis horas. Choque é o terceiro critério variando de zero a dois pontos para hipotensão persistente. Último critério, idade variando de zero a dois pontos com intervalos delimitados por trinta e cinquenta anos. De acordo com o estudo inicial resultado acima de sete prediz amputação primária com cem por cento de acurácia. O período mínimo de seguimento até a coleta dos dados membro reconstruído será de dois anos, este prazo estará sujeito a alteração dependendo da quantidade dos pacientes incluídos que já tenham completado a reconstrução esquelética do membro afetado. A avaliação funcional dos membros reconstruídos se dará com base no Functional Independence Measure e no Pain Disability Index. Ao final da avaliação com os dados computados a escala MESS será avaliada quanto a sensibilidade e especificidade em predizer o sucesso funcional do membro reconstruído. - Discente: MARIANA GIOIELLI WAISBERG (DO)
Orientador: Clóvis Artur Almeida da Silva
Projeto: AVALIAÇÃO DE INFECÇÕES GENITAIS EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE SUBMETIDAS À TERAPIA ANTI-TNF. LINHA 6
Resumo: Objetivos: 1. Avaliar prospectivamente as alterações colpocitológicas e a presença de infecção pelo HPV e CT em pacientes com AR submetidas à terapia anti-TNF alfa. 2. Avaliar possíveis associações entre displasia, neoplasia cérvico-vaginal e infecção por HPV e CT com: dados demográficos, parâmetros clínicos, níveis hormonais séricos e uso de medicamentos em pacientes com AR submetidas a agentes biológicos. - Discente: NATALI WENIGER SPELLING GORMEZANO (DO)
Orientador: Clóvis Artur Almeida da Silva
Projeto: DIFERENÇAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS INICIAIS ENTRE PACIENTES COM LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO JUVENIL VERSUS ADULTO. LINHA 3
Resumo: Introdução: A ausência de pesquisa avaliando as diferenças clínicas e laboratoriais iniciais entre pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e de adultos (LESa), em uma expressiva população de lúpus de um único hospital universitário, estimulou a realização deste relevante estudo multicêntrico. Objetivos: Avaliar as diferenças clínicas e laboratoriais iniciais entre pacientes em pacientes com LESJ e LESa. Verificar as diferenças entre o novo critério de classificação para o diagnóstico de LES nas populações pediátrica e adulta. Métodos: A população do estudo incluirá amostras de conveniências de pacientes com LESJ e LESa acompanhado em dois serviços de Reumatologia do Hospital das Clinicas da FMUSP, desde o início da criação de cada um dos serviços. O diagnóstico será realizado de acordo com os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia, com início da doença antes dos 18 anos de idade para o LESJ. O estudo é uma coorte histórica, com uma análise retrospectiva através da revisão de todos os prontuários de pacientes com LESJ e LESa, segundo um protocolo clínico padronizado composto por itens que abordam dados demográficos, manifestações clínicas raras e características clínico-laboratoriais, atividade e dano cumulativo da doença e tratamento nos pacientes. Essas informações serão coletadas em um extenso banco de dados. Um registro dos seguintes tumores será também realizado: leucemias, linfomas, neuroblastoma, câncer do colo uterino, câncer de pulmão e câncer de mama. Os resultados serão apresentados como mediana (variação) ou média desvio padrão para variáveis contínuas e número (%) para variáveis categóricas. Os dados serão comparados utilizando-se o teste t e teste de Mann Whitney para as variáveis contínuas para avaliar diferenças clínicas e laboratoriais iniciais entre pacientes com LESJ e LESa. Para variáveis categóricas as diferenças serão avaliadas através do teste do qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. Em todos os testes estatísticos o nível de significância da variável independente será estabelecido em 5% (p <0,05).
- Discente: PEDRO AUGUSTO PONTIN (DO)
Orientador: Alexandre Leme Godoy dos Santos
Projeto: ANÁLISE DO POLIMORFISMO DOS RECEPTORES DE ESTRÓGENO ALFA (RE1) E BETA (RE2) NA FISIOPATOGENIA DA INSUFICIÊNCIA DO TENDÃO TIBIAL POSTERIOR NO GÊNERO FEMININO. LINHA 3
Resumo: O tendão tibial posterior (TTP) é uma estrutura fundamental para o adequado desempenho mecânico do deslocamento humano. A tendinopatia do tendão tibial posterior é reconhecida como o principal fator etiológico do pé plano adquirido do adulto. É três vezes mais frequente no gênero feminino, apresenta pico de incidência aos 55 anos de idade e é mais comum em caucasianos, obesos, diabéticos, reumáticos e pacientes hipertensos. Muitos fatores de risco, como o impacto no túnel osteofibroso retromaleolar, alterações insercionais, área hipovascularizada do tendão e pé plano congênito, foram propostas na literatura. No entanto, muitos pacientes desenvolvem a insuficiência do tendão tibial posterior na ausência desses fatores de risco e dessas condições sistêmicas. Isso sugere que pode haver uma influência de indivíduos mais propensos a essa tendinopatia. Algumas investigações acerca da relação dos níveis hormonais, principalmente dos hormônios estrógeno e progesterona, com o sistema músculo-esquelético já foram publicadas. Os receptores de estrógeno (RE) são receptores nucleares hormonais. Os RE são proteínas que se localizam no citoplasma celular, que, após se unirem ao Estrógeno (ligante), passam por difusão para o núcleo celular. Dessa forma, estabelecem uma interação nuclear direta com o DNA, e promovem a transcrição dos genes. Devido à comprovada ação dos hormonios sexuais – estrógeno e progesterona – sobre os tendões em geral, faz-se necessário investigar o papel dos RE na degeneração do tendão tibial posterior, bem como a identificação dos padrões genéticos nesses pacientes. A determinação do padrão genético em pacientes com disfunção do tibial posterior permitirá a identificação precoce de indivíduos com maior risco de desenvolver esta doença. Assim, os marcadores genéticos serão identificados, contribuindo para estratégias apropriadas para a prevenção e tratamento. O objetivo deste trabalho é investigar a associação de polimorfismos dos genes protomotores dos receptores de estrógenos alfa (RE1) e beta (RE2) e a tendinopatia primária do tibial posterior, em mulheres, durante o período perimenopausal. - Discente: VALQUIRIA GARCIA DINIS (DO)
Orientador: Ana Cristina de Medeiros Ribeiro
Projeto: ESTUDO COMPARATIVO DO EFEITO DO ABATACEPTE VERSUS MEDICAÇÃO ANTI-TNF SOBRE AS IMUNOGLOBULINAS E ASSOCIAÇÃO COM EVENTOS INFECCIOSOS EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE. LINHA 6
Resumo: Introdução: Recentemente, foi descrita a ação do abatacepte (ABA) na redução nos níveis de imunoglobulinas (Ig) plasmáticas em pacientes com Artrite Reumatoide (AR). No entanto, a possível associação destes resultados com infecções não foi avaliada até o presente momento. Objetivos: Comparar os níveis totais de Igs e suas frações (IgG, IgM, IgA, kappa e lambda) em pacientes com AR em uso de ABA vs. agentes anti-TNF semestralmente, durante 24 meses de uso, e correlacioná-los com a presença de infecções. Método: Dezoito pacientes consecutivos com AR tratados abatacepte (ABA-AR) foram comparados com 18 pacientes com AR tratados com anti-TNF (aTNF-AR). Dados clínicos, laboratoriais e dosagens de imunoglobulinas total e suas frações (IgG, IgM, IgA, kappa e lambda) foram obtidos a cada 6 meses até o tempo total de 24 meses. Foi feito screening sistemático para presença de infecções. Os critérios de exclusão foram: uso prévio de abatacepte/rituximabe e hipogamablobulinemia (<0,7g/dL). - Discente: WILLIAM GEMIO JACOBSEN TEIXEIRA (DO)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: ESTUDO DO EFEITO DO FATOR ESTIMULADOR DE COLÔNIA DE GRANULÓCITOS ASSOCIADO A METILPREDINISOLONA NA LESÃO MEDULAR AGUDA EXPERIMENTAL EM RATOS. LINHA 1
Resumo: Nas últimas décadas, várias pesquisas foram realizadas na tentativa de obter-se um tratamento mais efetivo para a lesão medular espinal. Todas essas pesquisas envolvem basicamente quatro formas de abordagem do paciente com lesão medular aguda, a cirúrgica, a por meios físicos, a biológica e a farmacológica. Dentre os métodos de tratamento farmacológico, os corticoesteróides estão protocolados para uso clínico em humanos. A metilpredsolona, em ensaios clínicos randomizados, prospectivos, duplo-cegos, tem comprovação clínica de sua eficácia. Além da ação anti-inflamatória, atua no aumento do fluxo sanguíneo, na estabilização da membrana celular e na inibição da perocidação lipídica, com consequente diminuição da formação de radicais livres. O fator estimulador de colônia de granulócitos é uma glicoproteína mais conhecida pelo seu papel como fator estimulador de crescimento para células progenitoras hematopoiéticas. Estudos demonstram que o G-CSF também tem funções não hematopoiéticas. Estudos demonstram que o G-CSF também tem funções não hematopiéticas e podem aumentar a regeneração tecidual de diversos órgãos como o cérebro, coração e medula espinal. Na fase aguda do traumatismo raquimedular, mobiliza células derivadas da medula óssea para a medula espinal lesionada, onde diretamente suprime a apoptose neural, suprime a morte de oligodendócitos, protege amielina e suprime a expressão de citocinas inflamatórias como TNF-alfa e IL-1 beta. Na fase aguda, estimula a angiogênese após o traumatismo raquimedular. Este estudo tem como objetivo avaliar, em um modelo experimental padronizado de ratos submetidos àlesão medular aguda, o efeito combinado do fator estimular de colônia de granulócitos ao uso de metilprednisolona com relação ao resultado de recuperação funcional, neurofisiológico e anatomopatológico. Utilizaremos 40 ratos wistar que serão separados aleatoriamente (por sorteio) e formaram quatro grupos de dez animais cada. Os animais serão mantidos vivos por 35 dias. A avaliação da recuperação funcional neurofisiológica por potencial evocado somato-sensitivo e motor será realizado no dia 35. A avaliação histológica da área de lesão medular será realizada no dia 35. A avaliação histológica da área de lesão medular será realizada após eutanásia, no dia 35, após ressecção da medula espinal dos animais.
2016
- Discente: BETINA BREMER HINCKEL (DO)
Orientador: Gilberto Luis Camanho
Projeto: ESTUDO ANATÔMICO, RADIOGRÁFICO E BIOMECÂNICO DOS LIGAMENTOS MEDIAIS DO JOELHO RESTRITORES DA TRANSLAÇÃO PATELAR: LIGAMENTO PATELOFEMORAL MEDIAL, LIGAMENTO PATELOTIBIAL MEDIAL E LIGAMENTO PATELOMENISCAL MEDIAL. LINHA 3
Resumo: A luxação lateral da patela é responsável por 2-3% de todas a lesões do joelho e a segunda maior causa de hemartrose. É mais comum em atletas adolescentes e adultos jovens. A estabilidade da articulação femoropatelar é mantida por uma complexa interação entre estabilizadores ativos, passivos e estáticos representados principalmente pelo músculo quadriceps, retinácula, ligamentos mediais e a geometria articular. Os ligamentos mediais responsáveis pela manutenção da estabilidade da articulação patelofemoral são: ligamento patelofemoral medial, ligamento patelotibial medial e ligamento patelomeniscal medial. Existem muitos estudos sobre o ligamento patelofemoral medial e suas características anatômicas e biomecânicas, no entanto pouco se conhece sobre os ligamentos patelotibial medial (LPTM) e patelomeniscal medial (LPMM). O tratamento cirúrgico tem mostrado bons resultados frente ao conservador, principalmente quando estão presentes fatores de risco. Mesmo com o tratamento cirúrgico, segundo a metanálise de Shah et al, em 26,1 % dos pacientes apresentam ao menos alguma complicação cirúrgica, sendo destas, 32% subluxação da patela. Nossa hipótese é de esta subluxação pode se decorrente de afrouxamento progressivo por um estresse aumentado no LPFM reconstruído. A reconstrução de um dos ligamentos restritores secundários (LPTM ou LPMM), poderia diminuir o estresse no LPFM e melhorar os resultados funcionais. Há algumas descrições de séries de caso de reconstruções do LPFM conjunta com LPTM com bons resultados. Essas reconstruções utilizam os tendões flexores com a manutenção de sua inserção tibial, que não coincide com a inserção do LPTM. Na busca de uma reconstrução anatômica é necessário que os pontos de sua origem e inserção sejam bem definidos; e seus parâmetros radiográficos são importantes para a realização de técnicas menos invasivas. Durante a reconstrução de ligamentos não isométricos a tensão sobre o enxerto é aplicada nos graus de flexão em que o ligamento se mantem mais isométrico, assim a reconstrução se mantem eficiente durante uma porção do arco de movimento. Cada ligamento possui características próprias que dependem da composição de suas fibras e da arquitetura destas. Por isso os resultados biomecânicos específicos para cada ligamento devem ser estudados. O conhecimento dessas propriedades biomecânicas é fundamental para o entendimento das lesões e instabilidades resultantes destas, bem como para a restauração da estabilidade através de reconstruções ligamentares. Para avaliar qual o melhor enxerto para a reconstruções é preciso conhecer quais as propriedades de resistência a tensão suportadas pelo ligamento estudado e pelos enxertos disponíveis. Assim, o objetivo desse estudo é avaliar a isometricidade, parâmetros radiográficos de identificação da origem e inserção e resistência a tensão dos LPTM e LPMM com a finalidade de entender as características anatômicas e biomecânicas necessárias para a reconstrução anatômica dos LPTM e LPMM. - Discente: JOSÉ LUIS AMIM ZABEU (DO)
Orientador: Ana Lucia Lei Munhoz Lima
Projeto: SONICAÇÃO COMO MÉTODO PARA OTIMIZAR DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO DE INFECÇÃO EM ARTROPLASTIA DE MEMBROS INFERIORES. LINHA 2
Resumo: A incidência mundial de infecção em cirurgias de artroplastia de joelho e quadril é estimada entre 0,3 e 1,9%, chegando, em alguns estudos, em até 5% dos casos. A relevância de estudos sobre essa questão está no crescente número deste tipo de procedimento em todo o mundo e o consequente aumento no número de casos infectados. Em 2006 foram realizados em torno de 800 mil cirurgias de artroplastia de joelho e quadril nos Estados Unidos, o que significa entre oito e 15 mil pacientes afetados por infecção em sua cirurgia, apenas naquele pai, sem contar os casos endopróteses. Em porcentagem significativa de casos não se obtêm evidências do agente etiológico causador da infecção, o que compromete a escolha do tipo e da duração da antibioticoterapia adjuvante. Os casos de cultura negativa representam 7 a 35% dos casos. O diagnóstico de uma artroplastia infectada é considerado difícil, pela variabilidade de sintomas possíveis e pela falta de exames específicos que comprovem o diagnóstico. No intraoperatório, a análise microbiológica e citológica do líquido sinovial, p exame anatomopatológico de tecido periarticular acometido, buscando presença de neutrófilos, e a cultura do líquido e de fragmentos ósseos ou de partes moles em planos profundos fazem parte dos protocolos de busca e confirmação de infecção. Entre os desafios que se apresentam no diagnóstico e definição, de uma comunidade estruturada de bactéria imersas em mátria polimérica produzida pelos próprios microrganismos e aderido a superfícies vivas ou inertes. O biofilme está presente em mais de 65% de qualquer infecção bacteriana estando associado à perda de qualidade de vida e á mortalidade. A dificuldade de erradicar o biofilme se dá pelo fato das bactérias imersas em sua matriz estarem protegidas das defesas do organismo e da ação de agentes antimicrobianos. Por outro lado, pelo fato de abrigar grande quantidade de bactérias, e, presumidamente, serem bactérias relacionadas ao quadro infeccioso, a possibilidade de se quebrar o biofilme, através da sonicação, pode permitir a identificação mais fácil do microorganismo, através da cultura do líquido ao redor da peça submetida ao método. A sonicação é um método físico que envolve a aplicação de ultrassom visando a quebra de interações intermoleculares. A cultura do líquido em contato com o biofilme quebrado, em tese, pode gerar melhor acuidade na pesquisa do fator etiológico de uma infecção periprotética. O presente estudo tem como objetivo determinar a acurácia da técnica de sonicação no diagnóstico microbiológico de infecção em próteses e endroprótese dos membros inferiores em comparação ao diagnóstico convencional por meio de cultura de material ósseo. Este estudo analisará a efetividade e a viabilidade técnica do uso, em nosso meio, da sonicação como método adjuvante no diagnóstico etiológico de artroplastia infectadas. - Discente: LEANDRO EJNISMAN (DO)
Orientador: Alberto Tesconi Croci
Projeto: ESTUDO HISTOMORFOMÉTRICO DA LESÃO DO LÁBIO ACETABULAR E CARTILAGEM ARTICULAR DO QUADRIL EM RELAÇÃO COM O ÂNGULO ALPHA FEMORAL E O IMPACTO FÊMORO-ACETABULAR. LINHA 2
Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo é investigar a relação do ângulo alpha femoral com a lesão do lábio acetabular e a degeneração da cartilagem articular acetabular. Material e métodos: Serão dissecados 20 cadáveres no SVOC. Na dissecção serão ressecados a cabeça femoral e a borda óssea acetabular juntamente com o lábio. A cabeça femoral será submetida a radiografia na qual será mensurado o ângulo alfa. A peça acetabular será submetida a avaliação anatomopatológica onde será avaliado a presença de lesão do lábio acetabular e o grau de degeneração da cartilagem articular. Resultados Esperados: Esperamos definir se o aumento do ângulo alfa femoral relaciona-se à lesão do lábio e cartilagem acetabular. - Discente: LEONARDO MUNTADA CAVINATTO (DO)
Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto
Projeto: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA, TOMOGRÁFICA E HISTOMORFOMÉTRICA COMPARATIVA ENTRE OS REPAROS DAS LESÕES AGUDA E CRÔNICA DO MANGUITO ROTADOR APÓS QUATRO E OITO SEMANAS. ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS. LINHA 2
Resumo: O reparo do manguito rotador é um procedimento amplamente realizado dentro da cirurgia do ombro, dada a alta prevalência desse tipo de lesão na população. Independentemente da via de acesso utilizada, o procedimento consiste na reinserção do manguito rotador ao seu leito. Apesar dos resultados clínicos serem altamente satisfatórios (sucesso em torno de 85%), estudos utilizando-se de ultrassonografia e ressonância magnética demonstram uma taxa de re-rotura após a cirurgia de 20 a 84%, especialmente quando o reparo é realizado em lesões crônicas. Foi desenvolvido recentemente (2009) um modelo animal em ratos para o estudo das lesões crônicas do manguito rotador. Não há na literatura nenhum trabalho satisfatório que estude as características estruturais, histológicas e biomecânicas no reparo de lesões crônicas do manguito rotador em um modelo animal validado. O presente estudo se propõe a analisar o efeito da degeneração muscular na cicatrização do manguito rotador em um modelo animal com ratos, ao se comparar o reparo do manguito após oito e dezesseis semanas após a lesão como o reparo de uma lesão aguda. Tal estudo se propõe a ser o primeiro estudo em lesões crônicas do manguito rotador com um modelo animal validado. Especificamente, irá comparar as características histológicas, morfométricas e biomecânicas dos reparos de lesões agudas com reparos de lesões crônicas. Com tal estudo poderão ainda se destacados fatores prognósticos para a cicatrização do tendão em seu leito no osso assim como ser estudada a possibilidade de regeneração muscular nas lesões crônicas do manguito rotador, ainda mal definido na literatura. - Discente: MATEUS SAITO (DO)
Orientador: Marcelo Rosa de Rezende
Projeto: CORRELAÇÃO ENTRE O DESENHO E A PATÊNCIA DA ALÇA VASCULAR ARTÉRIO-VENOSA NA PERNA DO COELHO. LINHA 4
Resumo: As alças vasculares com comunicação do fluxo de uma artéria para uma veia, diretamente ou através de enxerto venoso, têm se mostrado um recurso para comunicar o retalho a vasos distantes em melhores condições de serem submetidos a uma anastomose. Elas têm sido utilizadas em casos de reconstrução de cabeça e pescoço, tronco e membros. Podem ser realizadas na mesma anestesia da transposição do retalho ou dias antes, decompondo um procedimento longo em dois, mais curtos. No caso cirurgia realizada em dois tempos, há a vantagem adicional testar o suprimento sanguíneo antes da colocação do retalho. A taxa de sucesso das alças vasculares varia nas três primeiras semanas de 100% a 88%. Especula-se sobre os fatores que podem levar à falha deste procedimento. ENTRETANTO, a literatura carece de modelos controlados que demonstrem quais são os fatores que realmente influenciam na patência da alça. O objetivo deste trabalho é determinar se o desenho da alça interfere no fluxo sanguíneo que a percorre e qual a reação do vaso receptor a esse Serão avaliados também repercussão da alça nos parâmetros hemodinâmicos como pressão arterial média e frequência cardíaca, alterações gasométricas, a presença de hemólise ou fragilização da membrana celular. - Discente: MAURO CESAR DE MORAIS FILHO (DO)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: O IMPACTO DA TRANSFERÊNCIA DO SEMITENDINOSO PARA O TURBÉCULO DOS ADUTORES NA MARCHA EM AGACHAMENTO EM PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA. LINHA 2
Resumo: A marcha em agachamento é um padrão frequente na paralisia cerebral (PC) e tem como característica principal o aumento da flexão dos joelhos na de apoio, o que gera disfunção dos mecanismos passivos de estabilização articular e consequente sobrecarga ao músculo quadríceps nesta fase do ciclo de marcha (Sutherland e Davids, 1993). O encurtamento dos isquiotibiais e a contratura em flexão dos joelhos têm sidos descritos como potenciais causas da marcha agachada na PC, assim como a insuficiência dos músculos quadríceps e tríceps sural, e a disfunção de braço de alavanca gerada pelo aumento da torção tibial externa e pés planos valgos (Aiona e Sussman 2004, Stout et al. 2008, Morais Filho et al. 2010). O alongamento cirúrgico da flexão dos joelhos na fase de apoio na PC (Dreher et al. 2012). A redução do padrão em agachamento tem sido descrita após o alongamento dos isquiotibiais na PC, porém o aumento da anteversão da pelve e da lordose lombar são alterações observadas no período pós-operatório, principalmente quando os flexores mediais e bíceps femoral são abordados conjuntamente (Kay et al. 2002, Chang et al. 2004). Com o objetivo de preservar a função extensora da lordose lombar, Ma et al. (2006) descreveram a transferência do semitendinoso para o tubérculo dos adutores como uma alternativa ao alongamento cirúrgico deste músculo durante o tratamento da deformidade em flexão dos joelhos na PC. Os autores deste estudo descrevem redução da deformidade em flexão dos joelhos ao exame físico, redução da flexão dos joelhos durante a fase de apoio na marcha e manutenção da posição da pelve no plano sagital, após transferência do semitendinoso para o tubérculo dos adutores. No entanto, o estudo da Ma et al. (2006) é uma série de casos e a comparação entre transferência e o alongamento do semitendinoso não foi realizada. Até o presente momento, não foi encontrado na literatura nenhum estudo que compare os resultados da transferência com os do alongamento do semitendinoso como parte do tratamento da deformidade em flexão dos joelhos e marcha agachada na PC. Da mesma forma, não existe evidência até o momento que a transferência do semitendinoso para tubérculo dos adutores seja efetiva para preservar a função extensora de quadril e evitar o aumento da anteversão da pelve após a correção da deformidade em flexão dos joelhos em pacientes com PC. O grupo de Paralisias do IOT/HC/FMUSP tem experiência na execução da transferência do semitendinoso para o tubérculo dos adutores desde o final da década de 1990. Isto torna factível a realização de um estudo inédito até o momento, no qual seja possível comparar o resultado de tal procedimento com o alongamento dos isquiotibiais, com relação à preservação da função extensora de quadril no pós-operatório. - Discente: TAISA AMOROSO BORTOLATO MIRANDA MOSCATELLI (DO)
Orientador: Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho
Projeto: REORGANIZAÇÃO CORTICAL SENSÓRIO-MOTORA INDUZIDA PELA ATIVIDADE FÍSICA REALIZADA NA ESTEIRA POR RATOS LESADOS MEDULARES. LINHA 1
Resumo: A lesão medular promove uma condição devastadora que resulta em déficits sensorial e motor, impedindo o desempenho funcional do indivíduo. Modelos experimentais de lesão medular têm sido utilizados na investigação do funcionamento do sistema sensório-motor e da reorganização promovida por meio de tratamentos, podendo corroborar com aplicações clínicas atuais e futuras. O entendimento sobre os mecanismos envolvidos na reorganização cortical após uma eficiente estratégia terapêutica pode fornecer informações relevantes para o aprimoramento de tecnologias assistivas, como neuropróteses, que têm se mostrado cada vez mais como uma medida promissora na restauração do movimento após s lesão medular. Este trabalho tem como objetivos, portanto, investigar e correlacionar as alterações funcionais, por meio da eletrofisiologia, e estruturais, por meio da imunohistoquimica, do córtex sensório-motor de ratos wistar submetidos à atividade física na esteira após a lesão medular contusa. Um objetivo secundário é investigar b a reorganização (neurodegeneração, neuroproteção, neurogênese), por meio da imunohistoquimica, de outras áreas do sistema nervoso central, relacionadas ao comportamento motor, como a medula espinal, formação reticular, substância negra estriado, após o protocolo de atividade física proposto e correlacionar estes dados com aqueles obtidos da região cortical. - Discente: TIAGO LAZZARETTI FERNANDES (DO)
Orientador: Arnaldo José Hernandez
Projeto: AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ISOMÉTRICO E DA ESTABILIDADE ARTICULAR NA RECONSTRUÇÃO ANATÔMICA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR NAS POSIÇÕES CENTRAL E ANTEROMEDIAL NO FÊMUR: ESTUDO RANDOMIZADO EM CADÁVERES. LINHA 2
Resumo: O posicionamento do túnel é provavelmente a intervenção mais importante que o cirurgião pode realizar para alcançar um resultado funcional satisfatório na reconstrução do LCA. O conceito atual da reconstrução anatômica do LCA destaca a importância da anatomia original do LCA para restaurar mais adequadamente a cinemática do joelho. Existem evidências de que o posicionamento do enxerto alinhado ao sítio anatômico do LCA resulta em resultados funcionais superiores. Contudo, uma revisão recente dos artigos publicados sugere que ainda não há consenso em relação à posição do túnel mais apropriado para a reconstrução anatômica do LCA. Portanto, a relevância clínica do presente estudo está em investigar alterações biomecânicas relacionadas ao posicionamento anatômica do túnel femoral na reconstrução do LCA. O objetivo do estudo é avaliar o comportamento isométrico e da estabilidade articular na reconstrução anatômica do LCA nos posicionamentos AM e impressão central original no fêmur em cadáveres.
2015
- Discente: ALEXANDRE DE CHRISTO VIEGAS (DO)
Orientador: José Ricardo Pécora
Projeto: FATORES PREDITIVOS DE INSUCESSO DA MENISCECTOMIA MEDIAL ARTROSCÓPICA EM PACIENTES COM MAIS DE 50 ANOS DE IDADE. LINHA 2
Resumo: A pesquisa envolve a análise de 40 casos de meniscectomia medial artroscópica em pacientes com mais de 50 anos de idade e verificação dos critérios que possam estar relacionados com os resultados insatisfatórios da cirurgia. Será selecionado um grupo de pacientes que tenha procurado auxílio médico com sintomas de dor súbita de um dos joelhos, sem história traumática associada e sem alterações radiográficas que demonstrem manifestações de osteoartrose do joelho. Todos os pacientes devem ter sido submetidos a um exame de ressonância nuclear magnética previamente à cirurgia, em que tiveram documentada uma lesão do menisco medial e nenhuma outra lesão associada do joelho. Em seguida, foram submetidos à meniscectomia medial por técnica artroscópica, todos pelo mesmo cirurgião, e avaliados clinicamente no pós-operatório em três momentos: aos três meses, aos seis meses e após um ano. Com os parâmetros clínicos e de imagem obtidos – ressonância e filme da cirurgia poderemos tentar correlacionar critérios que possam estar relacionados com os maus resultados deste procedimento e tentaremos identificar uma possível síndrome a síndrome da insuficiência do joelho que possa abranger tais critérios. - Discente: ANDRÉ FERRARI DE FRANÇA CAMARGO (ME)
Orientador: Olavo Pires de Camargo
Projeto: AVALIAÇÃO HISTOMORFOMÉTRICA DO VIDRO BIOATIVO EM DEFEITOS ÓSSEOS CAVITÁRIOS – ESTUDO EXPERIMENTAL COMPARATIVO EM COELHOS. LINHA 4
Resumo: A reconstituição do defeito ósseo é um tema gerador de muitas discussões. O auto-enxerto é considerado a melhor opção para se chegar à consolidação óssea nesses casos (1,2). Seu uso, entretanto, é limitado, devido principalmente à baixa disponibilidade (fonte esgotável) e morbidade do sítio doador (3). Os enxertos ósseos sintéticos estão sendo investigados com o objetivo de superar as limitações decorrentes da retirada de auto-enxerto ou nde recursos de banco de tecidos. O vidro bioativo é um material sintético osteoindutor (3,5,17), osteocondutor (5) e antibacteriano (3,19,20), à base de sílica e promove a criação de um arcabouço para o crescimento ósseo (14-16), sendo aos poucos substituídos por osso (3). Esse material vem ganhando popularidade, especialmente na cirurgia craniomaxilofacial, mas também tem sido utilizado para preenchimento de defeitos ósseos cavitários produzidos pela ressecção intralesional de tumores ósseos benignos (21,22). Nenhum trabalho demonstrou histologicamente o que ocorre com o uso do biovidro S52P4; em todos os trabalhos publicados as forma de se avaliar fusão óssea, neoformação óssea, osteointegração e substituição do enxerto por osso do hospedeiro, a forma de avaliação sempre foi com exames de imagem, principalmente a tomografia computadorizada(3). Não há trabalhos utilizando análise histopatológica comparando-se o biovidro com autoenxerto, portanto os conhecimentos acerca dos mecanismos celulares e de biologia molecular envolvidos nesse processo ainda são escassos (17). O objetivo deste trabalho é realizar um estudo experimental caso-controle prospectivo em animais, para comparar as características histomorfométricas do biovidro versus o autoenxerto. Utilizando uma trefina, será retirado um cilindro ósseo a partir da ponta do trocânter e em direção à diáfise femoral, criando um defeito ósseo com as mesmas dimensões será retirado um cilindro criando um defeito ósseo com as mesmas dimensões. O procedimento será realizado em ambos os fêmures. Do lado direito, o defeito ósseo será preenchido com os grânulos de biovidro; do lado esquerdo, o defeito será preenchido com o auto-enxerto retirado com trefina do fêmur do lado direito. Após 24 semanas da cirurgia os animais serão sacrificados. As peças serão retiradas e os seguintes parâmetros histomorfométricos serão avaliados: área óssea total na região enxertada, área de partículas de enxerto, quando houver, presença e densidade de vasos neoformados, números de osteoblastos, osteoclastos, osteócitos e de lacunas vazias por campos microscópicos. Os resutados obtidos serão submetidos a análise estatística, fixando-se como relevantes valores de p<0,05. - Discente: CAIO OLIVEIRA D’ELIA (DO)
Orientador: Gilberto Luis Camanho
Projeto: ESTUDO COMPARATIVO E RANDOMIZADO DA AVALIAÇÃO DA ROTAÇÃO DOS JOELHOS SUBMETIDOS A RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: FEIXE DUPLO VS FEIXE SIMPLES. LINHA 2
Resumo: A cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) avançou muito nos últimos 20 anos. Apesar disso, uma revisão detalhada da literatura revela que aproximadamente 15 a 25% dos pacientes submetidos à cirurgia não apresentam resultados considerados satisfatórios. O LCA é composto por dois feixes: o ânteromedial (AM) e o póstero-Iateral (PL). Na técnica usual, é ênfase tria apenas o feixe nfase-medial.Uma das grandes dificuldades encontradas na literatura ao se avaliar as técnicas de reconstrução do LCA com feixe único e mesmo comparar estas às técnicas de reconstrução do LCA com feixe duplo se refere aos métodos utilizados na avaliação clínica desta cirurgia e como eles devem ser interpretado. Os métodos de avaliação atualmente nfase tri na prática clínica são de certa forma subjetivos, principalmente os que procuram avaliar o componente rotacional da instabilidade. O teste clínico frequente utilizado para este fim é o pivot shift, que se constitui em uma avaliação subjetiva e estática da rotação do joelho que pode mascarar pequenas diferenças entre o joelho normal e o nfase tria. A avaliação da rotação é de suma importância visto que a instabilidade rotacional residual após a reconstrução do LCA vem sendo relacionada à progressão do processo degenerativo da cartilagem articular do joelho. O objetivo do presente estudo é avaliar e comparar o controle da rotação da tíbia, em joelhos submetidos a reconstrução do LCA com duas técnicas diferentes: reconstrução do LCA com feixe único e reconstrução do LCA com feixe duplo. Serão estudados 60 pacientes. Estes pacientes serão divididos em três grupos (A, B e C). O grupo A será formado por pacientes submetidos a reconstrução do LCA com feixe único (Grupo feixe único Grupo A), o grupo B será formado por pacientes submetidos a reconstrução do LCA com feixe duplo (Grupo feixe duplo Grupo B) e o grupo C será formado por indivíduos sem patologias musculoesqueléticas (Grupo controle Grupo C).A análise cinemática será realizada naqueles pacientes incluídos no estudo e que preencham os critérios clínicos de alta. Desta forma serão avaliados somente os pacientes com suposto sucesso do procedimento cirúrgico. Com isso espera-se que qualquer diferença na rotação da tíbia possa ser atribuída à diferença na técnica cirúrgica e não ao sucesso ou insucesso clínico do procedimento. Serão realizadas quatro cirurgias ao mês, com previsão de 10 meses para término da inclusão dos pacientes no estudo. Os pacientes deverão ter um seguimento mínimo de 6 meses. A tabulação e comparação dos dados será realizada em 3 meses. - Discente: FABIO JANSON ANGELINI (DO)
Orientador: Roberto Freire da Mota e Albuquerque
Projeto: LUXAÇÃO DO JOELHO- AVALIAÇÃO CLÍNICA DO USO DO FIXADOR EXTERNO ARTICULADO APÓS A RECONSTRUÇÃO LIGAMENTAR. LINHA 2
Resumo: Introdução: A luxação do joelho é uma lesão grave consequente, na maioria das vezes, de um trauma de alta energia. Uma definição mais ampla de luxação do joelho inclui luxação franca; lesão de múltiplos ligamentos do joelho com instabilidade multidirecional após trauma de alta energia e ruptura dos dois cruzados. Historicamente, o tratamento destas lesões era direcionado para se obter estabilidade ligamentar, muitas vezes, sacrificando a mobilidade articular. Modernamente, tem sido proposto um modelo de tratamento dessas luxações que utiliza, após a reconstrução multi-ligamentar, um fixador externo (FE) articulado do joelho. Objetivo- Demonstrar uma experiência no tratamento das luxações de joelho com a utilização de FE articulado uniplanar. Pacientes e Métodos: trata-se de uma série de casos de pacientes com o diagnóstico de luxação do joelho que após o tratamento na fase de emergência, foram investigados quanto às patologias do joelho (exame físico e exames de imagem). Os joelhos dos pacientes foram tratados com reconstruções ligamentar múltiplas e posicionados com FE articulado (LRS OrthofiX®). Todos os pacientes iniciaram a mobilização do joelho de forma precoce e agressiva. - Discente: GLAUCUS CAJATY DOS SANTOS MARTINS (DO)
Orientador: Gilberto Luis Camanho
Projeto: ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR EM PACIENTES SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO POR OSTEOARTROSE PRIMÁRIA. LINHA 2
Resumo: Objetivo: Avaliar o padrão de degeneração histológica do ligamento cruzado posterior (LCP) em pacientes com artrose submetidos à artroplastia total de joelho com prótese com substituição do ligamento cruzado posterior (LCP), sendo os achados’ histolológicos correlacionados com parâmetros clínicos e radiológicos. Metodologia: serão avaliados entre 35 a 40 ligamentos cruzados posterior de pacientes com gonartrose que serão submetidos à artroplastia primária do joelho. Serão apenas incluídos pacientes com artrose primária. Serão critérios de exclusão: osteotomias, artrotomias ou osteossínteses prévias ao nível do joelho estudado. Também serão descartados casos de artroplastia por doença reumatológica ou por osteonecrose evidente. O LCP será corado em hematoxilinaeosina e tricromico de Gomori . 0 ligamento será analisado por microscopia óptica e classificado quanto ao comprometimento histológico em leve, moderado e grave. A degeneração histológica será correlacionada aos parâmetros idade, sexo, degeneração radiológica (Ahlback graus I ao V), eixo radiológico tíbio-femoral (varo, neutro e valgo), e a presença ou ausência do ligamento cruzado anterior (LCA).Os dados serão analisados com testes estatísticos como teste qui-quadrado,G2 de Wilks ,p<0,05. - Discente: GUSTAVO CAMPELO BORNHOLDT (ME)
Orientador: André Pedrinelli
Projeto: NOVO MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO RADIOGRÁFICA DO DIÂMETRO DO CANAL CERVICAL E SUA CORRELAÇÃO COM MÉTODO POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E ÍNDICE DE TORG. LINHA 1
Resumo: Apesar do baixo risco de lesões cervicais debilitantes no Rugby, programas de prevenção destas lesões são necessários devido a sua gravidade. A estenose do canal cervical, que pode ser identificada através de exames de imagem, por si não contraindicada a prática de Rugby, porém deve ser considerada entre os critérios para decisão de retorno ao esporte após episódios de neuropraxia da medula cervical. Entre os diversos estudos que utilizam a medida direta do canal cervical na incidência perfil da radiografia há grave variação nos valores normativos. Devido à inconsistência deste método foi desenvolvido o método que utiliza o índice entre o diâmetro sagital do canal cervical e o diâmetro do corpo vertebral (índice de Torg). Um índice de Torg menor que 0,8 é altamente sensível para um maior risco de neuropraxia da medula espinhal cervical, porém não pode ser usada para contraindicar esportes de contato devido ao seu baixo valor preditivo positivo. Com o advento dos exames de ressonância magnética (RM), surgiram estudos demonstrando que a relação entre o canal cervical e o espaço ocupado pela medula espinhal (espaço disponível para a medula espinhal – SAC) apresenta uma melhor correlação com risco de neuropraxia cervical. Através da RM pode-se medir tanto o diâmetro do canal cervical quanto o diâmetro da medula espinhal, tornando possível calcular o espaço disponível para a medula espinhal. Um estudo mostrou que o tamanho do corpo vertebral e responsável pela maior parte da variabilidade do índice de Torg, enquanto o diâmetro do canal vertebral corresponde a menor parte da variação. Em contrapartida o diâmetro do canal é responsável pela maior parte da variação do SAC, tendo o diâmetro da medula espinhal menor importância. O presente estudo visa a validação de um novo método radiográfico para identificação de estenose do canal em jogadores de rugby. O método em questão objetiva predizer o diâmetro real do canal cervical através da radiografia na incidência perfil com a utilização de uma pequena barra de metal fixada na linha média da coluna cervical. O diâmetro do canal cervical será calculado a partir de 3 variáveis conhecida: o diâmetro em milímetros do canal cervical na imagem da radiografia, o comprimento em milímetros da imagem da barra de metal (100 mm). Com estes três valores o diâmetro real do canal cervical será calculado. Os valores obtidos através da ressonância nuclear magnética, que é considerada o padrão ouro para avaliação de estenose cervical em atletas. Mostrando-se fidedigno à ressonância magnética, o método em questão poderá ser utilizado em decisões de retorno ao esporte após casos de neuropraxia da medula cervical. - Discente: JOSÉ CARLOS ALVES FABRICIO JUNIOR (ME)
Orientador: Roberto Freire da Mota e Albuquerque
Projeto: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS PROTOCOLOS FISIOTERAPÊUTICOS: CONVENCIONAL DO IOT X ACELERADO EM ATLETAS SUBMETIDOS À RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR. LINHA 5
Resumo: A presente pesquisa caracteriza-se por ser um estudo prospectivo comparativo e randomizado. Objetiva analisar o efeito de um protocolo fisioterapêutico acelerado em atletas submetidos a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Foi realizado o cálculo amostral. Através do programa Open Epi, utilizando como variável lassidão com base no estudo realizado por Abdala et al. 2009, considerando o poder da amostra de 80%, desvio padrão e diferença esperada de 40% com α=0,05, ao qual determinou-se 32 sujeitos. Optou-se por amostra maior considerando a possibilidade de perdas amostrais. Serão incluídos na pesquisa uma amostra de 60 pacientes adultos jovens, na faixa etária de 18 a 40 anos, com diagnóstico de lesão do ligamento cruzado anterior (traumática) joelho confirmado por ressonância magnética. Serão excluídos do estudo os pacientes tenham mudanças no seu diagnóstico constatadas no ato cirúrgico, complicações intra-operatórias, tenham a operação suspensa independente do motivo, ou abandonem o atendimento fisioterapêutico e seguimento pós-operatório. Será realizada uma avaliação, através da aplicação de um protocolo, de todos os pacientes depois da internação hospitalar especificamente e após as suas admissões no Centro Cirúrgico. Imediatamente após a referida avaliação, os pacientes serão alocados (aleatoriamente) nos seus respectivos grupos (por sorteio de fichas coloridas no envelope; Verde, grupo A – Convencional do IOT; Azul, grupo B – Acelerado e depois operados. Após a operação os pacientes serão acompanhados pela equipe de fisioterapia e reavaliados no 4 e no 6 mês de pós-operatório, onde será avaliado o deslocamento Antero-posterior da tíbia em relação ao fêmur com artrômetro KT1000; Força muscular com Dinamômetro isocinético; realização do teste funcional (Hop Test) e avaliação clínica (Internacional Knee Documentation Comissão (IKDC). Os pacientes do Grupo A serão submetidos ao protocolo de reabilitação convencional que tem como objetivos: Ganhar Amplitude de Movimento; Diminuir a dor/derrame articular, Fortalecer a musculatura global do membro inferior acometido; Promover a funcionalidade do joelho, através dos seguintes recursos fisioterapêuticos: Eletroterapia/Termoterapia/Fototerapia; Cinesioterapia geral composta de exercícios ativos, ativos-assistidos, resistidos, Mecanoterapia, treino sensório-motor, Exercícios aeróbicos, Polimetria e por fim o gesto esportivo. O grupo B é caracterizado por receber um protocolo de reabilitação acelerada que segue o mesmo princípio do protocolo convencional porém com maior intensidade em um período menor de reabilitação. Todos os pacientes serão seguidos até o sexto mês e qualquer evento adverso será registrado. - Discente: LUIS EDUARDO PASSARELLI TIRICO (DO)
Orientador: Alberto Tesconi Croci
Projeto: PROTOCOLO DE CAPTAÇÃO, PROCESSAMENTO E TRANSPLANTE DE ENXERTOS OSTEOCONDRAIS HOMÓLOGOS A FRESCO NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO. LINHA 3
Resumo: O presente protocolo visa iniciar a captação, processamento utilização de enxertos osteocondrais homólogos a fresco no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com acompanhamento científico de pesquisadores do Instituto de Ortopedia Traumatologia – IOT. Este procedimento, já previsto na legislação de nosso país e totalmente factível dentro da estrutura disponível em nosso Banco de Tecidos, traria um benefício inestimável ás dezenas de pacientes do nosso ambulatório, com lesões osteocondrais pós-traumáticas, que aguardam um procedimento resolutivo definitivo ou temporário para sua patologia, o qual não está disponível atualmente no Brasil, porém já é realizado a mais de 25 anos em outros países. - Discente: MANUELLA DE SOUSA TOLEDO MATIAS (ME)
Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme
Projeto: EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA DE ALTO DESEMPENHO AERÓBICO REGULAR NA RESPOSTA IMUNE E NO ENCURTAMENTO DO TELÔMERO EM LINFÓCITOS T DE IDOSOS. LINHA 5
O aumento sem precedentes na expectativa de vida da população propicia o interesse em compreender melhor o processo de envelhecimento. De acordo com projeções das Nações Unidas, a população idosa aumentará de 3,1% em 1970 para 19% em 2050. A intervenção geriátrica se dá em qualquer nível (prevenção primária, prevenção secundária, tratamento e reabilitação) As evidências confirmam que a probabilidade de envelhecer com sucesso pode ser aumentada de várias maneiras. As diferentes intervenções nos diversos estágios do desenvolvimento (intra uterina, infância, adolescência, idade adulta ) têm consequências positivas que podem ser estendidas para a idade avançada. O exercício regular é importante para um envelhecimento saudável por influir nas doenças crônicas e na funcionalidade. Parece ser um fator protetor contra o envelhecimento genético e molecular, estando associado à longevidade. Ele protegeria o organismo contra estresse oxidativo e a inflamação, que são responsáveis por danos no DNA e nas células com a perda progressiva das funções metabólicas e fisiológicas e maior propensão a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e oncológicas. As alterações que ocorrem no sistema imunológico com o avanço da idade comprometem sua competência e são definidas pela imunossenescência. Neste processo, está envolvida a redução da função mediada por células imunes bem como a resposta imune humoral. Os efeitos afetam a resposta inata além da adaptativa, das quais se incluem, em geral, a diminuição d fagocitose, alteração da migração celular, mudanças nas populações celulares e a diminuição das habilidade em produzir anticorpos específicos As mudanças relacionadas ao sistema imune adaptativo que envolvem os linfócitos T incluem a diminuição do número de células T naive e aumento do número de células de memória (as quais já tiveram contato com antígeno, produzindo memória imunológica e caracterizadas pelo fenótipo CD45RO), fato que diminui a eficácia de respostas ás imunizações e infecções. Além destas, também há aumento da capacidade de resposta proliferativa aos antígenos, mudanças n expressão de moléculas de superfície, aumento das células de memória, alterações na sinalização intracelular, além do aumento das taxas de apoptose. A associação entre encurtamento do telômetro e senescência celular tem sido bem estabelecida laboratorialmente. Em fibroblastos diplóides, linfócitos T e células hematopoiéticas, a média do comprimento do telômetro reduz a cada divisão celular in vitro.
- Discente: MARCOS MAURICIO SERRA (ME)
Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme
Projeto: ANÁLISE DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM MULHERES QUE DESFILAM NO CARNAVAL. LINHA 5
Resumo: O equilíbrio postural é definido como a capacidade de manter a posição desejada do corpo sobre uma base de suporte, sendo este controlado pela integração dos sistemas visual, vestibular, somatossensorial, musculoesquelético e neural. A dança possibilita a aquisição de habilidades, auxiliando a melhora da capacidade motora e do equilíbrio. O objetivo deste trabalho é analisar o equilíbrio estático de mulheres que participam de desfiles de carnaval na “Ala das Baianas”. Serão avaliadas 120 mulheres, com a faixa etária acima de 40 anos. Estas serão divididas em dois grupos de 60: um grupo de mulheres participantes dos desfiles de carnaval na “Ala das Baianas” (Gr-Baianas) e um grupo de mulheres que não participam de desfile de carnaval (Gr-Controle). Serão utilizados os seguintes instrumentos para avaliação: um questionário estruturado com dados s6cio-demográficos; clínicos, com o TUGT (Time up and Go Test), GDS (Geriatric Depression Scale ) e MEEM (Miniexame do estado mental). Para complementação da análise serão verificadas a força de preensão palmar, a força muscular isocinética de flexores e extensores de joelhos e a atividade física medida pelo IPAQ versão curta (International Physical Activity Questionnaire). Para avaliação do equilíbrio será utilizado a plataforma de força AMTI (Advance Mechanical Tecnology Incorporated) OR6, por meio dos protocolos: 1. Apoio bipodal com olhos abertos (OA) e fechados (OF); 2. Apoio bipodal com OA recitando nome de animais/frutas; 3. Apoio Unipodal pé direito e pé esquerdo OA. - Discente: MAURO EMILIO CONFORTO GRACITELLI (DO)
Orientador: Arnaldo José Hernandez
Projeto: TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS DESVIADAS DO TERÇO PROXIMAL ÚMERO: COMPARAÇÃO ENTRE PLACA E HASTE INTRAMEDULAR BLOQUEADAS. LINHA 4
Resumo: lntrodução: Fraturas do terço do proximal do úmero correspondem a cerca de 4 a 5% de todas as fraturas, sendo a segunda fratura mais dos membros superiores. Em pacientes acima de 65 anos, o terço proximal do úmero é comumente osteoporótico, o que dificulta sua fixação e estabilização com placas e parafusos tradicionais. Diversas complicações relacionadas a fixação cirúrgica dessas fraturas são relatadas na literatura, sendo os principais fatores de risco para um pior resultado clínico pós-operatório. Objetivo: Comparar o resultado clínico através da avaliação de Constant-Murley da osteossíntese das fraturas do terço proximal do úmero com dois diferentes métodos: placa com parafusos bloqueados por via deltopeitoral e haste intramedular com parafusos por técnica minimamente invasiva transdeltoide. Métodos: Serão operados pacientes de 50 s 85 anos de idade com fraturas do terço proximal do úmero em 2 ou 3 partes de Neer, divididos em grupos (Placa, Por Via Deltopeitoral e Haste, Por Via Minimamente Invasiva) de maneira aleatória. Critérios radiográficos (Desvio, Classificações de Neere Hertel, Varo, Ângulo Cervical Diafisário) serão avaliados pré operatóriamente. Os pacientes serão avaliados clinicamente (Constant-Murley, DASH e EVA ) e através de radiografias após 3 semanas, 6 semanas, 12 semanas e 12 meses da cirurgia. Um teste “Two-Sided” com confiança de 95% e poder 80% requer 30 pacientes em cada grupo. Antecipando -se uma taxa de mortalidade de 10% no primeiro ano (Devido a Uma Taxa de Morte Natural em Pacientes Idosos) e uma taxa de abandono ( Perda de Seguimento ) de 20%, Estima-se uma amostra necessária de 40 pacientes por grupo. Os valores médios dos resultados primários (Avaliação de Constante) e secundários Avaliação de DASH e EVA ) para os dois grupos serão comparados por meio de uma de variância com medidas repetidas ao longo do tempo, onde serão considerados três momentos de avaliação ( Tempo 3,6 e 12 Meses. O valor de p < 0.05 será considerado com estatística significante. - Discente: PEDRO RICARDO DE MESQUITA COUTINHO (ME)
Orientador: Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho
Projeto: AVALIAÇÃO DO EFEITO NEUPROTETOR E NEUROTRÓFICO DO TACROLIMUS E DA ERITROPOETINA NA LESÃO MEDULAR EM RATOS. LINHA 1
Resumo: Os esforços terapêuticos nos casos de trauma raquimedular têm se concentrado em reduzir a lesão secundária e em promover a regeneração axonal. Porém, atualmente, não há nenhuma estratégia farmacológica com benefício comprovado. Estudos realizados a partir de lesão medular programada em modelos animais, têm sugerido que algumas drogas como o tacrolimus (FK 506), um ligante de imunofilina, e a eritropoetina (EPO), uma glicoproteína, possuem efeitos neuroprotetores e neurotróficos, quando administrados imediatamente após a lesão. O objetivo deste trabalho é estudar esses possíveis efeitos do tacrolimus e da eritropoetina, de modo isolado e associado, em um modelo de lesão medular contusa reprodutível em ratos. - Discente: RICCARDO GOMES GOBBI (DO)
Orientador: Gilberto Luis Camanho
Projeto: AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DINÂMICA PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM INSTABILIDADE PATELAR RECIDIVANTE. LINHA 2
Resumo: A articulação patelo femoral é fundamental na biomecânica do joelho. Por funcionar como transmissora de forças musculares intensas da coxa para a perna, é foco frequente de queixas tanto em atletas quadro em pessoas sedentárias. Uma das patologias dessa articulação é a instabilidade patelo femoral, que gera dor, déficit funcional e frequentemente requer uma cirurgia como parte do tratamento ortopédico. A estabilidade dessa articulação depende tanto de estruturas ósseas quanto de partes moles. Apesar dessa importância biomecânica, a valorização da reconstrução do LPFM é relativamente recente. Apesar da grande variação técnica, vêm se acumulando evidencias que mostram bons resultados clínicos dessa cirurgia, com taxa muito baixa de recidiva da instabilidade. Uma das preocupações do realinhamento patelar é a consequência de um erro de posicionamento do enxerto na reconstrução do LPFM. Sabe-se que erros pequenos de 5mm na posição ideal ou tensionamento do enxerto 2n (força muito pequena), já levam ao aumento das forças articulares na faceta medial da patela aumentando risco de dor e degeneração da patela. Além disso, mesmo se a cirurgia for realizada da forma ideal, não se sabe ao certo qual o efeito da cirurgia na biomecânica dessa articulação, principalmente em pacientes em pacientes com múltiplas variações anatômicas (tróclea rasa, patela displásica) como é frequente nessa população. Disponibilizou-se em nosso hospital um aparelho de tomografia com detectores múltiplos que permite, através de uma reconstrução tridimensional de imagens sequências, uma visualização dinâmica do movimento realizado pelo próprio paciente da articulação patelo femoral. Esse tomógrafo possui 320 cabeças, permitindo uma captação de imagens melhor, mais veloz e assim formando imagens mesmo durante o movimento realizado pelo próprio paciente da articulação patelo femoral. Objetivo: descrever a metodologia de avaliação dinâmica da articulação patelo femoral por meio de tomografia computadorizada de 320 cabeças, descrever e avaliar e a biomecânica da articulação patelo femoral através da tomografia dinâmica em pacientes com instabilidade patelar recidivante e avaliar o efeito do tratamento cirúrgico da instabilidade de patela na biomecânica da articulação patelo femoral através da tomografia dinâmica.
2014
- Discente: EDUARDO ANGELI MALAVOLTA (DO)
Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto
Projeto: ESTUDO PROSPECTIVO RANDOMIZADO DA UTILIZAÇÃO DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP) NO REPARO DAS LESÕES COMPLETAS DO ROTADOR.LINHA 2
Resumo: O reparo do manguito rotator (RMR) é um procedimento amplamente realizado dentro da cirurgia do ombro, dada a alta prevalência desse tipo de lesão na população. Independente da via de acesso utilizada, o procedimento consiste na reinserção do manguito rotator ao seu leito. Apesar dos resultados clínicos serem atualmente satisfatórios (sucesso em torno de 85%) estudos utilizando ultrassonografia e ressonância magnética (RM) demonstram uma taxa de re-rotura após a cirurgia de 20 a 54%. Estes níveis de re-lesão sugerem uma cicatrização sub-ótima na interfase osso-tendão. Tentativas de se melhorar a cicatrização no local do RMR tem sido extensamente estudadas na literatura ortopédica. Uma delas é o emprego dos fatores de crescimento (FC), citocinas com importante papel na quimiotaxia, proliferação e diferenciação celular, assim como na síntese de matriz extracelular, e que, teoricamente, poderiam apresentar papel benéfico na reparação dos tecidos. O plasma rico em plaquetas (PRP) é uma das fontes mais estudadas da FC. Ele é de fácil preparo e não-imunogênico (é feito com sangue do próprio paciente), e tem como outra vantagem à presença de diversos FC (entre eles PDGF, bFGF, TGF-B, VEGF, EGF, CTGF e IGF). Este fato é importante porque os FC têm efeitos diversos em diferentes receptores, durante as várias fases do processo de cicatrização. A utilização do PRP na consolidação óssea já foi avaliada em diversos estudos, com resultados conflitantes. Existem estudos pré-clinico demonstrando efeito benéfico do uso do PRP em reparo ligamentar e tendíneo. Entretanto, não existe qualquer trabalho publicado evidenciado e efetividade do uso do PRP na interfase tendão-osso. O objetivo do presente estudo é avaliar a efetividade do PRP na Melhora da cicatrização tendão-osso do MR. Serão operados pacientes com lesão completa (toda a espessura) do manguito rotador, divididos em dois grupos de pelo menos 20 pacientes. A utilização ou não PRP será decidida de maneira aleatória, sem o conhecimento do paciente. Os envolvidos no estudo serão avaliados pré e pós operatoriamente de acordo com os critérios de Constant-Murley e UCLA e com o auxílio de RM. - Discente: FABIO MOSCHETTO SEVILHA (ME)
Orientador: Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho
Projeto: AVALIAÇÃO DO MÚSCULO MASSETER APÓS APLICAÇÃO DE LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM INDIVIDUOS SUBMETIDOS A EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES RETIDOS ATRAVÉS DA ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFICIE. LINHA 4
Resumo: Procedimentos cirúrgicos frequentemente vêm associados a processos inflamatórios, álgicos além de trismo com o reconhecimento comprometimento do músculo masseter após exodontia de 3° molares inferiores retidos através da eletromiografia de superfície (BARROS 2007), será realizado laserterapia nesses pacientes objetivando uma maior velocidade no processo de reparação tecidual, além de um maior controle álgico e no edema. Os resultados serão comparados através dos dados obtidos por um eletromiógrafo entre um grupo de pacientes submetidos a laserterapia e outro não submetido a aplicação da luz. - Discente: FERNANDO BRANDÃO DE ANDRADE E SILVA (DO)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: ESTUDO CLÍNICO COMPARATIVO E RANDOMIZADO ENTRE A OSTEOSÍNTESE DAS FRATURAS DO TERÇO MÉDIO DA CLAVÍCULA EM PLACA OU HASTE INTRAMEDULAR FLEXÍVEL. LINHA 4
Resumo: As fraturas da clavícula representam 2,6% de todas as fraturas. São divididas em fraturas do terço médio, terço lateral e medial, sendo que as do terço médio são as mais frequentes, representando 80% de total. As fraturas da clavícula são classicamente tratadas por métodos não cirúrgicos, com relatos na literatura de altos índices de bons resultados. O uso das placas e das hastes flexíveis de titânio para fixação das fraturas da clavícula são técnicas comumente utilizadas para tratamento de fraturas na clavícula. O objetivo do presente trabalho é comparar os resultados clínicos e radiográficos de pacientes com fraturas do terço médio da clavícula operados pelas técnicas de fixação com placas e hastes flexíveis intramedulares. O principal resultado a ser comparado é a presença de complicações relacionadas ao método, como solturas, falhas ou migrações do material de síntese. O estudo será realizado no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-HCFMUSP). Serão selecionados pacientes com fraturas do terço médio da clavícula atendidos no pronto-socorro ou ambulatório do IOT-HCFMUSP, a partir dos seguintes critérios de inclusão: Fratura do terço médio da clavícula com desvio completo (sem contato entre os fragmentos principais medial e lateral), Idade entre 16 a 65 anos e Termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelo paciente ou responsável. Baseando-se em dados da literatura, estimamos uma amostra com 20 pacientes em cada grupo experimental (fixação com placa versus fixação com haste intramedular flexível). Os pacientes serão alocados em um dos dois grupos através de sorteio realizado por um dos médicos participantes do estudo. Ambos os métodos já apresentam comprovação na literatura, com grande efetividade e baixo índice de complicações que ponham em risco a vida do paciente ou a função do membro operado. Os pacientes selecionados para o estudo serão apenas os que apresentarem indicações objetivas para o tratamento cirúrgico e, de qualquer maneira, seriam submetidos a um procedimento cirúrgico, com seus riscos inerentes. No caso de ser identificado qualquer evento inesperado relacionado a uma das técnicas empregadas, que ponha em dúvida a segurança do método, o estudo será interrompido. Com isso, esperamos fornecer dados com relevância estatística para a tomada de decisões do ortopedista no tratamento das fraturas do terço médio da clavícula. - Discente: GUSTAVO CONSTANTINO DE CAMPOS (DO)
Orientador: Márcia Uchôa de Rezende
Projeto: ESTUDO PROSPECTIVO E RANDOMIZADO AVALIANDO O EFEITO DA ASSOCIAÇÃO DA TRIANCINOLONA À VISCOSUPLEMENTAÇÃO PÓS-LAVAGEM DO JOELHO. LINHA 3
Resumo: A Osteoartrose (OA), forma mais comum de doença articular, é uma patologia de origem multifatorial que leva a degeneração da cartilagem articular. É um processo lento, progressivo, degenerativo e desabilitante, com alta prevalência na população adulta, atingindo mais de 14 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Até o momento não existe evidências convincentes de qualquer tratamento possa ser realmente eficaz na desaceleração ou prevenção do desenvolvimento da OA. As opções de tratamentos atuais incluem manejo farmacológico com analgésicos, antiinflamatórios não hormonais (AINH),condroprotetores, órteses, terapia física, injeções intraarticulares de corticóides, viscosuplemententação, desbridamento artroscópico, irrigição articular e artroplastia do joelho. Mais recentemente a viscosuplementação através da injeção intraarticular de produtos derivados do hyaluronato ganhou popularidade como modalidade de tratamento do gonartrose. O ácido hyaluronico provem elasticidades e viscosidade ao líquido sinovial, protegendo a articulação. Estudos com biópsias demonstram que além do ganho na dor e função, a viscosuplementação pode levar inclusive à modificação estrutural da cartilagem. Atualmente é grande a quantidade de trabalhos estudando o tratamento da gonartrose através de injeção intraarticular. Diversas modalidades apresentaram bons resultados. Não há, porém um consenso sobre o melhor método. A lavagem articular realizada previamente à injeção de qualquer que seja a substância tem efeito comprovadamente benéfico. Esta lavagem poderá ser realizada por técnica de irrigação simples através de uma ou duas agulhas, sendo desnecessária a realização de uma artroscopia. A artroscopia acrescenta complexidade, morbidade e custo ao procedimento, sem apresentar qualquer vantagem nos resultados. Quanto a substância a ser injetada, os corticóides isoladamente apresentam resultados rápidos porém pouco duradores. Já a viscosuplementação apresenta resultados mais consistentes. No entanto, principalmente no uso de derivados do hyaluronato com maior peso molecular, existe umnúmero não desprezível de pacientes que apresentarão uma sinovite aguda reacional à viscosuplementação (2 a 4 % no primeiro ciclo de 3 infiltrações e 4 a 8 % no segundo ciclo de 3 infiltrações), prejudicando os resultados a curto prazo (18). Em Resumo, sabemos que, no tratamento da osteoartrite, a viscosuplementação com hilano é superior à infiltração com cortizona. - Discente: JUAN PABLO ZUMARRAGA MONTANO (ME)
Orientador: Olavo Pires de Camargo
Projeto: CORRELAÇÃO ENTRE OS VALORES SÉRICOS DE FOSFATASE ALCALINA E DE DESIDROGENASE LÁTICA E A PORCENTAGEM DE NECROSE TUMORAL PÓS QUIMIOTERAPIA NO OSTEOSSARCOMA E NO TUMOR DE EWING. LINHA 3
Resumo: O intuito desta pesquisa é correlacionar os valores de sorologia da fosfatase alcalina e da desidrogenase lática, sendo estas, medidas no início do estadiamento e logo após a quimioterapia pré-operatória, com a porcentagem de necrose tumoral nos pacientes com osteossarcoma e tumor de ewing, nos pacientes atendidos e tratados no serviço de oncologia ortopédica do IOT HCFMUSP. - Discente: MARCELLO OLIVEIRA BARBOSA (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: HIPOTERMIA EPIDURAL APÓS A LESÃO MEDULAR EM RATOS: EXISTE ALGUM EFEITO NEUROPROTETOR? LINHA 1
Resumo: Avaliar se existe algum efeito neuroprotetor da hipotermia epidural por cateter após lesão medular induzida em ratos comparando com o grupo de controle. - Discente: OLAVO BIRAGHI LETAIF (ME)
Orientador: Raphael Martus Marcon
Projeto: AVALIAÇÃO DO EFEITO DO ESTRÓGENO NA LESÃO MEDULAR DE RATOS. LINHA 1
Resumo: Os esforços terapêuticos nos casos de lesão medular tem se concentrado em reduzir a lesão secundária e em promover a regeneração axonal. Porém, atualmente não há¡ nenhuma estratégia farmacológica com benefício comprovado. Várias investigações experimentais em animais tem sugerido como possíveis agentes terapêuticos o estrogênio, a progesterona, a eritropoetina e magnésio. O objetivo deste trabalho é estudar o efeito do estrogênio como agente neuroprotetor em lesão medular com modelo animal, utilizando para isso o NYU IMPACTO, um modelo padronizado e reprodutível de lesão contusa da medula espinhal em ratos. Serão selecionados 30 ratos da raça Wistar machos oriundos do Centro de Bioterismo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com idade média de 12 semanas com peso entre 340g e 450g todos de um Único fornecedor. Serão adotados os seguintes critérios: – Critérios de inclusão: Ratos da raça Wistar; machos adultos jovens; pesos entre 340g e 450g inclusive; condição geral boa; motricidade inicial normal. Critérios de exclusão: Óbito após lesão; infecção persistente por 10 dias de tratamento com antibioticoperatia; anomalias observadas macroscopicamente da região medular; perda maior que 10% do peso corporal após a lesão. Os animais serão divididos em 3 grupos, com 10 animais cada: Grupo 1: logo após a lesão, será fornecida uma dose intraperitoneal do hormônio de estrógeno (17-beta estradional, 4mg/kg). Grupo 2: controle não receberão a dose intraperitoneal do hormônio, nem qualquer injeção intraperitoneal . Grupo 3: receberão¡ dose intraperiotenal de solução salina 0,9% com volume igual ao volume de medicamento injetado no grupo 1. Os grupos serão acompanhados por 6 semanas. Os animais serão analisados do ponto de vista funcional motor pela escala BBB, através de potencial evocado eletrofisiológico e serão realizadas análises histopatológicas da Área de lesão e de Áreas próximas serão realizadas.
2013
- Discente: ADRIANA PEREIRA DE PAULA (ME)
Orientador: Ana Lucia Lei Munhoz Lima
Projeto: ADERÊNCIA A TERAPÊUTICA COM ANTIMICROBIANOS ADMINISTRADOS POR VIA ORAL EM PACIENTES COM OSTEOMIELITE CRÔNICA. LINHA 3
Resumo: A Osteomielite crônica (OMC) é definida como uma infecção óssea, podendo ser causada por disseminação hematogênica, inoculação direta de microorganismo no osso, ou um foco contíguo de infecção. A OMC ocorre habitualmente em adultos, geralmente secundária a lesões traumáticas com exposição óssea. Esta infecção geralmente é tratada com antibióticos e desbridamento cirúrgico para remoção de osso desvitalizado, mas pode persistir por anos com falhas terapêuticas e recidivas freqüentes. O Sthapylococus aureus (S.aureus) é o principal agente causador OMC, seguido por Pseudomonas spp e Enterobactérias. A prevalência desta infecção é de 8/1000 habitantes. Apesar dos avanços com os antibióticos e tratamento cirúrgico, a taxa de recidiva em longo prazo permanece em torno de 20% a 30%. As contribuições de cada componente para o sucesso do tratamento da OMC não são conhecidas, no entanto alguns pesquisadores argumentam que a intervenção cirúrgica seja a mais importante. A necessidade do desbridamento é inquestionável, porém, o tempo de tratamento, a via de administração, o uso do antibiótico com ação na bactéria isolada e com boa penetração óssea também podem influenciar na determinação das recidivas. O insucesso do tratamento também pode estar relacionado à interrupção precoce do medicamento, devido a eventos adversos ou complicações que ocasionarem amputações. Em nosso serviço o tratamento da OMC é iniciado em regime de internação hospitalar para o tratamento cirúrgico e início da antibioticoterapia. Após a alta hospitalar quando necessário a antibioticoterapia deve ser complementada em regime domiciliar por 06 meses ou mais, no entanto a AD dos pacientes ao tratamento é desconhecida. Deste modo, a aderência AD do paciente ao tratamento prescrito, pode ser considerada como uma variável importante no sucesso terapêutico. O objetivo principal deste estudo será avaliar a ASD e os fatores de risco relacionados à baixa AD no tratamento com ambulatório do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP. A pesquisadora fará uma entrevista com o paciente (n= 200) onde serão aplicados os questionários: ficha de identificação, avaliação do nível de conhecimento e teste de Mirisky. A análise dos dados será feita pelo grau de AD obtido em cada método utilizado que será correlacionado com as informações sobre os dados demográficos, polifarmácia (uso concomitante de cinco ou mais medicamentos), nível de conhecimento. As variáveis qualitativas serão representadas por frequência absoluta (n)e relativa (%) e as quantitativas por média, desvio padrão (d.p.), medicina e valores mínimo e máximo. O nível de significância a ser adotado será de 0,05 (61537;=5%) e níveis descritivos (p) inferiores a esse valor serão considerados significantes. - Discente: GUILHERME PELOSINI GAIARSA (ME)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: O USO DE MATERIAL DE SÍNTESE FABRICADO COM POLÍMEROS BIO-ABSORVÍVEIS NA OSTEOSSÍNTESE DE FRATURAS DE TORNOZELO CLASSIFICADAS COMO WEBER C? ESTUDO COMPARATIVO COM SÍNTESE METÁLICA TRADICIONAL. LINHA 4
Resumo: O presente projeto visa compara os resultados até a consolidação e após um ano das fraturas de tornozelo classificadas com Weber C, tratados com material de síntese metálico, tradicional, com uso de um material de síntese fabricado com polímeros bi absorvíveis. Os materiais metálicos frequentemente ficam palpáveis no subcutâneo, gerando incômodo local e necessitando de retirada, também tem frequentes queixas de dor com o clima frio. Os materiais bi absorvíveis foram desenvolvidos para reduzir o custo hospitalar da retirada de material de síntese, com a teórica vantagem de não causarem dor com alterações climáticas, e desaparecerem do subcutâneo dos pacientes, são radio transparentes, facilitando a visualização da evolução radiográfica, porém são mais maleáveis, e aparentemente são menos resistentes que as metálicas. - Discente: IVAN DIAS DA ROCHA (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: ESTUDO DA EFICÁCIA DO BLOQUEIO PARAESPINHOSO NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DA LOMBALGIA INESPECÍFICA CRÔNICA. LINHA 1
Resumo: Objetivos: Comparar prospectivamente os efeitos analgésico e na função da coluna lombar do bloqueio paraespinhoso e do placebo em doentes com dor crônica devido a lombalgia inespecífica; Verificar qual o valor da melhora clinicamente significante com o bloqueio paraespinhoso em doentes com lombalgia crônica inespecífica. CASUÍSTICA: Doentes com dor crônica por lombalgia inespecífica. Critérios de inclusão: idade: entre 20 a 60 anos; gênero: masculino e feminino; queixas clínicas de algias vertebrais sem resposta ao tratamento sintomático com anti-inflamatórios não hormonais por 3 meses; apresenta dor de intensidade moderada a grave: escala visual analógica (EVA)>6 ; diagnóstico de lombalgia inespecífica crônica; outorga por escrito do termo de consentimento informado para participar do estudo; exame mini-mental do estado mental (MEEM) entre 24 e 30; possibilidade de comparecimento ao hospital. Critérios de exclusão: alteração psiquiátrica grave (que necessita de acompanhamento psiquiátrico); alteração neurológica; impossibilidade de comparecer ao ambulatório para o tratamento; fibromialgia associada; história conhecida de alergia ou intolerância à lidocaína. Método: Preenchimento de questionário. História: Dados de identificação, duração da dor, dados demográficos. Avaliação: escala visual analógica, diagrama de dor, escala de a validação funcional Roland Moris, escala de qualidade de vida (SF-36). Tratamento: Os pacientes serão alocados aleatoriamente em três grupos: Grupo A: Bloqueio paraespinhoso e agulhamento e infiltração de bandas tensas musculares. Bloqueio paraespinhoso do nível segmentar espinal acometido: Lidocaína 1% com infusão difusa de 3ml, realizado por médico experiente, semanalmente, com aplicações semanais, durante três semanas. Serão utilizadas agulhas descartáveis de 25G, 3,7cm para o bloqueio paraespinhoso e de 21-25G, 3 to 9,5 cm para a infiltração e o agulhamento de acordo com a profundidade dos músculos acometidos. Grupo B: Grupo placebo: aplicação de sessões semanais de estímulos do tegumento com a ponta de uma agulha, em áreas que não apresentem as bandas tensas musculares. Não haverá a introdução da agulha ou do anestésico local nestes pacientes. Grupo C: grupo controle em lista de espera. - Discente: MARCELO LOQUETTE DAMASCENO (ME)
Orientador: Alexandre Fogaça Cristante
Projeto: INCIDÊNCIA DE ESCOLIOSE EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN. LINHA 1
Resumo: Pacientes com Síndrome de Williams-Beuren, causada por uma mutação no cromossomo 7q 11.23, o que acarreta deleção do gene de elastina, apresentam anomalias faciais, alterações renais, oftalmológicas, cardiológicas, odontológicas, músculo-esqueléticas e de comportamento. Em ortopedia, observamos alterações esqueléticas como sinostose rádio-ulnar, hálux valgo, hipermobilidade articular, unhas hipoplásticas e deformidades da coluna vertebral, entre outras. Nosso objetivo é determinar a incidência de escoliose em pacientes que apresentam a Síndrome de Williams-Beuren, previamente diagnosticados por pesquisa genética no Departamento diagnosticados por pesquisa genética no Departamento de Genética do Instituto da Criança do HC-FMUSP. Desses, cem pacientes serão avaliados no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC-FMUSP, com anamnese, exame físico e radiografias da coluna vertebral, na tentativa de se determinar a incidência de escoliose no paciente com Síndrome de Williams-Beuren.
- Discente: MARCELO PIRES PRADO (DO)
Orientador: Túlio Diniz Fernandes
Projeto: TRATAMENTO CONSERVADOR DAS LESÕES LIGAMENTARES AGUDAS GRAVES DO TORNOZELO. COMPARAÇÃO PROSPECTIVA E RANDOMIZADA DO RESULTADO DE DUAS FORMAS DE TRATAMENTO CONSERVADOR. LINHA 2
Resumo:
As lesões ligamentares do tornozelo estão entre as lesões mais frequentes na prática ortopédica. Estima-se que nos EUA ocorram em 1 em cada 10.000 pessoas ao dia, acometendo principalmente indivíduos em idade produtiva. É também a lesão mais comum relacionada a prática de atividades físicas, correspondendo a 40%. A maioria das lesões são tratadas com imobilização, gelo, e reabilitação, com resultados satisfatórios. No entanto, para as lesões ligamentares completas, existe a possibilidade de que ocorra falha no tratamento cirúrgico. A imobilização semirrígida, associada a mobilização precoce, tem resultados muito bons para o tratamento destas lesões mais graves, porém, a mobilização precoce, dentro de limites aceitáveis acelera o retorno às atividades habituais, mantendo os bons resultados do tratamento conservador. Serão testadas duas formas distintas de tratamento conservador das lesões ligamentares graves do tornozelo, uma delas através da imobilização semirrígida (órtese suro podálica) e a outra através de proteção da articulação lesada através do uso de imobilizador semirrígido (tipo air cast esportivo). Tais métodos de imobilização existem à disposição para uso em nosso meio. Associada a estas formas de tratamento os pacientes serão submetidos a tratamento fisioterápico precoce nos dois grupos. Neste trabalho serão avaliados 100 pacientes portadores de lesão ligamentar aguda grave do tornozelo (primeiro episódio) atendidos na Unidade de Pronto Atendimento o Hospital Israelita Albert Einstein. Os pacientes serão divididos randomicamente em dois grupos. O grupo A será submetido a tratamento com imobilização suro podálica imediata, carga permitida conforme tolerado, e será tratado com analgesia e mobilização leve da articulação do tornozelo por três semanas. Em seguida, após exame físico, se não houver mais sinais clínicos de instabilidade (teste da gaveta anterior negativada) será imobilizado com órtese curta tipo air cast esportivo, e encaminhado para programa de reabilitação fisioterápico. O grupo B será imobilizado no primeiro atendimento com órtese funciona curta (tipo Air-Cast esportivo), e encaminhado para programa de tratamento fisioterápico semelhante ao primeiro grupo. Os pacientes serão avaliados em uma semana, 3 semanas, e 6 semanas, com questionário de avaliação de grau de disfunção. Dor, limitação da atividade diária, e situação geral de satisfação. A reabilitação é mantida, com o objetivo de melhora da força, equilíbrio muscular e propriocepção, sem a necessidade de uso de imobilizadores para atividades da vida diária, apenas para atividades físicas, que serão liberadas neste momento. Os pacientes serão reavaliados clinicamente após 12 semanas e neste momento, uma radiografia com estresse será realizada para se determinar a presença de instabilidade mecânica articular.
- Discente: MARCOS DE CAMARGO LEONHARDT (ME)
Orientador: Alberto Tesconi Croci
Projeto: ESTUDO COMPARATIVO DA OSTEOINTEGRAÇÃO DA HASTE FEMORAL NÃO CIMENTADA NAS ARTROPLASTIAS TOTAIS DE QUADRIL EM PACIENTES COM BAIXA QUALIDADE OSSEA E DE BOA QUALIDADE OSSEA. LINHA 2
Resumo: Serão avaliados 300 pacientes submetidos a artroplastia total quadril com objetivo de se determinar se há diferença na osteointegração das hastes femorais não cimentadas em pacientes que apresentam qualidade óssea tipo C de Dorr com um grupo apresentando qualidade óssea boa tipo A e B de Dorr. - Discente: SERGIO RICARDO DA COSTA (ME)
Orientador: Gilberto Luis Camanho
Projeto: OSTEOTOMIA FEMORAL VARIZANTE ORIENTADA POR NAVEGAÇÃO E ASSISTIDA POR ARTROSCOPIA. DESCRIÇÃO DE TÉCNICA CIRÚRGICA E RESULTADOS. LINHA 4
Resumo: As alterações do alinhamento fêmoro-tibial podem modificar a distribuição de cargas nos compartimentos medial e lateral do joelho. Quando este desvio é em varo há um aumento progressivo da transmissão de cargas para o lado medial, quando é em valgo há um aumento das cargas no lado lateral que proporciona um processo degenerativo da cartilagem articular com a presença de cistos subcondrais, afilamento da cartilagem hialina, esclerose subcondral e formação de osteófitos. Este processo degenerativo progressivo, chamado de osteoartrose pode ser acompanhado de: afrouxamento paulatino das estruturas cápsulo-ligamentares mediais ou laterais, aumento da deformidade em varo ou valgo, instabilidade articular, incapacidade funcional, diminuição do arco de movimento do membro acometido e dor 1,2,8,15. As osteotomias tem sido largamente utilizadas como tratamento cirúrgico da osteoartrose unicompartimental em joelhos com desvio do eixo fêmoro-tibial e sintomática com bons resultados em longo prazo. Estes pacientes são geralmente mais jovens e ativos nos quais a artroplastia total do joelho seria um procedimento muito agressivo e limitante. Alguns autores reservam as osteotomias para pacientes com idade inferior a 55-60 anos 5, 6,7,16 .O objetivo deste estudo é avaliar os resultados em curto prazo da osteotomia tibial alta valgizante orientada por navegação e assistida por artroscopia, em pacientes com osteoartrose unicompartimental medial sintomática com menos de 55 anos, sem cirurgia prévia no joelho, e compará-los com pacientes submetidos à mesma técnica cirúrgica, porém sem o auxílio da navegação, nos parâmetros abaixo: o Tempo de cirurgia, o Tempo de garrote, o Alinhamento pré-operatório (anatômico e mecânico) o Alinhamento pós-operatório (anatômico e mecânico) o Correção planejada em graus, o Correção atingida no pós-operatório o Funtion Score pré e pós o Knee Score pré e pós. - Discente: SILENO DA SILVA SANTOS (ME)
Orientador: Julia Maria D’Andrea Greve
Projeto: ANÁLISE ISOCINÉTICA DA RELAÇÃO ENTRE OS MÚSCULOS FLEXORES E EXTENSORES DO TRONCO E OS LIMITES DE ESTABILIDADE DO TRONCO COM A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA ATLETAS DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS. LINHA 5
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar os índices isocinéticos do pico de torque durante a flexão e extensão do tronco de forma isométrica e a estabilidade do tronco em jogadores de basquetebol em cadeira de rodas verificando as relações existentes entre os índices encontrados com a classificação dos atletas. Serão avaliados, no Laboratório de Estudos do Movimento do I.O.T., 40 atletas de ambos os sexos com idade entre 15 e 40 anos pertencentes a equipes que disputam os campeonatos oficiais da modalidade (Paulista ou Brasileiro), tendo portanto, sua classificação funcional devidamente homologada. Espera-se que esta pesquisa possa fornecer subsídios mais apurados para a determinação da classificação funcional do atleta contribuindo assim com dados que possam confirmar a classificação funcional do atleta. - Discente: SILMARA NICOLAU PEDRO DA SILVA (DO)
Orientador: Rames Mattar Junior
Projeto: ANÁLISE DA EVOLUÇÃO FISIOLÓGICA DA SENSIBILIDADE APÓS A TERCEIRA DÉCADA DE VIDA. LINHA 5
Resumo: Os autores realizarão diversos testes de sensibilidade em um grupo de 210 voluntários, saudáveis, de ambos os sexos, com faixa etária variando de 30 a 100 anos. Os testes aplicados envolvem: análise da sensibilidade tátil e de pressão através da aplicação dos monofilamentos de Semmes-Weinstein; discriminação de dois pontos; análise da sensibilidade térmica com objetos de diferentes temperaturas; análise da sensibilidade dolorosa através do uso de eletro-estimulação transcutânea e análise da sensibilidade vibratória com uso de um vibrômetro. O objetivo deste trabalho será analisar como se comporta a evolução da sensibilidade durante o processo de envelhecimento da mão humana. - Discente: VLADIMIR CORDEIRO DE CARVALHO (DO)
Orientador: Ana Lúcia Lei Munhoz Lima
Projeto: OSTEOMIELITE POR BACILOS GRAM-NEGATIVOS: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-MICROBIOLÓGICA E FATORES DE RISCO. LINHA 3
Resumo: Introdução: A osteomelite bacteriana é um importante problema de saúde pública pela sua alta morbidade, apesar do progresso alcançado no entendimento de sua fisiopatogenia. Esta infecção ocorre em aproximadamente 5% das fraturas abertas, menos de 1% das fraturas fechadas com osteossíntese e em 5%dos casos de doença hematogênica aguda. É um processo infeccioso que se caracteriza pela destruição progressiva do tecido ósseo secundário ao processo inflamatório. Seu tratamento é difícil e geralmente requer procedimentos cirúrgicos agressivos, além de antibioticoterapia prolongada. A osteomielite aguda se desenvolve em alguns dias ou semanas em oposição à osteomielite crônica que caracterizada por um longo período de infecção de meses a anos, envolvendo a persistência do microorganismo, presença de osso desvitalizado, seqüestro ósseo e trajetos fistulosos. Staphylococcus aureus, é a bactéria mais comummente identificada como agente etiológico das osteomielites, mas atualmente, outros microorganismos, em particular os Bacilos Gram negativos e anaeróbicos, são cada vez mais encontrados, fazendo com que o isolamento de agente seja fundamental. Neste cenário, a resistência bacteriana é um assunto de extrema importância devido ao aumento no número bacteriana é um assunto de extrema importância devido ao aumento no número de bacilos gram-negativos multirresistentes, principalmente em infecções ósseas pós-cirúrgica e pós-traumáticas. Destaca-se aqui a importância das enterobactérias produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). Ertapenem é uma opção para tratar esses pacientes, principalmente quando existe possibilidade de acompanhamento ambulatorial, apesar da fraca evidência clínica. Objetivo: 1. Objetivo primário: Caracterização clínica e microbiológica dos casos de osteomielite por bacilos Gram-negativos atendidos no período de novembro de 2006 a novembro de 2008 em um centro de referência brasileiro; analise do tratamento antibiótico utilizado, desbridamentos cirúrgicos e outras variáveis. Estimativa de inclusão de cerca de 160 pacientes com osteomielite por bacilos gram-negativos. 2. Objetivo secundário: Caracterização dos fatores de riscos para osteomielite por bacilos Gram-negativos, tendo como comparação os casos de osteomielite por S. aureus no mesmo período. Resposta clínica ao tratamento, comparando o uso do Ertapenem a outras drogas usadas no período. Materiais e métodos: Serão incluídos no período de novembro de 2006 a novembro de 2008 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e que preencha os seguintes critérios de inclusão: Diagnostico de osteomielite aguda hemotogênica ou osteomielite aguda após traumática. Diagnostico de osteomielite crônica podendo ser secundária a infecção hematogênica ou pós – traumática.